Devaneios Curtos

Novo Dia

Ana acordou na quinta-feira às 5:30, escovou os dentes, fez o café e sua higiene matinal. Abriu a porta para a empregada e saiu para o trabalho. O escritório estava sujo, como sempre. Ana não limpou. Cinco clientes a aguardavam na porta. Atendeu-os, laconicamente, antes do almoço. A marmita fria tinha a mesma comida do dia anterior. Comeu, em 10 minutos, sem olhar para a comida. Leu o jornal. Bebeu a água que estava na geladeira desde o dia anterior. Mais 8 clientes a aguardavam do lado de fora. Atendeu-os em silêncio. Dirigiu até a casa, despediu-se da empregada, jantou, tomou um banho e dormiu com a janela aberta.

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Ana estava feliz. O relógio tocou às 5:30 uma suave canção de despertar. Era quinta-feira e ela tinha 13 clientes para atender. Escovou os dentes dançando, fez o café cantando e abriu a porta para a empregada abraçando-a. Seu escritório estava um pouco empoeirado, mas as primeiras pessoas já estava à sua espera. Pensou, então, em pagar sua empregada para ir, no dia seguinte, fazer uma boa faxina. Ouviu as pessoas atentamente, fazendo poucas perguntas e interrupções, antes de almoçar. Sua marmita estava fria, mas Ana não se importou. Lendo o jornal com as notícias, comeu em rápidos 10 minutos. Não poderia demorar. Jamais atrasara uma consulta. Bebeu a água que deixara na geladeira e sentiu a garganta doer. Quando terminou, os 8 clientes da tarde já estavam à sua espera. A garganta ainda doía, então pegou uma bala de menta e começou os atendimentos. Escutou-os com muita atenção, fez anotações, enquanto sua cabeça pensava em possíveis maneiras de ajuda-los. Ana sempre ajudava. Dirigiu até sua casa cantarolando pelo carro e batucando no volante. Feliz com o seu dia, deu um beijo estalado na empregada, que sempre deixava sua marmita pronta e um jantar quentinho. Comeu o delicioso jantar saboreando cada garfada. Tomou um relaxante banho quente, deitou-se lendo um de seus romances prediletos e adormeceu sorrindo, à luz da lua.