Um sonho quente

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POV Edmund

Acordei com o calor do sol escaldante, (y/n) não estava do meu lado. Demorei alguns segundos até avista-la. Ela estava sentada na praia, à beira do oceano, brincando com fogo (literalmente) em suas mãos.

-Bom dia - disse sentando-me ao seu lado

-Bom dia

-Por que acordou cedo?

-Não estava conseguindo dormir, para variar - respondeu ela fazendo pouco caso - tive um sonho estranho.

-Acha que pode ser importante? Não me lembro de você ter mudado muita coisa de nossa história. Quero dizer, você nos ajudou a escapar daquela prisão, mas não é como se fossemos ficar la por muito mais tempo. Isso não é o suficiente para causar um furo na história, né?

-Não tenho certeza, acho que pode ser uma conseqüência de pequenas coisas q eu fiz que geraram uma inconsistência. -concluiu ela com um olhar perdido no horizonte.

-Algo mais esta te incomodando. - ela demorou um tempo para responder, por estar receosa de falar demais:

-Aquele garoto, Connor, não deveria existir na história. A menina devia ter um pai, e não um irmão, e ele viria conosco. Mas mesmo assim não é um personagem de grande importância, não me lembro de fazer parte de muitos diálogos.

-E ele ficou amigo da Lucy. Isso pode ser muito ruim. Me conte seu sonho.

Sonho on: - Mini POV (y/n)

Acordei com o calor absurdo do ambiente. Abri meus olhos aos poucos, ainda embriagada de sono. O lugar estava em meio de chamas:

-Ed! Caspian! Lucy!

Ninguém apareceu em um primeiro momento. Então vejo Lucy segurando um arco e flecha:

-Eu preciso fazer isso (y/n) - seu rosto estava molhado com lagrimas, porem sereno- Não se preocupe, tudo vai ficar bem.

Um ruído ensurdecedor como "sssssss" de uma cobra começou a vir de todos os lados. Tentei amenizar o barulho tapando os ouvidos com as mãos, mas não adiantava:

- A flecha, (y/n) a flecha, rapido! - Lucy repetia essa frase algumas vezes, primeiro calmamente, mas aos poucos desespero tomou conta de sua voz.

-LUCY NAO! VOCE NAO PODE FAZER ISSO, EU NAO VOU DEIXAR! - berrei essa frase a plenos pulmões . Mas ja era tarde demais, ela ja havia se decidido.

Sonho off: - volta a ser POV do Edmund

-Mas o que ela queria fazer?

-Não tenho ideia, mas sei quando isso vai acontecer - ela fez uma pausa antes de continuar - Não posso te contar.

-Eu sei, não se preocupe - peguei na mão dela fazendo-a finalmente olhar para mim - Vamos resolver isso, como sempre fazemos ok? - ela me surpreende com um beijo não muito longo e depois deita a cabeça em meu ombro direito.

-Pessoal, pessoal! - Connor grita assustado - A Lucy sumiu.

Em pouco tempo ja tínhamos arrumado nossas coisas e começado a busca. (Y/n) me disse que era para isso acontecer, e que ela estava bem, o que me deixou tranquilo. Mas com o passar do tempo fui ficando nervoso, o sol ja estava se pondo e ainda nenhum sinal dela! Perdemos o dia inteiro nessa merda!

-(y/n), pode nos falar onde ela esta?

-Voce sabe que não devo.

-Mas só estamos perdendo tempo, isso é uma porra de perda de tempo! - disse eu tom elevado

-É assim que deveria acontecer.

-Isso não tem importância pra história! Se vamos achar ela de qualquer jeito que mal faz a acharmos um pouco antes? - nao precisava de um espelho para saber que estava vermelho.

-Ed, voce sabe muito bem das consequências...

-Só conte logo onde ela esta! - praticamente gritei isso.

-Ela esta na mansão do mago! - respondeu ela gritando de volta. Percebi que ela ficou irritada também, mas agora não era hora para fazer as pazes, não tínhamos tempo a perder :

-Que mansão?!

-Ela está invisível.

-Ah que ótimo - comentei ja sem paciência nenhuma.

-Cala a boca.

-O que disse? - perguntei inconformado com a ordem dela

-Eu disse para todo mundo calar a boca!

Ficamos num silêncio de repente. (Y/n) olhou ao seu redor por um tempo e subitamente investiu contra o nada com a pequena adaga que a fiz levar consigo. Dois anões, um em cima do outro se materializaram onde ela havia atacado. A adaga havia atingido de raspão o anão de cima e ele gritou:

-Aii garota imprestável, cuidado onde enfia essa coisa! - disse ele marrento. Com um movimento rápido (y/n) estabilizou o anão ameaçando-o com a adaga em sua garganta:

-Nos leve a mansão do mago, sem perguntas - o anão estava se tremendo de medo:

-Ok, Ok! - eles fizeram um movimento com as mãos e uma mansão se materializou atras de nós. Os anões saíram na frente, guiando -nos a mansão.

-Agora, não se preocupem, vocês sentirao uma sensação estranha no umbigo... - começou a explicar o anão

-O que é isso? - perguntei.

-Um portal, uma entrada enfeitiçada - (y/n) respondeu sem olhar na minha cara. Ela tava puta.

-Exatamente mocinha, agora, um de cada vez.

-(y/n) - tentei segurar sua mão. Não devia ter gritado daquele jeito, fui um bosta. Aparentemente ela também pensava isso porque puxou sua mão de volta e entrou no portal sem olhar na minha cara.

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