Talvez seja só o medo diante da morte falando

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POV Pedro

Hoje é o dia do duelo. Pode ser meu último. Não duvido de minhas abilidades, na verdade acho que Miraz não tem chance contra mim, ( pare de subestimar as pessoas! - é o que susana diria) mas não confio nele. Acho que vai arranjar algum jeito de armar contra mim e isso me deixa inquieto. Não estou com uma boa sensação sobre isso, sinto que vai dar tudo errado e vai acabar com um banho de sangue, mas talvez seja só o medo diante da morte falando. As vezes fico pensando o que resultaria do meu fim, um espaço nos livros de história de Narnia, ou só mais uma vida esquecida? E se eu morrer aqui, como ficaria minha mãe? Faz um tempão que não vejo ela. Engraçado, é em momentos como esse que você pensa que fez tudo errado. Devia ter abraçado mais meus pais e irmãos, devia ter dito mais que os amava, antes que seja tarde... Mas sabe uma coisa? Eu ainda vou fazer isso porque minha história não acaba hoje. Eu espero. Tudo isso estava rodeando minha cabeça enquanto botava minha armadura:

-Como você esta? - pergunta Ed.

-Nervoso, mas bem. - ele olha para o chão - Não se preocupe.

-Como você espera que eu não me preocupe? Desculpe, eu também estou muito nervoso sabe.... Por você e Aslam e....

-(y/n)? - eu pergunto escondendo o riso.

-Do que você está falando? - ele me pergunta um pouco irritado pelo o que eu disse.

-Qual é, ta na cara que vocês dois tem alguma ligação ! Pode ser só uma amizade duradoura, mas eu gostaria de saber se for algo mais....

-Não é! - ele respondeu rápido - Você está falando um monte de merda - eu ri por ele ter entrado na defensiva, talvez um pouco demais.

-Ela tem treinado dia e noite feitiçaria, acho q ficaremos surpresos com o que ela guarda na manga.

Miraz e seu exército de telmarimos estavam se aproximando do local escolhido. Era bem na frente da tumba, em um quadrado de pedra. A armadura de Miraz era toda dourada com uma máscara feia, parecia muito pesada (nada útil para um duelo). Ainda estava dentro ta tumba, mas conseguia ver a multidão do lado de fora. Quando pus a cara no sol a multidão foi a loucura gritando palavras de encorajamento a mim. Era bom saber que pelo menos ainda era respeitado como rei. Enquanto caminhava para o ponto do combate falei a Susana:

-Você e Lucy, é melhor irem agora.

-Toma cuidado por favor - disse Lucy me abraçando tao forte que me deixou sem ar.

-Pode deixar Lu. - logo depois veio Susana me abraçando pelo pescoço (já que era quase da minha altura) e quando nos separamos ela disse:

-Não morra, voltaremos logo. - eu assenti com a cabeça. Enquanto minhas irmãs saiam de cavalo a procura de Aslam, (y/n) chegava para se juntar a nós.

-Pedro, eu sei que tivemos nossos altos e baixos, mas apesar de tudo... - eu a interrompi dando-lhe um abraço. - Boa sorte. - Depois de "me despedir" (temporariamente) de todos, finalmente chegou a vez de Edmundo:

-Ed, é em momentos decisivos como esse que a gente percebe que...

-Não, você não vai se despedir porque você vai voltar, então o que quer que você queira me dizer agora, pode me dizer depois. - encarei ele por um tempo com orgulho de meu irmão caçula, ele realmente acreditava em mim, mais até do que eu mesmo. Deu um abraço forte nele e ele disse - Não morra. - ele me deu um último olhar de "você consegue" e eu me virei para encarar Miraz. É, pensei comigo mesmo, eu sou o grande rei Pedro, o magnífico, eu consigo! Espero.

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