Incerteza

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Justin dirigia que nem um louco, eu tentei argumentar alguma coisa e não saía nada da minha boca.

Eu ainda estava tensa, meu corpo estava ficando pesado e minha cabeça girava.

Eu só tinha que impedir ele de me levar para sei lá aonde, respirei fundo várias e várias vezes mas nada adiantou.

Justin entrou com o carro em um enorme jardim, passando por portões altos e tinha milhares de caras, supostamente seguranças.

Senti minha cabeça rodar, meu corpo ficar rígido e minha mente fazer de tudo pra não me mover pra sair desse carro.

Justin desligou o carro, mas seu celular começou a tocar e ele começou a falar coisas que nem eu mesma conseguia entender.

Senti minhas mãos soarem e uma tontura muito forte.

- Justin - Disse colocando uma mão sobre minha cabeça - Justin!

Eu apenas tombei a cabeça pra trás, sentindo meus olhos pesarem e minha visão ficar completamente escura.

(...)

Eu acordei, mas fiquei com os olhos fechados ainda e senti que por debaixo do meu corpo estava deitada em algum lugar confortável, senti que estava sendo observada e apertei as mãos.

Eu abri os olhos, vendo o teto alto e branco com iluminarias grandes por cada canto e com uma luz forte branca.

- Até que fim - Ouvi uma voz rouca.

Me ergui, vendo que estava deitada num sofá e encarando o Justin de braços cruzados escorado na parede do outro canto.

Observei mais o lugar, ignorando totalmente ele e aquilo era mais para um escritório.

- Quanto tempo eu apaguei? - Disse voltando à encarar ele.

- Quase uma hora, tava quase te jogando na rua e deixando por isso mesmo - Ele disse rude.

Puta que Pariu, minha mãe vai me matar.

Levantei do sofá num pulo, vi minha mochila no canto da sala e corri até ela.

- Ei - Justin segurou meu braço - Aonde você compra droga?

- Eu já te respondi - Peguei minha bolsa colocando no meu ombro.

- Aquilo não foi o suficiente pra mim, abre a boca logo vagabunda! - Ele disse com ignorância mostrando estar sem paciência.

- Primeiramente, pra que quer saber? Acha que tenho que negociar com você? Eu prefiro ir com caras muito melhor do que você e vagabunda é as putas que você pega! - Disse com raiva pelo o seu jeito.

- Você acha que é quem pra falar assim comigo? - Justin me empurrou contra parede fazendo minha mochila cair.

Tentei me afastar, mas suas mãos foram no meu braço e me prensando contra a parede.

Eu podia sentir aquele sentimento, de horas atrás com aqueles caras me rodeando e mexendo comigo, me deixando tensa de novo e aquela tontura voltando com aquela adrenalina estranha.

- E você acha que você é quem pra falar assim comigo? Um Playboyzinho metido a bosta, acha que eu vou temer você? Não tenho medo de nada, Idiota! - Disse ainda mais nervosa.

- Pois deveria ter - Justin disse com a voz firme - Posso acabar com você mais rápido do que você pode imaginar, na verdade não sei porque não deixei aqueles caras te fuder até você morrer.

Eu fiquei chocada com cada palavra que saía daqueles lábios, aqueles olhos podiam ser lindos e tudo mais, mas ele me olhando dessa forma tão fria me assustava.

- Na verdade, você é gostosa demais pra morrer assim tão cedo - Ele sorriu com maldade e passou a mão no meu rosto.

Seus olhos fitavam os meus, eu sentia como se as cores dos nossos olhos se misturavam.

Eu olhei aqueles lábios, aquele rosto e tentei ver cada detalhe dele.

- Aonde você comprou aquelas drogas - Justin disse me libertando dos meus pensamentos.

Suas mãos soltaram meus braços e ele desviou o olhar, como se não quisesse continuar olhando nos meus olhos.

- Eu não comprei e eu não uso essas coisas - Disse já pensando na próxima pergunta dele e tentando ver uma resposta.

- Então porque na sua mochila tem cocaína? - Justin cruzou os braços de novo e mostrando não estar com paciência.

- É de um amigo, eu não faço a mínima idéia de como ele consegue isso e dá pra me dar licença?- Perguntei tentando ser calma.

- Acho que já entendi - Ele deu um sorriso debochado e pedi pra Deus que ele não pense que seja o Brian ou o Chris.

Ele deu dois passos para trás, ergueu o braço e apontou para a porta atrás de mim.

Coloquei minha mochila de volta no meu ombro e olhei pró Justin de novo que mostrava que iria me tirar a força daquela sala.

Mas eu não pensei duas vezes, deixando minha mochila cair de novo e agarrando o pescoço dele.

Puxei seu rosto para o meu e beijei ele.

Ele estava tão surpreso quanto eu, mas não demorou muito pras suas mãos estarem apertando minha cintura e depois descendo para a minha bunda.

Aquele toque, aquela pegada, aqueles olhos, essa boca... Era ele!

Tirei uma casquinha, mas não me deixei levar e quando eu percebi que ele já queria me jogar para o sofá, juntei minhas forças empurrando ele e correndo pra pegar minha mochila.

Peguei e saí correndo pra fora daquele escritório. Eu fiquei um pouco perdida naquela casa, mas quando escutei os passos dele vindo atrás de mim eu corri mais.

Encontrei a porta e logo estava naquele enorme jardim também, os seguranças nem deram importância quando eu passei voando e correndo por aquele pequeno vão aberto dos portões.

Comecei a correr, subindo rua e virando esquinas.

Eu não tinha certeza da onde eu estava, mas a única coisa que eu tenho certeza é que eu peguei o Justin Bieber.

Drugs and Love  (Primeira Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora