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Capítulo Trinta

"Só queria ter o teu Abraço, pra ver se eu disfarço, essa falta de você..."

ALICE WEST

■■■

      Já se passaram três semanas que Rafael e eu terminamos. As semanas que passaram, apenas teve o de sempre, ensaio depois da aula, e Rafael e Belly juntos. Uma coisa que me faz querer vomitar toda vez.

Nas aulas posso sentir seu olhar em mim, mas evito o quanto posso. Ele escolheu assim, agora aguenta. Rafael não almoça mais com a gente, e agradeço mentalmente. André continua dizendo que tem uma explicação. Mas finjo não escutar.

- Alice que anel lindo. - Mary diz olhando minha mão, enquando tomo um copo de suco.

Anel? Não acredito que esqueci de devolver isso. Olho minha mão, e o anel que Rafael me deu de presente brilha.

- É...

Sorrio sem humor. O almoço foi tranquilo, assunto: prova! O sinal bate e todos levanta pra ir pra sala, e essa semana está sendo arrastada.

- Eu vou na biblioteca, quero um livro. - falo uma coisa qualquer pra não assistir aula de química.

Motivo? Sem ânimo pra aula. Na verdade estou sem ânimo pra nada.

- Lhe dou cobertura. - kahl sussurra ao meu ouvido. - Se cuida.

Agradeço com o olhar, e vou pra biblioteca, de preferência no primeiro andar. Entro e sento em uma mesa no canto da sala, pegando um livro qualquer, e fico lá tentando ler.

- Sozinha? - ergo o olhar e vejo Rafa parado na minha frente, com os braços cruzados.

- Isso importa? - ergo uma sobrancelha.

    Rafael revira os olhos.

- Posso me sentar? - ele mostra a cadeira a minha frente.

- Não sei, sua mulher sabe que está aqui? - pergunto mudando a página do livro.

- Ela não é minha mulher. - resmunga sentando.

Fico calada lendo algumas coisas no livro de história que peguei, tentando ignorar sua presença.

- Alice eu....Não queria que acabasse assim, eu realmente gosto de você, é só que....

Rafael passa as mãos no cabelo angustiado

- Será que gosta mesmo? - Ergo uma sobrancelha. - Não pareceu, até porque vocês voltaram bem rápido. - falo sem olhar pra ele.

- Aly, você não entende.

- Então me explica. - peço fechando o livro com força. - Me explica Rafael.

- Você não entende peque....

- Não me chama assim! - levanto rápido da cadeira, e ele faz o mesmo. - Nunca mais fale comigo, volte pra mãe do seu....

Rafael não me deixa terminar de falar, e gruda seus lábios urgentes nos meus. Como senti falta disso. Um beijo de desespero, saudade, e urgentemente. Eu precisava disso, mas ele terminou comigo. Acordo pra realidade, e empurro seu peito rápido.

- Que foi? - ele me olha confuso.

- Você não pode chegar assim e me beijar! A gente não tem mais nada. Esqueceu que me trocou? - digo alto respirando fundo, tentando não chorar.

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