Capítulo 10 - Parte I

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MASALOM

   Minha irmã saiu arrastando Savanah enquanto eu fiquei ali parado observando-as saírem do meu campo de visão. Acabei esquecendo de comentar sobre o anel de noivado que darei à Savanah amanhã no nosso primeiro dia de comemoração do casamento, momento conhecido como Mangni.

   Hoje cedo também mandei abrir as fronteiras, porém, ainda não descobrimos quem foi o mandante do ataque à máfia, ou melhor, o ataque contra mim. E isso está me deixando frustrado, mas o caralho que eu não vou achar o filho da puta que feriu meu irmão.

   O casamento será amanhã ao meio dia e havia muito o que resolver também  apesar de ter um batalhão responsável por toda a cerimônia que durará três dias  tinha coisas como os vestidos que devo comprar para presentear a minha boneca, as joias e ver como ficará a parte onde deveria pedir permissão do seu pai e ainda precisava ir ver Horlom para saber o que diabos ele quer me mostrar.

   — O que está fazendo aí parecendo uma estátua?

   Pensando em Horlom...

   Tento abrir as abotoaduras da camisa para arregaçar as mangas.

    — Nada, estava justamente indo te ver. —  respondo concentrado na pequena tarefa.

    — Eu também estava indo te procurar. —  fala sério.  — Podemos ir tomar café. Ainda tenho tempo. — conclui olhando seu relógio de pulso.

   Franzo o cenho realmente intrigado.

    — Aonde vai?  — questiono.

Ele tira os olhos do relógio com a expressão em branco.

    — Tenho que cuidar de algumas coisas. —  fala evasivo.

   Assinto encerrando o assunto, afinal se ele não quer dizer, não sou eu quem vai insistir.

   — E o seu ombro como está? — pergunto enquando descemos a escada rumo ao salão onde o almoço será servido.

  —  Bem melhor.  — responde olhando para o braço.

   Seguimos pelo corredor e eu balanço a cabeça em entendimento à resposta. Andamos em silêncio alguns segundos e eu me lembro da sua confissão sobre gostar da garota do leilão.

   — E a garota? — me vejo indagando.

   Horlom para e cruza os braços me fazendo parar também.

    — Que? Vai me entrevistar agora? Tem que marcar horário na minha agenda. — gargalha e eu rio.

    Entre risos e conversas sem sentido algum, seguimos o caminho e enfim alcançamos o nosso objetivo.

   Não havia ninguém além de nós dois ali, então, sentamos e nos servimos.

   — Me passa os jornais. Quero ver o que aqueles abutres escreveram a respeito do nosso sumiço no jantar. — aponto o jornal próximo a ele após limpar a boca.

   Horlom larga os talheres e os pega me entregando em seguida.

   — Nada demais. Sarah mente que é uma beleza.  — sorri sozinho e isso me preocupa. Às vezes a Sarah não tem filtro entre o cérebro e a língua.

   — O que quer dizer? —  franzo o cenho.

   Horlom volta a comer, limpa a boca e toma um pouco de suco antes de apontar com o queixo para as folhas em minhas mãos e responder:

    — Veja por si mesmo.

   O príncipe Masalom Amir Farid declara que vai casar! É o que está escrito na manchete da primeira página do jornal mais adquirido do país.

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