Capítulo 18

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Sou despertada por um feixe de luz que provém de uma pequena janela perto do teto. Abro devagar meu olhos para conseguir me acostumar com a claridade, o que é difícil.
Olho para os lados e concluo que estou em um...Sótão?

PORQUE ESTOU AQUI?

O desespero começa a tomar conta de cada célula do meu corpo, junto com uma dor insuportável no braço. Olho e constato que está roxo, me bateram? Meu Deus o que está acontecendo? ME AJUDA, SENHOR !

Não consigo me conter e desabo em lágrimas desgovernadas, minha respiração a essa altura já não está mais controlada e começo a gritar.

- SOCORRO! ALGUÉM ME TIRA DAQUI. - Grito em meio a um choro desesperador. - SOCORR...

- CALA A BOCA SUA VADIA. - Um homem alto e forte fala escancarando a porta. De imediato tomo um susto e percebo que minhas mãos estão atadas por um corda grossa.

- ME TIRA DAQUI!. - Vocifero.

Falo e sinto um ardor insuportável no rosto. O olho incrédula. Ele me deu um tapa.

- É melhor fica pianinho, piveta. - Fala se aproximando de mim. Dou um passo para trás e acabo tropeçando em algo caindo no chão.
Sinto meu corpo estremecer com tal aproximação, fecho os olhos temendo o que irá acontecer.

- Aí, brother. - Um homem aparecesse na porta. - O chefe ta te chamando. - diz.

Obrigada Senhor! Respiro aliviada. Antes de sair ele me lança um olhar sarcástico.

(...)

Já perdi a conta de quantas horas estou nesse sótão. Não ouço nenhum barulho vindo de fora, não devo estar perto da cidade.
Estou com fome e com frio. Já é noite, percebo quando olho para a janela lá no alto e noto a ausência de luz.

- SOCORRO! SOCOR...- Não consigo terminar a fala por sentir uma tontura que me faz ajoelhar no chão.
Sinto meus olhos pesarem, mas me obrigo a mantê-los abertos.

Um vento frio passa pela pequena janelinha, fazendo meus lábios tremerem de frio. Deito no chão e me escolho o máximo que consigo, afim de retardar qualquer frio, não obtenho muito sucesso no feito.

- Me socorre De...Deus. - Sussurro e fecho os olhos.

(...)

P.V.O Nicolas

- Como alguém pode sumir de repente? Isso não é cabível. - Digo andando de um lado para o outro no meu quarto. - Ahh se eu pego quem fez is... - Sou interrompido por minha irmã adentrar o quarto chorando.

- Ni...Nick a Sophia... - Não consegue completar a frase, então eu a abraço forte, afagando seus cabelos.

- Eu irei encontrá-la. - Sussurro no seu ouvido. - Eu prometo.

- Po...por favor! Já faz horas que não temos notícias dela. - Diz tentando cessar as lágrimas.

- Ei...- A chamo e ela direciona seu olhar para mim. - Eu prometo que que irei achá-la. - Digo por fim.

- Você ora comigo?. - Me pergunta. Exito alguns segundos mas acabo cedendo, ela não ia aceitar um "não" como reposta. - Senhor Deus, te pedimos que proteja a Sophi...- Soluça em meio as lágrimas. - Não deixe que nada de ruim aconteça com ela. Ela é muito importante para a gente. - fala e olha para mim. - Traga ela de volta para a gente. Te pedimos tudo isso em teu nome, amém. - Finaliza e olha para mim esperando o meu "amém".

- Amém...- Digo desviando o olhar e em seguida vejo de soslaio ela esboçar um pequeno sorriso. - Amanhã cedo iremos atrás de pistas onde ela possa estar, ta bem?. - Digo.

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