Capítulo 30.

506 24 19
                                    

--- Céus, isso é um desastre!

--- E eu não sei?! Quem deixou esse idiota beber tanto? --- olhando com desdém para William que mal conseguia manter-se em pé.

Não que com Maite fosse diferente, mas ela ainda tinha consciência do que fazia.

--- Você, ora! Lembre-se, é seu namorado.

--- O quê? --- gargalhou. --- Que loucura, né... Meu namorado...

Jacqueline a encarou cruzando os braços.

--- Ah, sim, sim. Meu namorado. Meu doce e bêbado namorado. --- entredentes.

--- Eu não sei o que vai fazer, mas dê um jeito. Essa festa está fugindo ao controle. Quem convidou tanta gente?

--- Anahí. --- respondeu óbvia.

--- Precisamos por um fim.

--- Mamãe, não acha que eu já tenho problemas suficientes. --- segurou William que ia rumo ao jardim pela camisa. --- Uau, você é forte. --- reparando os músculos que ficavam amostra.

--- Maite, foco! Dê um jeito em seu namorado e volte para me ajudar a colocar ordem aqui.

--- Está bem. Vem comigo, Amorzinho. ---  ajudou William a passar o braço por seu ombro e com muito esforço subiu à escada sob o olhar atento da mãe. --- Eu te odeio!! --- falou ao ter certeza que ninguém além dele poderia lhe ouvir. --- Babá de marmanjo folgado. Assim que você vai terminar, Maite? O Christopher vai me pagar por isso! Ainda por cima, tenho que pagar de namorada apaixonada. --- negou com raiva. --- Loiro estúpido!!

Ao chegar em seu quarto trancou a porta e o levou direto ao banheiro. Ligou o chuveiro e o regulou para a temperatura mais fria.

--- Você vai aprender. --- o empurrou até a água e William deu um salto.

--- Está... fria --- resmungou.

--- Calado! Até assim você está errado. E pensar que eu estou perdendo a oportunidade de fazer companhia ao Daniel! Eu odeio você! Por que sempre tem que estragar tudo?

--- Porque eu te amo. --- William respondeu sereno olhando-a nos olhos.

Maite ficou pálida ao perceber que ele estava atento às suas palavras.

--- Você está tão bêbado que não sabe o que diz. Também amava aquela magricela que estava agarrada ao seu pescoço?

--- Você está com ciúme. --- falou bobo.

Maite tentou recuar para não molhar-se, mas William a envolveu pela cintura e a trouxe para perto.

--- O que está fazendo? Por acaso está fingindo?

--- Não... Estou fazendo o que tenho segurado a meses.

--- Você enlouq...

William colou seus lábios e deu início a um beijo molhado, cheio de desejo.

Maite não sabia dizer se era os braços fortes que a prendiam ou o corpo que lhe desobedecia descaradamente. Não sabia nem em que momento suas pernas entrelaçaram a cintura dele deixando-a encurralada entre a porcelana fria e o fervor da pele de William.

--- Isso é um erro.

--- Seu corpo não acha. --- tomando seus lábios outra vez. 

Maite desistiu de argumentar e deixou-se envolver. Com dificuldade e a risada baixa da Morena ao fundo, William conseguiu se livrar de suas roupas e sorriu satisfeito para logo retomar o lugar de antes.

--- Você é meu namorado mesmo, que mal tem? --- deu de ombros e passou os braços ao redor do pescoço dele. --- Estou pronta pra seja lá o que você tem em mente. --- fechou os olhos ao sentir os beijos quentes por seu colo.

--- MAITEEE!! Sou eu, Fernando. Pode abrir a porta? Jacqueline está feito louca, precisa da sua ajuda.

--- Ah, não. --- rapidamente abriu os olhos e afastou-se de William. --- Calado! --- advertiu.

William levou o indicador até a boca imitando-a e soltando uma risada, a qual, foi repreendida pelo olhar torto dela.

--- Éhr... Tem que ser agora? --- falou alto para que ele lhe ouvisse. --- Sabe, eu estou tão cansada.

--- Acredito que sim, sua tia começou a gritar e xingar os adolescentes.

--- Puta que pariu! --- resmungou. --- Tá, eu estou indo. Pode ir.

--- Eu vou esper...

--- NÃO! Digo, não é bom deixá-la sozinha no meio de uma crise dessas. Você vai embora e eu já desço.

--- Como quiser. --- falou vencido.

Maite permaneceu quieta até ter certeza que o padrasto havia ido.

--- Se eu te prender aqui, eles nem irão notar. --- abrançando-a.

--- Não vou negar, não seria ruim... Mas, minha mãe precisa de mim. É melhor eu ir.

--- May, por favor...

--- Se recomponha. Beba um café, termine o banho ou sei lá... Só se recomponha.

William suspirou ao vê-la sair com frieza pela porta.

...

Perto da piscina, Anahí ria sem graça e pedia mentalmente para alguém lhe resgatar do fiasco que estava vivendo. --- Um jovem de mais ou menos a sua idade cochilava em seu ombro. Ele havia  lhe convidado para dançar, empolgada, Annie foi, só não imaginava que em poucos minutos viraria alvo de risadas.

--- A cavalaria chegou. Acho que esse é seu homem ferido. --- brincou Poncho e ajudou o rapaz alto, de sobrancelhas grossas a equilibrar o amigo adormecido. --- Se rolasse beijo e ele magicamente acordasse, eu confesso que primeiro gravaria pra depois rir e por último, lhe ajudar.

--- O que está fazendo aqui? --- relaxando o pescoço dolorido. --- Não veio dirigindo, né? Por favor, me diga que não.

--- HaHa! Você é muito graciosa. --- ironicamente.

--- Você não fica atrás. Sua cara de palhaço não nega.

--- Um obrigado seria legal.

--- Quer que eu agradeça a você? --- apontando com desdém.

--- Sim. Se chama gentileza. --- sorriu fechando os olhos.

--- Eu não pedi sua ajuda. --- fechou a cara virando-se para sair.

--- Espera... Uma dança então.

--- Qual o seu problema? É por que EU estou no meio?

--- Não há mal algum em dançar. Até ajudaria a sua imagem. Ou prefere ser lembrada pelo papel de travesseiro? --- segurou a risada.

Anahí bateu de leve o pé, mas se deu por vencida.

--- Está bem. Mas se pisar no meu pé, sou capaz de afogá-lo em vodka pura.

--- Saquei, você é mau. Vou me comportar. Promessa. --- seu olhar despreocupado mudou para um carregado de brilho.

Um sorriso escapou de Annie e ela estendeu a mão para ele.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 26, 2019 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Quédate - VONDY.Onde histórias criam vida. Descubra agora