Capítulo Doze

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Capítulo Doze


– Então, aqui seria o feudo onde há uma cafetina com os olhos e ouvidos em Skyblower? – Lucky perguntou num tom divertido enquanto seu olhar percorria o feudo Valois movimentado a sua volta pelo fim de tarde. Como eles se encontravam mais próximos do reino do Norte, se esconder nunca fora uma prioridade, ainda menos naquelas áreas onde os boatos sobre sua cabeça não eram conhecidos.

– A própria – Savannah confirmou trocando o peso de suas pernas depois de ficar tanto tempo parados diante uma cervejaria de esquina. Lucky riu.

– Que bom isso lhe diverte, Berbatov – Amélia disse num tom zombeteiro.

Com a partida de Henry, o homem cuja a única companhia era uma raposa, que desapareceu em algum momento da noite onde ninguém notara, ele não se deu o trabalho de perguntar a Emily se o trato deles fora cancelado ou não. Por isso, Thor persuasivo convenceu a todos, incluindo os boêmios, de voltarem ao feudo Valois onde eles ouviram os boatos da prostituas que espionavam o castelo de Skyblower. Lucky aceitou, visivelmente não pela persuasão de Thor, mas sim porque decidiu dar-lhe um dia de folga para arejar os pensamentos depois do ocorrido de ontem, fora pior que qualquer má lembrança ou pesadelo porque depois de tanto tempo ele sentiu-se de volta ao passado. E por este motivo, talvez a ALDA poderia esperar mais um pouco o seu retorno.

– Para você não? – ela lhe lançou um olhar confuso esperando que ele a explicasse qual seria a parte divertida da história. – Uma mulher que controla vários tipos de mulheres que qualquer homem pode desejar, seja ela loira, morena e ruivas – ele suspirou. – Se ela quisesse se infiltrar num castelo e ter os detalhes dos segredos mais sórdidos, o faria com a maior facilidade! Isso é inteligência pura!

Amélia o encarou ligando os pontos. – Isso realmente seria um golpe de mestre.

– Por isso estamos aqui, nos resta saber se: estamos lidando com um possível cérebro das ameaças anônimas ou uma simples curiosa que gosta de ter as últimas fofocas da realeza – Thor concluiu apertando a manga de sua jaqueta de coro.

Ari e Louis saíram de dentro da cervejaria de esquina e se encontraram o grupo que já os esperava encostados na parede ao lado. – O que descobriram? – Lucky perguntou descruzando o braço e se desapoiando da parede.

– Duas ruas a frente e a primeira direita encontraremos a rua da Rosa – Louis anunciou.

– Rua da Rosa? – Amélia perguntou enrugando a testa.

– É como eles se referem as ruas dos bordéis. Rosa. – Lucky explicou com indiferença.

Amélia balançou a cabeça em concordância sem entender a ligação entre as duas coisas.

– Então seguiremos para lá, entraremos e perguntamos: quem é a cafetina que lhes patrocinam? – Savannah perguntou.

– Plano A, sim. Plano B será fazer alguém de refém – Lucky respondeu com um sorriso perverso e ela soltou um riso involuntário.

– Há plano C? – Elliot arriscou-se perguntar.

– Podemos tentar negociar um preço pela Mia, em troca de alguns minutos com a cafetina – Lucky brincou maliciosamente tomando a iniciativa de andar pela rua.

Encontrar o bordel duas ruas a frente e depois a primeira direita, não fora uma tarefa difícil para eles pela quantidade de mulheres vulgares que desfilavam na porta. Se tratava de uma enorme casa de pedras brancas onde havia uma música abafada corria para fora, eram poucas as janelas do local e todas elas estavam ocupadas por meretrizes que observavam o movimento da rua e conversavam entre si.

Ceres - Agora o Inimigo é Outro [LIVRO 2 - COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora