Capítulo 15.

600 57 6
                                    

Pov's Dulce María.

--- você não se cansa de se meter em confusão? --- Christopher perguntou assim que me pôs no chão.

--- se meta na sua vida, ok? E todos viram... Foi ela que me provocou. ---  me defendi.

--- mas você deu corda. E isso foi ainda pior.

--- eu não quero saber sua opinião. --- falei ríspida e cruzei os braços.

--- você não pode resolver tudo com violência. Já é a segunda vez que faz o mesmo...

--- la, la, la, la, la, la, la, la, la, la, --- Tapei o ouvido e comecei a cantarolar.

Christopher puxou minhas mãos com firmeza e segurou-as.

--- já chega, Dulce! --- falou mais alto do que de costume.

--- você não é meu pai!

--- tem razão. Primeiro, que se eu fosse seu pai, você conheceria as palavras respeito e limite. --- revirei os olhos.

--- ótimo. O quê? Agora vem lição de moral? Só um instante... --- bocejei e sentei no meio da calçada. --- pronto. Pode começar --- lhe sorri falsamente.

--- não, não vou lhe dar lição alguma, mas que merda! Será que não enxerga que só está ferrando consigo mesma? --- chutou o ar com raiva e eu fiquei sem entender sua reação.

--- posso saber por que está irritado? Quem teve a noite destruída foi eu!

--- porque você é uma tonta! --- abri a boca sem acreditar no que ele havia dito e levantei.

--- tonta é sua mãe! --- fui para cima dele pronta para lhe golpear, mas Christopher segurou meus braços com força antes mesmo de chegar perto.

--- você não vai fazer o mesmo que faz com todos ao seu redor, não comigo. --- falou firme.

Nunca alguém havia falado assim comigo,nem mesmo meu pai. Eu queria lhe responder, mas não conseguia sequer abrir a boca.

Ele me encarou esperando uma reação da minha parte.

--- Dulce... --- Poncho me chamou e Christopher soltou-me, afastando-se.

--- eu vou ver como Annie está. --- anunciou e saiu.

--- o que deu na sua cabeça? - Poncho questionou.

--- oi, pra você também. Ah, eu estou ótima. Não, ela não me ofendeu. Seu babaca! --- dei um soco em seu ombro. --- eu te vi todo preocupado com a senhorita nervos. Eu sou sua família, eu! Não seja traíra!

--- Dulce, não venha se fazer de coitada, nem combina com você. Devia ter ignorado a garota. O que mais teria aprendido se não tivesse fugido das aulas de autodefesa?

- não começa! Ela me provocou... E Fernando, como está? --- Fechei os olhos e em seguida abri um com medo da resposta.

--- rum, como imagina? Furioso. --- fez uma careta. --- você está ferrada.

--- é, estou... E tem mais.

--- tenho até medo quando se trata de você. --- passou um dos braços por meu ombro. --- manda a bomba.

--- ele disse que eu vou morar com ele e essa corja. --- suspirei.

Ainda parecia um pesadelo. O pior de todos.

--- isso é péssimo. --- não escondeu seu olhar baixo e penoso.

--- eu sei. - mordi o lábio. --- mas talvez ele mude de ideia. --- falei animada.

Quédate - VONDY.Onde histórias criam vida. Descubra agora