--- Céus, isso é um desastre!
--- E eu não sei?! Quem deixou esse idiota beber tanto? --- olhando com desdém para William que mal conseguia manter-se em pé.
Não que com Maite fosse diferente, mas ela ainda tinha consciência do que fazia.
--- Você, ora! Lembre-se, é seu namorado.
--- O quê? --- gargalhou. --- Que loucura, né... Meu namorado...
Jacqueline a encarou cruzando os braços.
--- Ah, sim, sim. Meu namorado. Meu doce e bêbado namorado. --- entredentes.
--- Eu não sei o que vai fazer, mas dê um jeito. Essa festa está fugindo ao controle. Quem convidou tanta gente?
--- Anahí. --- respondeu óbvia.
--- Precisamos por um fim.
--- Mamãe, não acha que eu já tenho problemas suficientes. --- segurou William que ia rumo ao jardim pela camisa. --- Uau, você é forte. --- reparando os músculos que ficavam amostra.
--- Maite, foco! Dê um jeito em seu namorado e volte para me ajudar a colocar ordem aqui.
--- Está bem. Vem comigo, Amorzinho. --- ajudou William a passar o braço por seu ombro e com muito esforço subiu à escada sob o olhar atento da mãe. --- Eu te odeio!! --- falou ao ter certeza que ninguém além dele poderia lhe ouvir. --- Babá de marmanjo folgado. Assim que você vai terminar, Maite? O Christopher vai me pagar por isso! Ainda por cima, tenho que pagar de namorada apaixonada. --- negou com raiva. --- Loiro estúpido!!
Ao chegar em seu quarto trancou a porta e o levou direto ao banheiro. Ligou o chuveiro e o regulou para a temperatura mais fria.
--- Você vai aprender. --- o empurrou até a água e William deu um salto.
--- Está... fria --- resmungou.
--- Calado! Até assim você está errado. E pensar que eu estou perdendo a oportunidade de fazer companhia ao Daniel! Eu odeio você! Por que sempre tem que estragar tudo?
--- Porque eu te amo. --- William respondeu sereno olhando-a nos olhos.
Maite ficou pálida ao perceber que ele estava atento às suas palavras.
--- Você está tão bêbado que não sabe o que diz. Também amava aquela magricela que estava agarrada ao seu pescoço?
--- Você está com ciúme. --- falou bobo.
Maite tentou recuar para não molhar-se, mas William a envolveu pela cintura e a trouxe para perto.
--- O que está fazendo? Por acaso está fingindo?
--- Não... Estou fazendo o que tenho segurado a meses.
--- Você enlouq...
William colou seus lábios e deu início a um beijo molhado, cheio de desejo.
Maite não sabia dizer se era os braços fortes que a prendiam ou o corpo que lhe desobedecia descaradamente. Não sabia nem em que momento suas pernas entrelaçaram a cintura dele deixando-a encurralada entre a porcelana fria e o fervor da pele de William.
--- Isso é um erro.
--- Seu corpo não acha. --- tomando seus lábios outra vez.
Maite desistiu de argumentar e deixou-se envolver. Com dificuldade e a risada baixa da Morena ao fundo, William conseguiu se livrar de suas roupas e sorriu satisfeito para logo retomar o lugar de antes.
--- Você é meu namorado mesmo, que mal tem? --- deu de ombros e passou os braços ao redor do pescoço dele. --- Estou pronta pra seja lá o que você tem em mente. --- fechou os olhos ao sentir os beijos quentes por seu colo.
--- MAITEEE!! Sou eu, Fernando. Pode abrir a porta? Jacqueline está feito louca, precisa da sua ajuda.
--- Ah, não. --- rapidamente abriu os olhos e afastou-se de William. --- Calado! --- advertiu.
William levou o indicador até a boca imitando-a e soltando uma risada, a qual, foi repreendida pelo olhar torto dela.
--- Éhr... Tem que ser agora? --- falou alto para que ele lhe ouvisse. --- Sabe, eu estou tão cansada.
--- Acredito que sim, sua tia começou a gritar e xingar os adolescentes.
--- Puta que pariu! --- resmungou. --- Tá, eu estou indo. Pode ir.
--- Eu vou esper...
--- NÃO! Digo, não é bom deixá-la sozinha no meio de uma crise dessas. Você vai embora e eu já desço.
--- Como quiser. --- falou vencido.
Maite permaneceu quieta até ter certeza que o padrasto havia ido.
--- Se eu te prender aqui, eles nem irão notar. --- abrançando-a.
--- Não vou negar, não seria ruim... Mas, minha mãe precisa de mim. É melhor eu ir.
--- May, por favor...
--- Se recomponha. Beba um café, termine o banho ou sei lá... Só se recomponha.
William suspirou ao vê-la sair com frieza pela porta.
...
Perto da piscina, Anahí ria sem graça e pedia mentalmente para alguém lhe resgatar do fiasco que estava vivendo. --- Um jovem de mais ou menos a sua idade cochilava em seu ombro. Ele havia lhe convidado para dançar, empolgada, Annie foi, só não imaginava que em poucos minutos viraria alvo de risadas.
--- A cavalaria chegou. Acho que esse é seu homem ferido. --- brincou Poncho e ajudou o rapaz alto, de sobrancelhas grossas a equilibrar o amigo adormecido. --- Se rolasse beijo e ele magicamente acordasse, eu confesso que primeiro gravaria pra depois rir e por último, lhe ajudar.
--- O que está fazendo aqui? --- relaxando o pescoço dolorido. --- Não veio dirigindo, né? Por favor, me diga que não.
--- HaHa! Você é muito graciosa. --- ironicamente.
--- Você não fica atrás. Sua cara de palhaço não nega.
--- Um obrigado seria legal.
--- Quer que eu agradeça a você? --- apontando com desdém.
--- Sim. Se chama gentileza. --- sorriu fechando os olhos.
--- Eu não pedi sua ajuda. --- fechou a cara virando-se para sair.
--- Espera... Uma dança então.
--- Qual o seu problema? É por que EU estou no meio?
--- Não há mal algum em dançar. Até ajudaria a sua imagem. Ou prefere ser lembrada pelo papel de travesseiro? --- segurou a risada.
Anahí bateu de leve o pé, mas se deu por vencida.
--- Está bem. Mas se pisar no meu pé, sou capaz de afogá-lo em vodka pura.
--- Saquei, você é mau. Vou me comportar. Promessa. --- seu olhar despreocupado mudou para um carregado de brilho.
Um sorriso escapou de Annie e ela estendeu a mão para ele.
![](https://img.wattpad.com/cover/48680130-288-k467084.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quédate - VONDY.
SonstigesUma garota rebelde, muita das vezes impulsiva, que vive o hoje sem pensar no amanhã. Um jovem responsável, que sonha em ter um futuro brilhante. O que tem em comum? Absolutamente, nada. Mas, e se o destino resolver os juntar. seria para lhe pregar u...