CAPÍTULO 34

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                      ANDRÉ LOPES

Esdras foi atrás de Lorena assim que a viu sair correndo, a equipe e eu continuamos a conter os homens, mas o infeliz do tal Clóvis não quis render-se e atirou na própria cabeça. Homem louco dos infernos!

Saí correndo a procura do meu irmão, não sei a razão de sentir uma grande pontada no peito fazendo-me perder o ar

Vejo alguém tentando arrastar um corpo e para minha infelicidade é o corpo do meu irmão que Lorena tenta tirar de uma sala em chamas

-Que porra aconteceu? - digo a mim mesmo.

Antes de tudo desabar consegui tirar os dois, Esdras está desacordado e seus batimentos estão lentos.

-Agente providencie uma ambulância, e helicóptero urgente. - falo pelo comunicador.

-Já estão a caminho Senhor.

Apoiei meu irmão no ombro e o levei para uma área de melhor acesso para o helicóptero que já está em posição.

Os paramedicos fizeram o atendimento ainda no local, colocaram o balão de oxigênio enquanto eu segurava firme em sua mão.

Os médicos colocaram a proteção em seu corpo para evitar que caía quando o helicóptero tomar voo.

-Eu amo você irmão. - disse enquanto o helicóptero transformava-se apenas um pontinho preto no imenso azul.

                 LORENA MARTINS

Chego no hospital atordoada com os terríveis pensamentos que me rodeiam.

Os médicos andam apressados e o pior é que nenhum deles falam o que está acontecendo.

-Onde está meu irmão? - Ester pergunta assim que adentra na recepção.

-Ele está na ala cirúrgica desde que chegou. - falo tentando buscar o ar.

Desabei no chão iniciando um choro silencioso, o medo de perde-lo é tão imenso quanto a falta de seus beijos, seu sorriso contagiando meus dias, suas palavras no amanhecer. Ele é meu alicerce!

[...]

-Alguma notícia? - pergunta Bianca.

-Ainda não. - diz André de cabeça baixa.

-André Lopes? - pergunta um dos médicos que estava na ala com o Esdras.

-Diga, como está meu irmão?

-Seu irmão é forte, reagiu bem a cirurgia, ele está sendo transferido para sala de repouso.

-Posso vê-lo? - pergunto.

-Apenas pelo vidro da sala, a situação dele é delicada. - explica o médico.

Caminho apressadamente pelo corredor o mesmo estando disponível apenas para a família Lopes.

No final do corredor já encontro quem faz meu coração acelerar sem precisar de muito.

Esdras está dormindo lindamente, os aparelhos estão funcionando de acordo com seus batimentos.

A ficha ainda não caiu, chegou a hora de revelar esse maldito passado, ele precisa saber antes que chegue a conclusões distorcidas, nem tudo o que pensa é verdade.

-Você precisa descansar, vá para casa eu fico aqui caso ele acorde. - diz Ester.

-Não saiu daqui, quero ficar perto dele.

-Meus pais estão voltando de viagem mas já foram informados do que houve. - Bia tem razão esses seguranças são todos linguarudos.

-Ele me completa de forma tão única. - digo enquanto lágrimas fazem seu caminho por meu rosto.

-É notável, nunca o vi tão apaixonado por ninguém, você com toda certeza foi feita pra esse bastardo.

Ester foi embora com Bianca, André voltou para delegacia com toda equipe, mas não perdeu tempo em colocar quatro de seus homens linguarudos parados aqui no corredor.

-Lorena Martins me acompanhe. - diz uma enfermeira.

-Este quarto foi prepado para você, espero que tudo esteja ao seu gosto.

-Está sim, obrigada.

-Com licença.

Olhei em volta de todo imenso quarto, respirei fundo soltando o ar com um grande alívio.

Fui para suíte do quarto tomar um banho bastante frio, preciso relaxar um pouco.

[...]

Ja vestida numa camisola preta em seda recordo alguns momentos que trouxe Esdras ao hospital.

André chorava silenciosamente pelo irmão desacordado, meu chão já não existia naquele momento. Esdras estava partindo e junto com ele toda minha razão.

Penteando minhas madeixas negras, lembro-me do dia em que quase o matei, certamente teria me arrependido amargamente. Fico sorrindo de mim mesma!

-Boa noite Stra. Martins trouxe seu jantar. - diz uma senhora de rosto meigo, cabelos grizalhos segurando uma bandeja.

-Deixe-me ajuda-la. - seguro a bandeja para que ela possa entrar, credo! Esse queijo deve estar azedo, que embrulho no estômago.

-Você está bem menina? ficou pálida de repente.

-Estou um pouco tonta. - falo apoiando-me na cama.

-Quer que eu chame o Dr. Vinícius para examina-la?

-Não precisa, vou ficar... - não deu tempo de falar, saí correndo para o banheiro e vomitei tudo o que consegui na pia.

-Minha filha, você está parecendo um papel, sente-se que vou pegar um copo com água pra você.

A enfermeira ajuda a deitar-me na cama e pega a bandeja para que eu possa comer, mas não consigo parece que travou tudo.

-Qualquer coisa chame, boa noite querida. - sai do quarto calmamente.

Essa noite vai ser a mais longa de todas sem meu devasso aqui para me abraçar com todo seu aconchego e carinho!

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&Oi Amores!

Espero de todo o coração que estejam gostando, quero agradecer a todos aqueles que estão acompanhando os momentos finais do nosso casal devasso!

Beijos, Jaqueline Carvalho.
(Revisado - 15/10/2021)

IMPORTANTE ⚠️
Não autorizo nenhuma forma de adaptação dos meus livros.

JOGO DE SEDUÇÃO - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora