--- Olha, foi um erro te falar essas coisas. São problemas meus e eu não tenho que te aborrecer com isso. ---- limpando o rosto. --- É melhor você voltar pra festa.
--- Não tenho o que fazer com aqueles desconhecidos. --- deu de ombros. --- além disso, eu estou gostando do filme.
--- Dulce, está em alemão. Você não entendeu uma só palavra.
--- O quê? Eu achei que eram palavrões. Convenhamos que ele parecia bem putasso.
Christopher retomou o lugar e endireitou a postura, podendo vê-la melhor.
--- Você não existe. --- negou. --- Obrigado.
--- Ah, qual é... Você faria igual. --- deu um soquinho em Christopher e ele sorriu.
--- Sem pensar duas vezes. --- confirmou fitando-a de perto.
Dulce fechou os olhos e aos poucos aproximou-se.
--- Christopher!!! Você enlouqueceu? --- Anahí gritou atrás da porta. --- Essa garota é perigosa! E eu não me refiro somente ao atentando contra a moda.
--- É, querem te ver. --- Dulce levantou voltando a si.
--- Espera, não vai...
--- Você vai ficar bem, é forte. Além do mais, a cara de palhaça da sua prima vai te animar.
--- Dulce... --- repreendeu e ela deu de ombros e abriu a maçaneta.
--- Sai da minha frente, cuca. --- empurrou Anahí e saiu sem olhar para trás.
--- GROSSA! ARGH! ODEIO ELA.
--- Annie, agora não.
--- Todos estão preocupados com você.
--- Estou bem, como pode ver. --- ergueu os braços.
--- Você nunca vai aprender a mentir?
--- Eu... Eu só... Eu não queria vê-la. Não posso, sinto como se ela estivesse aqui debochando e desreipetando a memória dele.
--- Não sou do fã clube da sua mãe, sem falar que ela é a rainha da cafonisse... Mas, não deixa de ser sua mãe, Ucker. Não precisa falar o quanto ela te magoou, eu sei, eu estava ali. Todos merecem uma segunda chance. E exatamente pela memória do tio Victor, dê essa trégua, uma noite de paz. Amanhã você pode voltar a declarar guerra e mais, eu mesma me ofereço para enxotá-la daqui com direito a um mega fone e mala na calçada... o que me diz?
Christopher abaixou a cabeça.
--- Uma noite, nada mais. --- insistiu Annie esperançosa.
--- Ok. Você venceu. Uma trégua.
--- Eu sabia! --- o abraçou empolgada. --- Que tal voltar para a agitação? Seu amigo bebeu o juízo por completo.
--- Will?
--- É seu único amigo, bobão! --- falou óbvia. --- Agora vamos. --- deu meia volta e começou a empurrá-lo em direção à saída.
...
--- Seus amigos parecem tão empolgados. Você é muito popular, não é diferente da sua mãe. --- gabou-se. --- Na sua idade eu tinha vários grupos, todos queriam ser meus amigos, queriam ser chamados para minhas festas... imagina só.
--- Se me conhecesse de verdade, saberia que eu não conheço essa gente. São amigos das minhas primas. E assim como você, são total estranhos.
--- Ótimo. Você tem razão. Me conte então... O que gosta de fazer? Sua comida favorita, das namoradinhas... Porquê você é lindo, deve ter muitas, não?
Anahí levou a mão até o rosto e esfregando-o. Alexandra era um fiasco até nas tentativas de aproximação.
--- Se me der licença, eu tenho que ir. --- sem esperar saiu sem olhá-las.
--- O que eu fiz? --- arregalou os olhos confusa. --- Eu estou me esforçado.
--- Não o suficiente. Foram anos perdidos. Devia ao menos ter pesquisado um pouco sobre a vida do seu filho. Não, melhor, devia ter estado aqui para não fazer esse papel ridículo. --- Anahí jogou o guardanapo na mesa e saiu enfurecida.
Dulce observava longe o que acontecia.
--- Está me saindo uma fofoqueira e tanto, heim, Dulce. --- repousando a mão sobre a árvore que Dulce se escondia.
--- Quer me matar? Imbecil! --- deu uma tapa no ombro do primo. --- Eu não estava fofocando. --- justificou sem jeito.
--- Não? --- riu. --- Mas estava muito interessada na conversa das duas dondocas.
--- Eu sou observadora. É legal ver que eu não sou a única barraqueira aqui. A família perfeição não é tão perfeita assim.
--- Ninguém é.
--- Vem cá, o que está fazendo aqui? Não cansa de ser inconveniente, Poncho?
--- Meu padrinho me convidou. --- com um ar superior. --- Você sabe que eu não perco uma boa farra.
--- Pois está perdendo o seu tempo. Isso aqui está um saco. --- arfou.
--- Se está tão mal assim, por que não pediu o resgate do Christian.
--- Sei lá... Tenho esperança de ver uma briga decente. Um escândalo seria perfeito pra baixar a bola do Fernando.
--- Você nunca vai mudar. --- negou. --- Olha, eu vou buscar algo para beber. Vai querer?
--- Não.
--- Sério, você tá muito estranha.
--- Poncho, vê se me esquece, okay?
--- Tá bom, não está mais aqui quem falou.
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Quédate - VONDY.
De TodoUma garota rebelde, muita das vezes impulsiva, que vive o hoje sem pensar no amanhã. Um jovem responsável, que sonha em ter um futuro brilhante. O que tem em comum? Absolutamente, nada. Mas, e se o destino resolver os juntar. seria para lhe pregar u...