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Capítulo Quarenta e três.

" Não deixe apagar, a fogueira do seu coração..."


- Rafa a Alice. - meu coração dispara, e arregalos os olhos.

- Alice. - levanto da cadeira ficando em pé em um pulo. - Ela tá bem? - pergunto recebendo atenção de alguns.

- O que tem a minha irmã? - Nathan fica nervoso, e fica ao meu lado.

- Alice acordou Rafael, um milagre!

Acordou? Acordou! Meu Deus! Minha respiração falha, e não consigo dizer nada, apenas gaguejar.

- Quê? Ela...

- Acordou.

    Lágrimas já banham meu rosto, e da minha boca não sai nada. Todos me olham confusos e ansiosos por uma resposta. E eu tão feliz e impressionado volto a me sentar.

- Mas que merda, me dá isso. - Nathan pega meu o celular da minha mão nervoso. - O que foi? - pergunta ao celular. -  Acordou? Ela acordou! - Nathan sorri, e uma lágrima desce pelo seu rosto. - ALICE ACORDOU GENTE! - grita confirmando o que eu já tinha ouvido.

- Não acredito! - as meninas começam a sorrir.

     Todos que estavam anciosos pra saber o que houve, gritam preenchendo o ginásio, onde estava sendo a reunião de formatura.

- Eu vou vê-la agora. - nem pego meu celular com Nathan, e saio correndo.

Desço as escadas correndo feito louco. Só consigo pensar que minha pequena acordou, ela voltou!

- Cara eu to tão feliz! - kiler grita vindo atrás de mim.

- Ei! Nada de correr. - O monitor de corredor reclama.

- Alice acordou Arthur, vamos ver ela agora! - Nathan explica sorrindo.

- Acordou? Oh Graças a Deus! - escuto Arthur dizer.

     Chego no estacionamento, abro a porta do carro e entro, e kiler entra no lado do carona.

- Acelera isso ai. - ele diz colocando o cinto. Coloco meu cinto, ligando o carro e saindo. Passo na mesma banca de flores, já que hora é um dia especial.

- Hoje eu tenho rosas vermelhas. - me entrega um arranjo.

- Hoje é um dia especial. - sorrio pagando as rosas.

- Ela acordou? - dona Rosa arregala os olhos.

Abro um grande sorriso.

- Sim! E vou ver ela agora.

- Então essas são por conta da casa. - ela me devolver o dinheiro e olho pra ela sem entender.

- Você passou quase um ano comprando flores, e hoje eu lhe dou um arranjo de cortesia.

- Obrigado! Obrigado mesmo.

Entro no carro entregando as rosas ao kiler.

■■■

ALICE WEST

Volta pra mim pequena.
Acorda filha.
Alice acorda agora!

     Essas palavras repetem na minha cabeça, voltar? Voltar pra onde? Mexo minha mão, mas sinto algo nela que me machuca. Tentei fazer isso tanto e não conseguia, agora eu consigo, mas uma perna eu não consigo, por quê?
Tento abrir os olhos, só que a claridade não permite, pisco algumas vezes e consigo abrir um pouco.

    Olho ao redor e não conheço esse lugar, mas é cheio de flores e fotos por todo o lado. Tiro o negócio que tem na minha boca com um pouco de dificuldade, e respiro fundo.

Tenho cede.
Tenho fome.
E dores pelo corpo.

     Minha cabeça parece que foi pisotiada por elefantes. Merda! o que aconteceu? Escuto a porta abrir, e vejo minha mãe entrando olhando sua prancheta sem me olhar ainda.

- Mãe... - chamo fraco pela cede que estou sentindo. Ela me olhar espantanda e deixa a prancheta cair no chão.

- Fi-Filha? Você....acordou. -Minha mãe já está em lágrimas. E sai do quarto correndo feito louca. Mas o quê? Eu tô com cede!

     Tiro todos os negócios que tem em mim, e procuro um espelho e não acho. Devo tá horrível, quanto tempo estou aqui? E que roupa horrível! Tudo passa um borrão na minha cabeça. Pista molhada, velicodade alta, música alta, de repente dor, pedido de socorro e apago total.

- Filha, meu amor! - papai entra no quarto e me abraça.

- Cede. - é o que consigo dizer.

- Eu vou busca. - mamãe sai do quarto correndo.

- Quanto tempo estou aqui? - pergunto com minha garganta doendo.

- Uns oito, nove meses por aí. - Isso tudo? A escola? Os ensaios. - Tudo vai ficar bem filha. Você acordou e isso que importa. - Papai afaga meus cabelos.

- Minha cabeça dói, minha barriga, perna, garganta. - sussurro fechando os olhos. - Tudo.

- Vamos da um jeito nisso. Agora você descansa e vamos conversa sobre o que aconteceu nesses meses.

- Tudo bem. - sorrio fraco.

Minha mãe aparece com a água e uma sopa, toda eufórica.

- Aqui, quero que coma tudo.

       Escuto umas conversas eufóricas no corredor e logo a porta é aberta bruscamente, fazendo kiler cair no chão com tudo.

- Obrigado André. - resmunga levantando do chão. - Não sabe esperar?

André ergue os ombros.

- Você que veio todo apressado.

Dou uma risada fraca. Estava com saudades deles.

- Alice.

■■■

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