Ariely Narrando
Tento abrir os olhos lentamente. A dor consome o meu corpo, principalmente o meu pescoço, onde aposto que fui atingida.
Passo minha mão sobre ele, e sinto um inchaço no local.
Varro os olhos sobre o ambiente. Estou deitada sobre uma cama empoeirada, fazendo com que meus olhos lacrimejem e que meu nariz fique irritado.
Tendo me sentar, mas a dor não me deixa e sou forçada a voltar para o mesmo lugar.
Sinto meus pés presos por algo gelado e duro, e quando me dou conta são correntes que me prendem à cama.
Forço minha visão tentando enxergar algo além de escuridão.
Nada...
Rapidamente memórias me invadem a mente, e então me lembro o que esta acontecendo.
Débora que sequestrou.
As batidas do meu coração aceleram de uma forma em que mal consigo controlar minha respiração, e a poeira não esta ajudando em nada.
Preciso me manter calma.
O desespero não vai me ajudar em nada.
Tento controlar minha respiração, isso só me causa mais dor, e meus pulmões começam a reclamar.
Meu Deus... me ajuda...
Faço uma oração silenciosa. Pois eu sei que ele é o único que pode me ajudar.
Sei que não estou sozinha, e também sei que ele não vai me desamparar. Basta eu confiar nele.
Tento me mexer novamente, porém sem sucesso.
Preciso poupar forças.
Tenho que ser forte...
Minha cabeça volta a latejar, e sou obrigada a engolir o choro.
Não vou me render.
Deus me salvou da solidão e não vou voltar para ela.
Fecho meus olhos e tento dormir um pouco antes que ela volte.
[...]
Acordo novamente sentindo meu estomago se contorcer de fome - se é que isso é possível.
Abro os olhos e percebo que esta claro. Passei um dia inteiro aqui...
Minha família aparece em minha mente como um flash. Não consigo disfarçar a dor que sinto ao pensar que estão preocupados comigo.
Minha mãe mal acabou de se recuperar. Meu coração se contorce de dor, não física, mas sim emocional.
Meu pai, que deve estar tentando se fazer de forte como todo o pai faz, dando esperanças para a família, para minha mãe.
Diana minha irmã do coração e melhor amiga. Marcus meu primo que também é como um irmão.
Rodrigo...
Eu o amo meu Deus... Nunca disse isso a ele, apesar de demonstrar.
Não sei se ele sente na mesma intensidade que eu... Mas não posso mais esconder isso, e nem quero.
Quero ter uma família, quero fazer minha faculdade, estar novamente com minha família, ver meus avós novamente, e principalmente adorar a Deus, servi-lo e contar a todos as bençãos que fez e que ainda faz em minha vida.
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Antes Feia, Agora Bela (RETIRADO PARA REVISÃO)
SpiritualitéVocê já se sentiu inferior a alguém? Já foi pisoteada, e humilhada por pessoas que se julgavam superiores? É isso o que aconteceu com Ariely. Após sofrer mais uma humilhação na escola, Ary a pedido dos pais, muda-se para Nova York, e p...