Capítulo nove - Milla

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Capítulo 9 - Milla
(Capítulo sem revisão)

- Milla! - Taylor me chama mais uma vez, mas ignoro e continuo correndo. - Por favor, não fuja de mim!
- Me deixe em paz! - Grito olhando para trás, o que não é uma boa ideia quando se está correndo que nem uma louca.
Tropecei no meu próprio pé e cai com tudo no chão. Droga!
- É isso que acontece quando tenta fugir de algo que sente, você quebra a cara. - Taylor agacha para me ajudar a levantar.
- Eu não posso fazer mais nada, Taylor. Você sabe que não existe mais solução para isso.
- E você sabe que está completamente errada. Sabe muito bem que a opção é sua de deixa esse maldito orgulho de lado.
Levanto-me e me afasto um pouco.
- E sua namorada, hein? Será que não entende?
- Será que você não entende que tudo que eu sentia no passado está mais vivo do que imagina? Isso - ele se aproxima, colando nossos corpos com força. - ainda não morreu, e você sabe, está mais forte, existe mais fogo, mais paixão...
- Para! Por favor, não insista. - digo, qual o meu problema, afinal? - Eu não quero mais pensar no passado, quero esquecer tudo, já estou cansada disso tudo.
- Ótimo, então vamos viver o presente, e esquecer a porra toda que aconteceu lá atrás.
Taylor aproximou nossos lábios, eu podia sentir seu hálito de cereja - ele ainda é viciado naquelas balinhas. Nossa não sei o que estou pensando! A vontade de beijá-lo era maior do que qualquer coisa, fechei meus olhos, e esperei pelo melhor momento.
- Milla! - ouço alguém me chamar e abro os olhos procurando por quem me chama. - Milla acorde, você vai se atrasar!
O que está acontecendo, parece a voz de Cameron, onde ele está?
- Milla!

Desperto do meu sonho sendo chacoalhada por Cameron e Steve.
- Acordou, Bela Adormecida! - Steve diz.
- Eu vou matar vocês dois! - jogo um travesseiro neles.
- Ih, pirou minha filha. - Cameron diz.
- Me acordaram na melhor parte do sonho! Quase beijei Taylor.
- Ótimo, que tal tornar o sonho em realidade? Mas pra isso você tem que levantar. - Steve reclama.
- Tudo bem.
Levanto da cama e ajeito o vestido.
- Nada mal. - Cameron diz, analisando minha roupa.
Escolhi um vestido vermelho que realçava minhas curvas, e o cabelo solto, com uma flor da mesma cor atrás da orelha.
- Está parecendo uma daquelas dançarinas mexicanas. - Steve comenta.
- Isso é um elogio? - pergunto confusa.
- Meu amor, você está uma deusa! Está sexy, até eu te pegaria. - ele replica. - Se eu fosse hétero, óbvio.
Todos nós rimos.
- Está bem, agora vamos. Antes que o ogro se irrite, não quero ficar com o olho roxo que nem Steve. - Cameron brinca, referindo-se ao Peter.
- Vamos. - digo.

Sair com Katherine e Peter é sempre um desafio para mim. Eu nunca consigo achar um assunto que ambos tenham interesse, então hoje pretendo ficar o mais longe possível. Além do mais, tem aquela tal de Lea. Eu não sei como Katherine está aguentando tudo isso. Eu já teria quebrado a cara dessa garota e daquela velha chata da mãe do Peter.
Chamei Steve e Cameron para que eles viessem junto, eles terão papel fundamental hoje. Isso se Taylor também for ao mesmo lugar que nós.
Por mais que eu ainda ache loucura essa ideia minha de querer conseguir Taylor de volta, Katherine tem toda razão.
Se até ela e Peter, em meios de tantos problemas conseguiram, por que eu não conseguiria? Talvez seja minha falta de confiança em mim mesma.
Desde mais nova sou tão julgada por ficar com vários caras, em cada boate tinha um, mas é mais fácil quando eu não acrescento sentimento. Com Taylor é tudo diferente. Eu não sei como agir, o que falar, não consigo usar as mesmas técnicas que uso com outros garotos. Ele tem um domínio sobre mim que é inexplicável, e isso me irrita. Eu queria poder curtir essa viagem sem encontrar ele em cada lugar que eu vou, mas ai eu lembro que só estou aqui por causa dele. As coisas não deviam estar acontecendo assim, dessa maneira.
Eu e Taylor nos amávamos demais, mas nós não éramos como os outros casais. Nos éramos como melhores amigos, curtiamos juntos as festinhas, brigavamos demais, quase toda semana, mas todos os momentos bons que passávamos compensava qualquer merda que fazíamos com o outro. Além das provocações. As provocações, o jeito que ele me segurava, de uma forma que eu esquecia de tudo e conseguia me concentrar em tudo.
Lembro-me como se fosse ontem quando ele me disse que ia para a Austrália.

Amor Proibido - Livro 2 (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora