Uma proposta

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POV Pedro

Estava olhando as pinturas nas paredes da tumba sobre nossa primeira passagem em Nárnia. Eu era um homem adulto, bem sucedido e respeitado pelo povo. Na Inglaterra todos me tratam como criança, eu nasci para ser rei e não um fracassado. Pelo menos eu achei isso, agora não sei mais. Meu irmão quase morreu duas vezes , Lucy o salvou da primeira vez com seu elixir e agora (y;n). Ora, não consigo nem proteger meu próprio irmão, quanto mais uma nação inteira.Eu perdi completamente o controle da situação aqui, e a única saída que achei é vida ou morte.

-Como você esta? - Susana me pergunta, eu dou de ombros - Você sabe que a culpa não foi sua certo? - eu assento com a cabeça

- Mas você também sabe, que eles confiam em nós para tira-los desse poço. - respondo

-Então você também sabe que vamos sair dessa. Nós sempre arranjamos um jeito.

-Eu não sei....

-Sabe, eu sei que você odeia ser tratado como criança, mas é o que nós somos agora. Ganhamos a chance de aprontar e sair completamente ilesos de novo, o quão legal é isso? - ela diz me dando um soquinho no ombro, rimos.

-Lembra quando estávamos brincando na rua e um homem com um chapéu engraçado nos ensinou a fazer aviões de papel?

-A mamãe ficou pê da vida porque gastamos o papel todo da casa!

-E quando ela mandou a gente limpar...

-Será que ela descobriu que os aviões estão embaixo das nossas camas até hoje?

-Espero que não - rimos de chorar lembrando de nossas histórias pelo que me pareceu horas. Quando conseguimos finalmente controlar o riso ela olhou para mim com uma expressão materna ( ela sempre faz isso) e disse:

-Você vai fazer?

-É o único jeito.

-Lembre-se de que você não é invencível. E tome cuidado tá?

-Sempre.

-Eu te amo Pedro.

-Como é? - disse botando uma mão na orelha me fingindo de surdo.

-Eu não vou dizer de novo! - ela disse rindo

-Também de amo mana.

Reuni todos em torno da mesa quebrada de pedra para sugerir minha ideia:

-Por que estamos aqui? - pergunta Lucy

-Porque acredito ter encontrado uma saída dessa situação. - fiz uma pausa antes de continuar - Quando um rei desafia outro num duelo, o vencedor tem direito de tomar posse do reino perdedor, então com isso em mente, pretendo desafiar Miraz um duelo até a morte para restaurar paz entre os reinos e recuperar Caspian.

-Tem certeza de que esta disposto a arriscar sua vida assim? Deve haver outro jeito! - diz Lucy

-Não há, e acredite eu saberia se tivesse. Eu preciso de três pessoas para levarem a proposta a Miraz, e estava pensando em Ed, o ciclope e mais um voluntario.

-Ficarei honrado em servir o senhor - Diz Ripchip batendo continência

-Então você será o terceiro. Ed, você vai com os dois até Miraz e leia a eles o pergaminho que vou escrever agora.

-Mas Pedro, e se alguma coisa der errado, o que faremos? - pergunta Lucy.

-Eu e você iremos atras de Aslam - Susana responde - E caso não voltarmos a tempo, (y/n) vai estar aqui.

-Ed, não se esqueça dos ramos verdes, não queremos que eles pensem que é algum tipo de ataque.

POV Edmumd

Então la fui eu com Ripchip e o ciclope ao castelo de Miraz. Geralmente eu acharia que Pedro estivesse louco e teria uma grande discussão com ele que envolveria vários gritos e xingamentos, mas dessa vez... eu também não vejo outra alternativa. Não que eu duvide das abilidades dele em combate, na verdade ele é o melhor espadachim que eu já conheci , mas ele é meu irmão, e eu não sei o que eu faria se alguma coisa acontecesse com ele.

Chegando ao portão do castelo ergui os ramos verdes ao vigia e ele nos deixou entrar. Encontrei Miraz na sala do trono e pela expressão de nojo dele, estava esperando que me curvasse, mas eu tenho um pouco de amor próprio.

-Príncipe Edmund, ao que devo esta visita?

-É Rei Edmund na verdade. - Miraz revira os olhos - Venho fazer-lhe uma proposta: - abri o pergaminho e comecei a ler - "Para evitar derramamento de sangue, bem como os demais inconvenientes, que é natural decorrerem das guerras que se travam em nosso reino de Nárnia, proponho-lhe provar em combate real com Vossa Excelência que é réu de dupla traição quer por ter subtraído o domínio de Nárnia a Caspian ( que é segundo a lei dos telmarinos, legítimo rei de Nárnia ) quer por ter levado a cabo o abominável, sanguinário e desumano assassínio de Rei Caspian IX. Pelo que, de bom grado, provocamos e desafiamos Vossa Excelência para o dito combate, enviando estas cartas pelo nosso mui estimado e real irmão Edmund, outrora Rei de Nárnia,sob a nossa jurisdição, Duque do Ermo do Lampião e Conde do Marco Ocidental, Cavaleiro da Nobre Ordem da Mesa, a quem foram conferidos plenos poderes para determinar, de acordo com Vossa Excelência, as condições do combate. Nossa única reivindicação seria nosso querido Caspian de volta. Assinado, Grande Rei Pedro de Nárnia"

-Nossa, para que tanta formalidade, não poderia ter me dito "Eu Rei Pedro desafio Vossa Excelência a um duelo pelo reino perdedor e Caspian"?! - diz Miraz

-O senhor aceita ou não? - eu pergunto.

-Garoto deixe- me lhe dizer uma coisa. Eu já sou rei de telmar, nossas forças são 10, se não mais, vezes maiores do que as suas. Porque eu aceitaria sua proposta?

-Honra. - diz um homem

-Já sou um Rei respeitado.

-Então você esta dizendo que está com medo de lutar com um espadachim que tem metade da sua idade? - eu pergunto

-É o que seu povo espera que você faça - disse o mesmo homem

-Como é?! - pergunta Miraz

-Sosperian tem razão - diz um outro homem - Se recusar a oferta, vai fazer papel de covarde.

-Eu não sou nenhum covarde! - Miraz estava começando a ficar irritado.

-O senhor tem todo o direito de recusar - Glozelle diz - Nunca fui covarde, mas tenho que confessar que me faltaria coragem de enfrentar aquele jovem em um combate corpo a corpo.

-Por acaso esta insinuando que não sou capaz de vence-lo?! - Miraz estava vermelho que nem um tomate . Segurei o riso.

-Exatamente - eu digo

-De jeito nenhum!! - A mulher diz me fuzilando com o olhar por alguns segundos - Só acho que não deveria arriscar seu reino dessa maneira.

-Você acha que estou com medo! Eu não tenho medo de nada, muito menos de um espadachim ingenuo meia boca! Pode dizer ao seu irmão que aceito o desafio, ao meio dia a leste do grande rio.

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