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- Nós vamos te deixar aqui para que você se resolva com sua família. Não podemos te deixar naquela casa sozinha, é abandono. –Meu avô explicou.

- Vocês nem sabem o que está acontecendo entre mim e a família Payne e vão me deixar aqui. E se eles estiverem me agredindo?

- Não estão. Nós conversamos com o Tom antes de vir.

- Conversaram com o Tio Mac e ele não me contou nada?

- Ele disse que você estava se desviando do caminho certo, algo como se envolvendo demais com o lado da família de "engomadinhos".

- Não é verdade.

- Fique aqui Rocky. Amanhã nós conversamos. –Minha avó pediu fazendo carinho no meu joelho.

- Vão me levar para visitar meu pai? –Perguntei fazendo meus avôs suspirarem cansado.

- Amanhã conversamos. –Meu avô repetiu a promessa.

- Tudo bem. –Sai do carro fechando a porta depois.

Quando eles forem embora eu vou também, sem problemas.

- Vou te levar até a porta. –Meu avô saiu do carro andando até meu lado.

- Não precisa! Você já é idoso vai andar demais.

- A porta é ali Rock.

- Eu vou entrar. Não se preocupe. –Minha avó aproveitou para sair do carro também e nos seguir.

- Vamos menina. –Ele empurrou de leve minhas costas até nós três estarmos em frente à porta, dava pra ouvir pessoas conversando animadamente dentro da casa o que estranhamente animou meu avô também. –Parece um bom lugar.

Revirei meus olhos ao que ele tocou a campainha e Karen abriu a porta. De primeira ela me olhou surpresa depois me abraçou forte eu só pude me forçar a aguentar aquilo. Não sou o tipo de pessoa que discute com outra e é só passar algumas horas já está bem. Sou rancorosa mesmo me processem.

- Boa noite senhora Payne, somos pais do Dets Kafil, lamentamos pelo que nosso filho fez, não sabíamos de nada, pois infelizmente somos afastados dele.

Karen olhou assustada para os dois e me encarou como se perguntasse o que eu estava fazendo com ele, eu tentei fazer minha melhor cara de "Eles são meus avós", mas acho que não existe uma expressão suficiente para isso.

- Não nos orgulhamos do Dets, ele sempre foi um problemático. –Minha avó complementou o complô contra meu pai e eu bufei alto.

- Eu me orgulho do meu pai. Ele não é um doutor ou advogado, mas quer saber? Ele é uma das melhores pessoas que eu conheço, divertido, inteligente, bom conselheiro, amigo, criativo/

- Rockli! –Minha avó me parou.

- Falei algo errado? Apenas estou falando bem do seu filho já que você não o faz. Isso sim é vergonhoso.

- Seu marido está em casa? Gostaria de conversar com ele. –Meu avó perguntou a Karen.

- Mil perdões foi tanta coisa que eu acabei não os convidando para entrar. Geoff ainda não chegou, podem falar comigo. Entre Rocky a casa é sua. Vamos ao escritório do meu marido. –Karen saiu de frente da porta liberando a passagem. Eu entrei primeiro já que ninguém tomou a iniciativa e fui direto para a sala, quando o som das vozes se tornou mais alto eu quase dei meia volta por reconhecer algumas vozes.

- Rocky. –Louis me chamou, ele era o que estava mais perto por isso me viu primeiro. –Hey, o que faz aqui? Niall te chamou? Entra mulher. –Ele sorriu animadíssimo para mim e se levantou puxando meu pulso.

Alone TogetherOnde histórias criam vida. Descubra agora