POV Narrador
Desde bem cedo, Edmund esteve limpando a sua nova espada, tirando todos os dejetos de cima, não podia estar mais orgulhoso. La para em torno de meio dia, (y/n) sentou - se ao seu lado:
-Estou atrapalhando?
-Você me nunca atrapalha.
-Você esteve ocupado! A quanto tempo você está fazendo isso?
-Algumas horas.
-Estou muito orgulhosa de você - pela primeira vez naquele dia Edmund tirou os olhos da espada e encarou (y/n). Queria beija-la, mas não o fez, porque tinham um assunto pendente:
-(y/n), queria falar com você sobre...
-Por que está falando com uma ave? - a voz alta do minotauro lhe fez perder o raciocínio - Ele fala com aves!! - gargalhou
-É maluco mesmo.
-Cade ele?! - RipChip surge no deck com sua espada em mãos - Devolva a laranja, e você não terá que passar vergonha na frente da tripulação toda! - Eustaquio começa a correr enlouquecidamente esbarrando em tudo e fazendo uma bagunça - Tentando fugir? - Os dois começam a duelar, RipChip sempre provocando o menino, que tropeçava nos próprios pés. O camundongo sentiu que ja o tinha humilhado o bastante e parou de lutar, mas Eustaquio não entendeu o recado e investiu um golpe com toda sua força contra o rato, que desviou facilmente.
-Edmund, venha cá! - gritou Caspian a estibordo - Olhe - lhe entregou a luneta - Parece desabitada, mas tenho certeza de que os fidalgos passaram por aqui!
-Pode ser uma armadilha - sugere Dririan
-Ou pode conter respostas - sobrepõe Edmund.
-Passaremos a noite na praia, percorreremos a ilha de manhã.
Estava começando a tardar quando chegaram na ilha. Os homens estavam arrumando lenha para a fogueira enquanto Edmund anunciava que iria dar uma volta pela praia com (y/n). Quando ninguém podia mais ouvir -los, Edmund tentou segurar a mão de (y/n), mas ela sutilmente (pelo menos ela tentou ser sutil) recusou, e para disfarçar botou uma mecha de cabelo atrás da orelha:
-Ta legal, olha, eu não aguento mais isso! - diz Edmund subitamente.
-Que foi que eu fiz? - pergunta (y/n) na defensiva
-Você quase não me olha no olho, vem sendo grossa comigo e agora mesmo não deixou eu segurar a sua mão!
-Então você está me dizendo que eu não posso ficar um pouco distraída de vez em quando?!
-(y/n) ! - Edmund chamou a puxando pela mão, impedindo a caminhada - Me diz o que está acontecendo! Essa dúvida ta me matando!
-Eu não posso fazer isso! - grita (y/n) puxando violentamente sua mão da dele.
-Fazer o que? Retruca Edmund igualmente exaltado. (Y/n) respira fundo antes de continuar para evitar que as lágrimas caiam:
-Não temos uma maquina do tempo, você não vai poder me visitar e nem eu vou poder te visitar. Nossos momentos juntos estão contados, depois dessa viagem nunca nos veremos de novo e eu ja me importo demais com você para dizer adeus! Quando menos eu me apegar a você, mais fácil será a despedida. - Edmund segura uma das mãos de (y/n) puxando- a para mais perto e posicionou a outra em sua bochecha. Olhando diretamente em seus olhos, ele disse:
-Justamente porque o nosso tempo é limitado, deveríamos aproveitar o máximo, enquanto ainda podemos. Acho que também falo por você quando afirmo que não quero que a lembrança de uma das mais extraordinárias viagens da minha vida seja sem você. Porque você que faz tudo isso ser extraordinário.
-Não sei não, acho que seres mitológicos, árvores que se movem e animais falantes são bem extraordinários. -Edmund ri:
-Eu te amo - confessou ele e a puxou para um beijo lento e apaixonado. (Y/n) pôs ambas as mãos no pescoço dele. E ele muito menos nervoso do que achou que estaria (afinal era o seu primeiro beijo de verdade) firmou as mãos na cintura dela. (Y/n) parou de respirar no intervalo entre aquelas palavras e o beijo. Não esperava por essa e o pior, não sabia ainda se as diria de volta. O beijo se intensificou, (y/n) se sentiu culpada e sutilmente separou seus rostos. Edmund sorria, "pelo menos ele não notou desta vez" pensou ela. Agora, de mãos dadas, continuaram a passear pela praia, como se ainda tivesse esperança de ser para sempre.
POV Lucy
-Me daria a honra de ser minha acompanhante nessa caminhada pela praia? - Connor me perguntou fazendo uma reverência debochada. Concordo com a cabeça. - Então... majestade?
-Sou rainha de Narnia junto com meus dois irmãos e minha irmã.
-Parece um pouco nova para governar.
-Você não acreditaria se eu te dissesse o quanto vivi. Ei, aqueles mercadores te chamaram pelo nome, te conheciam?
-Como não conheceriam o ladrão número 1 deles? Meu talento é nato. É na verdade uma das únicas vezes que ouvi eles me chamarem pelo meu sobrenome, geralmente é rato de rua ou lixo de gente.
-Pesado - a droga daquele sorriso nunca saía da cara dele! - E aquela menina, era sua irmã? - pergunto me sentando na areia. Ele me acompanha:
-Gale? Sim. Eu a amo mais do que tudo no mundo, mas sabe.... o emprego da mamãe quase não sustentava a nós dois e quando ela apareceu... entrei para o crime, só roubo comida! - afirmou rapidamente ao ver minha expressão facial - Não aguento a ver passando fome.
-Ja roubou alguma outra coisa?
-Sim, um ursinho de pelúcia. Achei que poderia lhe dar algum amigo, ja que meu pai nunca está presente... - ele olhou para o chão, o sorriso finalmente desapareceu. Algo me diz que não devo perguntar, doloroso demais - Ela nunca o largou desde então, nem para lavar!
-Sou a caçula, mas tenho certeza de que também faria qualquer coisa pela minha família. - eu suspirei, e ele percebeu.
-Problemas em casa?
-Meus pais foram para os Estados Unidos porque meu pai arranjou um trabalho por lá. Pedro e Susana foram junto, estão na faculdade. Atualmente estou morando com meus tios que são um saco, Edmund e meu primo Eustáquio.
-Calma, duas perguntas. Aquele garoto estranho é seu primo? E onde é os Estados Unidos? Nunca ouvi falar.
-Sim, aquele é o meu primo, e os Estados Unidos são.... (Liberdade criativa Lucia, fala qualquer coisa) pequenos vilarejos, não muito conhecidos.
Nós dois nos encaramos e, por algum motivo, começamos a rir descontrolavelmente, chegamos a ficar vermelhos como tomates e a chorar. Ja estava de noite, então voltamos contando histórias e rindo horrores até todos começarem a reclamar que não estavam conseguindo dormir por conta do barulho. Olhei para o lado e (y/n) estava dormindo com a cabeça no peito de Ed e seus dedos estavam entrelaçados. Aparentemente o clima estranho sumiu. Eles são realmente fofos juntos, uma pena que a (y/n) não pode voltar com a gente, Ed ficaria tão feliz....
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By your side
Fantasy(y/n) é uma garota normal de 14 anos que ama livros de ficção. Tentando fugir de uma confusão ela acaba parando em Narnia, bem no começo de "Principe Caspian". Ela encontra os Pevensive, mas não pode lhes contar como a história acaba porque se ela l...