JOGO DE SEDUÇÃO - LIVRO 1

CAPÍTULO 33

                     ESDRAS LOPES

Depois de horas atrás de algum sinal dos homens que estiveram aqui, conseguimos as imagens de algumas câmeras escondidas entre as árvores, fazemos isso em caso de furtos e coisas do tipo.

André está na sala central analisando as gravações com a equipe de segurança da fazenda, tudo ocorreu muito rápido.

-Volta essa imagem. - digo quando vejo um homem por trás de uma árvore.

-Esse foi um dos homens que atacou você? - pergunta André.

-Foi, eles parecem ser treinados para invasões cautelosas.

-Vamos agir, Lorena deve está correndo risco de vida com esses bandidos. - diz André pegando seu equipamento.

-Não irmão, você não pode comprar essa briga por me, eu vou sozinho. - ele me olha puto da vida.

-Um caralho, eu aceito o fato de me esconder algo mas deixa-lo ir sozinho para uma matilha de lobos dispostos a matar, isso nunca. - dei um soco na mesa gritando alto em desespero.

-Quer mesmo saber? Então esteja preparado para ouvir. - digo de cabeça baixa.

-Não importa o que tenha feito meu irmão, sempre vou estar olhando você. - André fala segurando meu ombro.

-Na época em que viajei para os Estados Unidos me envolvi com pessoas erradas.

-Quais? - fala num tom sério.

-Não sabia que isso iria tão longe, mas eu estava cego raiva tudo o que queria conquistar estava indo por água abaixo, então saía todas as noites para me distrair.

-Para onde?

Meu coração acelera desesperadamente fazendo minhas mãos tremerem e soarem frias enquanto ando de um lado ao outro procurando por um alívio que não tenho desde que levaram Lorena

-Eu tinha que aliviar aquela raiva, então entrei num negócio com alguém que me oferecia tudo o que eu desejava, mas...mas...

-Esdras não venha impor barreiras num cacete de horas dessas, sua mulher está em posse de mãos erradas e você quer se blindar? Não confia em mim? - ele fala decepcionado.

-Confio cegamente André, mesmo sem saber o real motivo de meus abalos você sempre esteve ao meu lado.

-E agora não será diferente. - meu irmão sempre soube me guiar por caminhos certos.

-Entrei num clube de apostas e perdir todo o dinheiro, estava desesperado e não conseguia mas parar, aquilo era viciante.

-Por isso se negou a voltar para casa? Não queria que soubessemos?

-As coisas não eram tão simples assim, nunca foi, perdir para os apostadores do clube e fiquei devendo quase uma fortuna a eles, que até hoje me cobram essa dívida.

-Esdras a casa de jogos que estavamos investigando há algum tempo tem algo relacionado com isso? - concerteza deve ter.

-Vamos André, precisamos agir e rápido.

Analisamos minuciosamente o mapa que tem como alvo uma antiga casa de jogo praticamente no meio do nada, comunicamos a equipe da federal que já está averiguando o perímetro, pegamos alguns equipamentos e fomos.

O passado sempre volta, essa porra tem que acabar.

Lorena, sua face molhada por lágrimas, seus gritos... para onde levaram ela?

Angústia, medo, raiva nem sei o que sinto.

[...]

Próximo ao local André dá suas ordens as equipes que dividiram-se em cinco.