Capítulo 13 - Uma recaída...

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Rodrigo narrando

    Há momentos que parece que você esta tão perto...

    Mas a momentos que parece que você esta longe...

    É assim que me sinto, e é assim que eu vivo.

    Essas duas semanas, estou longe de tudo e de todos. Não sabem onde estou, mas sabem que estou bem. Não fui a escola, e nem tive vontade de ir.

    Minha mãe, minha irmã e Pedro, sempre me ligam perguntando onde estou. E a única coisa que respondo, é que estou bem.

    Posso fazer o que quero não é, afinal "sou de maior". Mas mesmo sendo, as vezes me sinto uma criança que precisa de ajuda. Acho que todos se sentem assim em alguns momentos.

    Não sei o que faço da minha vida. Só sei que sinto um peso enorme em minhas costas.

    Decidido a não ficar mais deitado nesse sofá, me levando vagarosamente, me apoiando para chegar ao pequeno banheiro dessa cabana.

    É triste, mas certas escolhas que fazemos, sempre tem consequências, que não são nem um pouco agradáveis.

    Olho me no espelho, e tudo o que vejo é só decepção e tristeza.

    Olhos vermelhos, pupilas dilatadas.

    Tudo por causa de um pouco de drogas.

    Não sei mais o que eu faço.

     O efeito é bom, mas dura pouco, e esse pouco já me causa muitos danos. Estragando minha saúde, e encurtando a minha vida.

    E o pior, é que parece que você não pode viver sem ela. 

    A imagem de Ariely aparece em minha mente. Um olhar decepcionante, uma dor infinita, e o arrependimento por ter me perdoado.

    Mas o que eu iria fazer agora?

[...]

Débora: docinho, esta pronto para a festa? - me pergunta sentando em minha cama.

Rodrigo: garota, ninguém me chama de docinho, entendeu - digo sério.

    Ela acha que é algo minha, para me dar apelidos bobos.

    Mas ela esta muito enganada.

Débora: ta nervosinho é? - faz bico - eu sei como consertar isso - sorriu tentando me seduzir. 

    Mas a unica coisa que consegui, foi me dar nojo.

Rodrigo: vamos logo - digo seco fazendo ela bufar.

Débora: você mudou comigo - colocou a mão em meu peito.

Rodrigo: sempre fui assim, o problema é que você é um chiclete - sorriu - que vive colado no meu pé - seu sorriso murchou.

Débora: é ela, não é? - cruzou os braços.

Rodrigo: ela quem? - finjo não saber e fecho a porta.

Débora: Ariely, aquela idiota - disse entre os dentes.

    Me seguro para não bater nessa garota.

Débora: ela não passa de uma nerd, uma sem noção, uma crentinha ridícula, uma...

Rodrigo: CHEGA - grito a interrompendo - abra a sua boca mais uma vez, para falar mal dos meus amigos, que você vai se arrepender garota - ameaço e ela engole em seco - vamos antes que eu mude de ideia.

    Entro em seu carro com os nervos a flor da pele.

    Ela tira minha paciência.

    Uma coisa que eu não tenho muito.

    Ela dirigiu até uma rua que não conheço, estacionando perto de uma casa, que estava cheia de luzes, cheia de pessoas, e com a musica tão alta, que com certeza, os vizinhos já deveriam ter ido reclamar com a polícia.

xxxx: eai gatinha, quem é esse cara com você? - pergunta um homem todo bombado, me olhando de cima a baixo, como se eu fosse um objeto.

Débora: é meu amigo - piscou para ele que sorriu.

xxxx: podem entrar - nos deu passagem - nos vemos mais tarde querida - sorriu maliciosamente para ela, que retribuiu.

     Observei a festa, bastante agitada, com pessoas bêbadas, dançando, caindo, rindo etc. Fui até o bar que ficava nos fundos.

Débora: sério que você vei aqui só para beber? - senta-se do meu lado.

Rodrigo: não enche - a ignorei - uma cerveja - pedi.

Débora: affs, vou me divertir, afinal vim aqui para isso - saiu resmungando.

     Não sei quanto tempo se passou, e nem sei quanto eu bebi. Só sei que não queria ficar mais ali.

    Saio, meio zonzo, caminhando, e tentando passar pela multidão.

    Assim que saio da casa, começo a caminhar pela rua. Não conheço nada por aqui, e no meu estado, a visão embaçada não ajuda.

     Viro varias esquinas, ao menos tenho que chegar em uma rua movimentada para me localizar. 

    Caminho por mais quinze minutos. Não aguento mais, escorrego meu corpo pelo muro de uma casa deslizando até o chão.

    Forço minha visão para saber ao menos onde estou.

     E meu coração se acelera, ao reconhecer a casa a minha frente.

    Ariely.

    Sera que é uma alucinação?

    Acho que vale a pena tentar.

     Me levanto, me apoiando no muro. Atravesso a rua, e aperto a campainha do interfone.

    E por meio dele, escuto uma voz, que enche meu coração de alegria.

Ariely: quem é? - pergunta bocejando.

    Ao que parece estava com sono.

    Não consigo responder, não sei o que aconteceu com minha voz.

Ariely: quem é - pergunta um pouco impaciente.

     Aperto a campainha mais uma vez, e já não consigo mais sentir as pernas. O que me faz cair. Minha cabeça começa a rodar, e minha visão começa a escurecer, me fazendo apagar.


>> Continuar <<

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SORRY QUERIDOS PELA DEMORA....

MAS ULTIMAMENTE ESTOU UM POUCO DESANIMADA COM O LIVRO...

NÃO SEI SE CONTINUO OU SE PARO DE ESCREVE-LO.

ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO...

----> O LIVRO DOIS SONHOS, UM PROPÓSITO 2, JÁ ESTA EM MEU PERFIL....

BJS ...

;)

Antes Feia, Agora Bela (RETIRADO PARA REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora