Amor Proibido - Livro 2 (COMPLETO)

Capítulo dezesseis

Capítulo 16
(Capítulo sem revisão)

Três dias depois...

Peter e eu tivemos paz desde que dona Leonna foi embora do resort, mas agora, de volta a Santa Mônica, as coisas provavelmente nao serão as mesmas. Afinal, agira enfrentamos não só esse problema, mas também a situação com Hayden. Se eu tivesse que morar em outro país só ficar longe desse homem eu não pensaria duas vezes.
- Finalmente em casa! - Peter diz assim que entra em casa.
- Mal cheguei e já quero voltar para Bahamas. - falei.
- Eu senti falta daqui. - retrucou ele.
Não posso dizer que não senti saudades de casa, eu estava louca para dormir na minha própria cama, por mais que não tenha un colchão tão bom quanto o do resort.
- Nem vou desfazer as malas agora, estou muito cansada. - falei colocando minha mala perto da escada. - Vou agradecer se levá-las para cima depois.
- Pode deixar. - falou ele. - Tenho que ligar para o Hayden.
Peter pega o celular do bolso e vai para a cozinha.
Havia me esquecido que Hayden estava com o nosso carro durante a semana em que estivemos no resort, ou seja, verei ele mais cedo do que imaginava.
- Hã... Eu acho que vou tomar um café com as meninas... Estou morrendo de saudades de Carie. - comentei.
- Tudo bem então... Você vai agora? - pergunta ele.
- Sim, só vou ligar para elas. - falei, pegando o celular e discando o número de Carie.
- Você vai jantar em casa? - Peter questiona enquanto ia para a cozinha.
- Vou sim, chego mais cedo para fazer algo.
- Ah não, você é um desastre na cozinha.
- Idiota! - falei rindo, enquanto esperava Carie atender. - Alô?
- Katherine! Lembrou da minha existência. - diz Carie.
- Nunca esqueci! Estou morrendo de saudades, podemos tomar um café agora?
- Claro, me encontre na cafeteria do Rodriguez em vinte minutos.
- Tudo bem, vou ligar para Milla também.
- Ok! - desliguei a ligação.
- Querido! - exclamei alto o suficiente para que Peter ouvisse da cozinha. - Já estou indo, se precisar de mim, ligue.
- Tudo bem! Mande um abraço para Carie.
- Pode deixar.

*

Liguei para Milla no caminho para a cafeteria, e para a minha sorte, ela disse que estava indo justamente para lá.
Entrei no ambiente arejado e aconchegante, escolhi uma mesa no canto da parede, onde ao invés de cadeiras, eram sofás macios.
- Senhorita Cooper! - Senhor Rodriguez, o dono da cafeteria se aproximou de minha mesa. - Que bom revê-la, sumiu por uns dias.
- Olá! - levantei-me e o cumprimentei sorrindo, depois me sentei novamente. - Eu estava viajando.
- Isso é muito bom! Como está Peter?
- Muito bem... - respondi.
- Ansiosos com o casamento? - pergunta ele.
- Demais! O senhor recebeu o convite?
- Recebi, e já preparei meu melhor terno! - diz ele se gabando, fazendo-me rir.
- Cheguei! - Milla se aproxima de nós, dando um beijo na bochecha do senhor Rodriguez e logo se senta ao meu lado. - Carie não veio aida?
- Reunião? - Senhor Rodriguez brinca.
- Mais ou menos isso. - ri.
- E o que vão querer hoje?
- Eu vou querer só aquele seu capuccino cremoso. - falei.
- Vou querer o mesmo, e uma fatia de torta de limão. - diz Milla
- Trago já já. - falou ele, indo para o balcão.
Senhor Rodriguez é sem dúvidas a pessoa mais simpática que eu conheço, e mesmo sendo dono de uma grande rede de cafeteria, ele não perdeu a humildade.
- Então, como está as coisas com Peter? - Milla pergunta, quebrando o silêncio.
- Com Peter está tudo bem, estou mais preocupada com o lance com Hayden, sai de casa por que ele vai lá daqui a pouco devolver o carro.
- Relaxa, vai dar tudo certo. - tranquiliza ela.
- Meninas! - Carie berra da porta da cafeteria, chamando a atenção de todos. Ela fica envergonhada e vem depressa para a nossa mesa.
- Isso tudo é saudade? - levanto para abraçá-la.
- Pior que sim! Já não aguentava ficar sem alguém pra conversar. - murmurou ela com a voz abafada devido o abraço.
Ela me largou e foi para abraçar Milla.
Sentei no sofá novamente, ajeitando-me.
- Nós sentimos sua falta também. - Milla diz.
- É claro que sentiram! - Carie esnoba.
- Ridícula. - retruquei rindo.
- Mas então, e as novidades? O que me contam? Está grávida de quantos meses, Katherine? - interrogou ela.
- Grávida? Está louca? - questiono.
- Ah vai dizer que não está? Milla já me contou do seu mal estar, e... Desculpa dizer, mas você deu uma engordadinha.
- Eu não estou grávida! Aquele resort estava lotado de guloseimas.
- Não estamos falando dessa semana, Katherine. Antes mesmo dessa viagem já deu para perceber. - replica Milla.
Parar para pensar em quantas vezes Peter e eu não usamos o preservativo, faz-me entrar em desespero. Eu dei muita mancada, nada de preservativo, anticoncepcional, ou pílulas.
Existe sim a probabilidade de eu estar grávida.
- Quer saber? Vamos acabar logo com isso! Farei um teste de farmácia hoje, ok?
- Fechado! Assim que terminamos o café, vamos à uma farmácia e ir direto para minha casa, pode ser? - Milla propôs.
- Mas vamos mudar de assunto. - Carie diz. - Como está Taylor?
- Está bem! Ele vai almoçar lá em casa essa semana para ver se conseguimos convencê-la a aceitar esse namoro. - Milla responde sorrindo.
- Então estão namorando? - questiono.
- É modo de dizer. - ela ri. - Estamos indo com calma, não queremos pôr tudo a perder...
- Tem razão! - Carie concorda. - Philippe é um que sempre fala de casamento e eu dou uma recuada. Eu sou muito nova para casar. Sem ofensas, Katherine.
- Não, tudo bem. Você tem toda a razão. Eu só aceitei me casar com Peter por que estava realmente consciente disso, e ele é mais velho e já foi casado, deve saber no que está se mantendo.
- Em falar nisso... Como anda essa parte? Já conversou com ele sobre aquela coisa que Hayden contou a você? - Carie indaga.
- Ainda não, e não sei se é o momento, estamos tão bem, não quero estragar tudo agora. Esses últimos dias foram tão bons para nós que me fez acreditar que ele realmente quer casar comigo.
- Isso é bom, Katherine. Eu disse a você, às vezes é até joguinho do Hayden para acabar com tudo o que você e Peter construíram até agora.
- Aqui está meninas! - Senhor Rodriguez chega em nossa mesa com uma bandeja. - Carie, vi que você chegou e preparei o café de sempre.
- Você nunca erra! - Carie sorri.
O gentil moço distribuiu os pedidos e nos deixou sozinhas novamente.
- Eu acho ele um gato! - Carie cochicha.
- Ele é charmoso. - falo.
Os cabelos grisalhos do senhor Rodriguez dando a ele uma aparência de um homem velho, mas novo ao mesmo tempo, não sei explicar. Ele tem uma pinta de George Clooney que deixa qualquer mulher caidinha ao seus pés. Mas me da vontade de vomitar só de pensar nele de outra forma. Afinal, o jeito que ele trata as meninas e eu, é como se fosse nosso pai.
- Isso é nojento, eu o considero como um pai. - Carie faz cara de nojo.
- Carie você leu a minha mente! - exclamei e ela riu.
- Ei! Vocês conseguiram falar com dona Leonna? - Milla pergunta.
- Peter ligou, ela disse que não estava confortável lá no resort, já que todos a odiavam.
- Como assim? - Carie indaga.
- A mãe de Peter nos trouxe alguns problemas na viagem. Não nos deixou em paz nos primeiros dias.
- Viu! Nós avisamos à você que isso aconteceria. - replica ela.
- Como eu ia adivinhar que ela é uma bruxa?
- Mas devia ao menos ter desconfiado, Katherine. - Carie continua. - Afinal, se ela fosse uma pessoa boa, acho que você já teria visto ela outras vezes durante esses quatro anos. Você não concorda?
Meu silêncio já significou um sim. Carie tem razão. Dona Leonna nunca fez questão de me conhecer.