CAPÍTULO 5

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ESDRAS LOPES

Cheguei na casa de Thais ciente de que iria aprontar alguma coisa, mas mesmo assim fui até seu apartamento.

E de fato ela aprontou. Mas eu também. Fui um idiota. Completamente um louco sem noção, mas dane-se.

Vi seu corpo nú e isso me fez lembrar o quanto ainda ela me deseja, preferi ir embora, tentei, mas ela me agarrou e começa a me provocar, eu fui um covarde. Ela sabe que odeio provocações ou quando tentam me desafiar.

Caminhou para o banheiro e me molhou todo, por vontade minha também, tirou minhas roupas e me chupou como fazia em nossas noites de prazer. Fiquei louco de tesão.

A carne é fraca e o demônio ainda atenta. A prendi em meus braços correspondendo ao seu ataque provocativo. Estou com raiva do que ainda me aconteceu mais cedo, coloquei toda minha raiva para fora naquele foda. Droga! Burro. Fui burro.

Thaís pode pensar em uma possível esperança. Mesmo depois que deixei claro que não há sentimentos da minha parte.

[...]

Cheguei em casa, vi que meu celular tinha várias chamadas perdidas, algumas do estúdio outras de Pedro, meu amigo de infância. Um bastardo sem noção.

Sem ânimo para entrevista, é assim que estou no momento, tocar em Thais me fez lembrar de todo meu passado escuro.

Algo que tento esquecer com todas as forças. Mas é inútil.

Tomei um banho frio, vesti apenas uma boxe e me joguei na cama completamente acabado.

Ondas e mais ondas estavam me invadindo, algumas de desejo acumulado outras de raiva de mim mesmo por ter permitido uma porra daquelas.

[...]

Acordei com meu celular tocando, já estava de tarde quando acordei, tentei sair da cama mas meu corpo não me obedece, atendi a ligação ali mesmo. Jogado.

— Quem me pertuba? - perguntei já ciente da resposta.

— Seu filho da puta, você some da balada, não atende minhas ligações e ainda pergunta quem te perturba? - disse puto da vida.

— Depois te falo toda história, você acabou de me acordar e ainda estou com sono seu bastardo. - disse sonolento.

— Em duas horas chego em sua casa e espero que esteja vestido, não quero ter pesadelos á noite. - diz rindo. Ele é tão cretino quanto eu.

— Estou esperando meu amor, venha correndo encontrar o seu homem abandonado. - digo para irrita-lo e consigo.

— Você não vale nada Esdras, seu puto.

— E você vale quanto Dr. Moura? Diga-me o seu preço, um real? - provoco o meu brother de infância.

— Pode ter certeza que o meu preço só uma mulher é capaz de pagar. - desligou a ligação e voltei para meu sono pesado. Ou tentei.

Não consegui dormir de forma alguma, por muito tempo, tive um sonho que se tornou um pesadelo, e infelizmente esse pesadelo tem nome Thaís.

Ela me atormenta, de todas as formas.

Saí da cama e fui direto para cozinha preparar algo, acredite quem quiser, eu sei cozinhar como ninguém na minha família, confesso que melhor que eu só minha mãe mesmo. Ela sim é a chefe. Tem mãos de fadas.

Preparei uma macarronada com queijo do jeito que minha mãe ensinou a mim e todos os meus irmãos.

Sim eu tenho irmãos. André é o filho do meio e Ester a casula, mas não se engane, esses dois não valem nada, principalmente a Ester com aquela carinha de anjo caído, atrevida, uma peste safada.

JOGO DE SEDUÇÃO - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora