capítulo 13

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Forço a vista para ver quem é, e...
MEU DEUS...

Meu Deus o que eu faço?

Quando me dou conta, já estou correndo para perto dele.
Mas oras! O que deu nesse garoto para estar largado nessa chuva?

Chego perto dele e me abaixo para ficar na sua altura.

- Nicolas! - o chamo, mas o mesmo não fala nada. - Nicolas! - Falo em um tom mais alto e o mesmo se vira para mim, com os olhos quase fechados.

- Que...quem é você? - Ele pergunta com dificuldade. E então percebo que está bêbado e... minha nossa, tem sangue escorrendo pelo seu rosto e em lugares específicos.

- Nicolas, o que aconteceu com você?. - Pergunto assustada.

- Que...quem é você, garota? - torna a perguntar com dificuldade, abaixando a cabeça.

- Nicolas! Olha pra mim, sou eu Sophia. - Falo inclinando um pouco a cabeça, na tentativa dele perceber que quero que ele me olhe.

- Porque es...está aqu...aqui?. - Pergunta com a voz embolando. E minha nossa... seu hálito é puro cheiro de álcool.

O que eu faço, Senhor?!
Deixo ele aqui? O que faço?

- Nicolas, onde é a sua casa? - Pergunto na intenção de levá-lo para a mesma. Mas ele parece que está em um mundo paralelo, não me ouve direito e muito menos consegue me responder. Por uns minutos o fito. Ele está machucado, bêbado, na rua e debaixo de uma chuva, me pergunto o que aconteceu com ele. Essa cena me deixa confusa e perplexa, não sei o que devo fazer.

- Nicolas. - o chamo. - Vem comigo. - Falo me levantando e esperando ele fazer o mesmo, mas não o faz.

Bom se ficarmos aqui pegaremos uma gripe ou coisa pior. Agradeço a Deus por não estar trovejando, pois tenho pavor.

- Por...porque quer m...me ajudar?. - Pergunta ainda com a voz embolada.

- Nicolas, não vou deixar você aqui, sabendo que posso ajudá-lo, poxa, olha o seu estado! - Falo elevando a voz.

E de repente ele começa a chorar... é um choro de dor e amargura, pelo tom dá para perceber. Se assemelha ao choro verdadeiro de uma criança.
Então me abaixo novamente ficando de joelhos, para ficar na mesma altura que ele e o abraço. E de alguma forma acabo sentindo o que ele sente, não é a primeira vez que sinto o que outra pessoa sente. Minha mãe me disse uma vez, que é um dom que Deus me deu.

O mesmo retribui me abraçando forte, é quando seu choro se intensifica, e suas lágrimas se misturam com as gotas fortes da chuva. Ele começa a soluçar por conta do excesso de choro e entre os soluços geme com tom de dor. Isso parte o meu coração.
Porque ele está assim, Deus?

O aconchego mais para perto de mim e afago os seus cabelos, que estão encharcados de água, na intensão de lhe acalmar e passar tranquilidade. Depois de alguns minutos, Seus soluços diminuem, junto com o seu choro.

Me afasto um pouco e me levanto, o ajudando a fazer o mesmo. O ajudo a ficar em pé pondo seu braço ao redor do meu pescoço, e o guio para o carro. Ele entra, e logo entro em seguida.

Ligação on:

- Alô, Jéssica? Não vai dar para ir para a pizzaria. - Falo dando satisfação, pois sei que se eu não der ele irá pensar que fui raptada. Típico de Jéssica.

- Aconteceu alguma coisa, Sophi?. - Pergunta preocupada.

- Depois eu te explico tudo, amiga. - Falo. - aproveitem a noite, pombinhos. - Falo e desligo, antes que ela fale alguma coisa.

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