Capítulo 4

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- A..ai! - digo depois que alguém esbarra forte em mim e fixo meus olhos para ver quem é.

- M...me Desculpe. - Diz o garoto.

- Tudo bem, parece que está atrasado para algo. - Digo com ar de compreensão.

- Obrigada pela compreensão, Senhorita...?. - Diz em um tom divertido.

- Sophia. - Dou uma risada.

- Prazer, Sophia, me chamo Josh. - Diz depositando um beijo nas costas da minha mão, imitando um cavalheiro medieval.

- Prazer, Josh. - Digo por fim, fazendo reverência e rindo.

Acho ele engraçado e desajeitado, mas legal.

Começo a ir em direção a saída da faculdade quando novamente esbarram em mim.

Fala sério, não sou tão pequena assim para não notarem a minha presença, sou ??

- Olha a frente, palhaça. - Uma garota alta e loira, diz de forma grossa, seguindo o seu caminho desfilando.

Fala sério! Eu que não vou discutir com ela, eu vou ganhar o que com isso?! Além do mais, Deus não aprovaria eu devolver o mal com o mal.

Retomo o ar e vou em direção ao ponto de ônibus, o sol está rachando, se duvidar dá para fritar um ovo no asfalto. E eu que achava que só no Brasil que fazia muito calor.

Chego em casa, almoço e em seguida vou estudar, para não perder o costume.
Não posso deixar acumular nenhuma matéria, caso contrário do jeito que sou poderá virar uma bola de neve e acabe no final com muita assunto a ser estudado.

Um tempo mais tarde acordo com o braço todo babado.

Eca!

Pego o celular e vejo que são 2:37 da madrugada.

Do jeito que eu estou deito na cama, não tenho nem força e nem coragem para tomar banho ou comer. E caso eu fizesse isso iria perder o sono e desregular mais ainda meu relógio biológico que já não anda essas coisas.



(...)

- A..aiiii!. - grito com a mão na cabeça, o que só faz piorar a dor.

Simplesmente parece que deram mil marteladas na minha cabeça e levanto aos poucos para não acabar caindo de cara no chão.
Tomo um banho, oro e saio as pressas para comprar um remédio para a dor.

Vejo no aplicativo que tem uma farmácia aqui mesmo no bairro e me bate um alívio por não precisar me deslocar para um lugar longe.

Desço e vou tão apressada até a farmácia que não noto muito o que se passa ao meu redor. Chego em menos de dez minutos na pequena drogaria e dou uma olhada até que avisto uma atendente.

- Tem algum remédio para dor de cabeça? - Ora, Sophia claro que tem remédio para a dor, é uma farmácia!

- Aqui está, senhora. - fala a atendente me tirando dos meus pensamentos.

Pago e saio. No caminho para casa avisto uma lanchonete e instantaneamente meu estômago dá uma roncada alta.
Bom... já está perto da hora de ir à faculdade, e não da tempo de passar em casa para tomar café, então decido entrar na lanchonete que logo de cara me ganhou porque trás um ar muito aconchegante.

Nicolas narrando:

Desde que vi aquela garota no avião, eu não parei de pensar onde ela pode estar. Ela é tão linda, mas não uma beleza a qual estou acostumado a ver. Ela tem os traços delicados, seus cabelos pretos realçando o seu tom de pele o qual é alvo como a neve. E o seu jeito atrapalhado... nunca vi alguém ficar tão vermelha quando está com vergonha, nunca tinha visto garota igual...

Não Existe Acaso Onde histórias criam vida. Descubra agora