Por Nárnia, e por Aslam!!

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POV Edmund

Tudo pareceu acontecer em câmera-lenta. Fui até Pedro e me ajoelhei ao seu lado. Pedro ainda estava de olhos abertos. Com as mãos tremulas, segurei seu rosto e gritei o mais alto que pude. Abracei seu corpo sem vida e fechei os olhos com força, lágrimas começaram a cair como cachoeiras. Isso não pode estar acontecendo, o que direi a mamãe quando voltar? Eu não deixei Pedro dizer o que queria, e nem eu disse nada a ele. E agora era tarde demais.

POV Narrador

Lucy continuou em alta velocidade até ver uma arvore se movendo. Ela desceu do cavalo e se aproximou da arvore, que agora estava parada. Mas quando olhou envolta, estava rodeada de pétalas de arvores como aquelas e se juntaram formando uma silueta que parecia dançar. Lucy encantada com a magia das plantas que ha muito tempo nao via, começou a dançar junto.

-Que cena bonita, igual aos velhos tempos - uma voz grave diz. Lucy se vira e se depara com um leão grande e dourado.

-Aslam! - a menina correu e o abraçou - Senti tanta saudade!

-Eu também minha cara.

-Suponho que esteja consiente da situaçao.

-Sim estou.

-Então porque nos deixou? Por que abandonou Narnia?

-Narnia não precisava de mim, estava vivendo sua era dourada. Mas agora voltei para consertar algumas coisas.

-Quer dizer que vai nos ajudar?!

-É claro que sim - outro abraço apertado - parece que a senhorita vai poder andar em mim de novo - Lucy monta no leão com um grande sorriso no rosto e diz:

-Mas antes temos que buscar Susana, ela pode estar em perigo!

-Sem problemas.

Susana tinha derrubado três soldados mas o quarto a derrubou do cavalo e desviou de sua flecha. Ele estava prestes a dar o golpe final quando Aslam pulou em cima dele.

-Aslam! Lucy você conseguiu achar ele!

-Sim ela conseguiu. Agora vamos encontrar com seus irmãos, sinto que precisaram de ajuda.

Edmund parecia ouvir tudo como se tivesse em baixo d'agua, gritos abafados e cascos correndo.... Com a voz falha, abraçando Pedro ele sussurrava:

-Acorda, acorda, acorda por favor...

Como se de algum jeito, pudesse trazer de volta a pequena luz que ainda restou em seus olhos.Foi tirado de sua hipnose com alguém sacudindo seus ombros, era (y/n). De repente conseguia ouvir normal de novo, e caos o rodeava:

-Largue ele! - gritava (y/n) em meio ao barulho.

-Você espera mesmo que eu deixe meu irmão aqui no meio do fogo cruzado?! - responde Edmund

-Claro que não, pedi para que Philip levasse ele para dentro!

Contra sua vontade, Edmund ajudou a colocar Pedro e Caspian em cima do centauro e se voltou para a batalha:

-Não deixe ninguém chegar perto daquela tumba, se preocupe com as frentes, eu cuido do resto.

As lágrimas já tinham se secado, Edmund segurou com mais força o cabo de sua espada e uma raiva tomou conta dele. Partiu para cima dos soltados pronto para matar. Desde matar soldados com suas próprias espadas a jogar bolas de fogo, (y/n) usava seus poderes como nunca antes ( parecia feiticeira scarlate ), diminuindo bastante o número de inimigos. Porém era a primeira vez que matava alguém, cada morte doía nela, mas fazia o necessário para proteger Pedro. Mais ou menos meia hora depois, as forças narnianas já não eram mais pareas para os telmarimos, eles tinham exército quase 10 vezes maior!! Narnianos foram recuando aos poucos para a tumba a fim de proteger seu amado rei até o fim, quando de repente, um rugido muito alto foi ouvido. Nessa hora (y/n) respirou fundo e tentou guardar aquele momento em sua mente, aquele rugido lhe trazia paz. Aslam estava em cima da tumba, com as rainhas nas costas. Rugiu mais duas vezes como ninguém antes tinha visto e a velha Narnia aos poucos se mostrava como antes. Árvores entraram na batalha derrubando as catapultas e atropelando alguns soltados no caminho, animais que acabaram virando selvagens, retornaram as suas origens para defender seu lar, a própria terra virava movediça e sugava soldados.

-Por Nárnia, e por Aslam!! - gritou Edmundo, os narnianos repetiram o grito de guerra e e avançaram ainda mais.

Apavorados, os telmarinos tentaram recuar o quanto podiam, mas antes tinham que passar pelo Grande Rio. Lembra daquela ponte que os telmarimos estavam construindo no começo da história? Estavam atravessando ela agora, porém Aslam foi mais rápido, rugiu pela ajuda de um amigo. A ponte começou a tremer tanto quanto um terremoto e das águas surgiu Baco causando quase que uma tsunami, afogando quantos telmarinos podia. Quem não tinha chegado a pisar na ponte assistia assustado seus companheiros serem engolidos pela água. Para esses Aslam disse "voltem para Beruna, lidarei com vocês depois". Uma vez de a batalha acabou, exaustos, todos voltaram para tumba, para visitar o recém falecido rei.

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