Silver Linings Playbook ♣

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Aviso: Oi gente! Bem, essa estória foi algo que pensei durante uma longa e trabalhosa atividade do colégio. Nela, eu teria que pesquisar sobre a depressão, interagir, entrevistar e modificar os conceitos populares que existem por aí, dessa forma eu conheci uma pessoa muito legal que mudou a minha visão sobre tudo aquilo que eu achava, modificou minha percepção das coisas e eu agradeço imensamente por isso.

Por favor, mantenham a atenção no enredo. Eu quero realmente me dedicar ao máximo nela e espero que gostem de acompanhar, assim como estou entusiasmada por escrevê-la. Quero agradecer muito pela capa (@cabrunas) e gostaria de dedicar esse capítulo para a Luana, que se tornou em pouco tempo alguém muito especial pra mim. Luana, obrigada por todos os conselhos e ajudas. Espero que você goste! :)

ps: Noah Cabello na mídia.

Aviso: Bow Bridge, Central Park, na imagem. 

Sentir-se abatido de tempos em tempos é algo normal que faz parte da vida. Mas quando o vazio e o desespero tomam conta do seu dia a dia, tornando-se permanente, afetando a motivação e o sentido da sua vida, pode ser depressão. Mais do que apenas o humor diminuído, os pontos baixos da depressão podem afetar-lhe a sua funcionalidade e deixar de desempenhar os prazeres da vida, como anteriormente tinha. Assim, você deixa de interessar pelos amigos, família, lazer, hobbies, trabalho, saúde, você se sente esgotado o tempo todo, e apenas o fato de aguentar o passar do dia pode ser avassalador. Quando você está deprimido, as coisas podem parecer-lhe inúteis, sem sentido.

Lauren nunca soube realmente o que era amor ou atração física. Nunca acreditou ou vivenciou. Não que ambos pudessem ser comparados, mas, crescer numa casa enorme sem nenhum pequeno vestígio de sentimento moldou a mais perfeita versão da descrença nela. Ela não acreditava que existia uma autoconfiança em olhar alguém pela primeira vez, isso é impossível! 

Você não pode se apaixonar por alguém que viu apenas uma vez, apenas por olhar! O que é o amor? Lauren não sabia, ela nunca teve, nunca recebeu de ninguém, nunca foi ensinado nas inúmeras classes a qual ela estudou por anos. Nem mesmo na graduação na universidade, ela nunca fora a um debate ou um congresso pela qual alguém fosse aconselhar, habilitar e instruí-la nesse conceito. Lauren apenas seguia os instintos científicos, aos quais ela sempre fora ensinada. Aqueles que dizem que somos animais, e que a nossa única diferença impera na percepção que temos de construir sentimentos, momentos e sensações incorporadas com o passar do tempo.

Todos tem esse desejo de construir uma família, casar, sair aos domingos. De longas viagens no verão, férias de inverno no portão de casa com neves e brincadeiras. Nada disso faz parte do círculo de sonhos de Lauren. Toda e qualquer menção de crianças ou família lhe tirava do sério. Não era como se ela fosse uma inútil desumana que odiava todas as coisas bonitas e passasse horas assustando crianças por aí, ela apenas mantinha-se distante e avulsa a tudo isso. De toda forma de aproximação e apego que existisse. Não acreditava no amor, afinal, nada poderia comprovar sua existência concreta, e não existe qualquer pessoa que nunca tenha se machucado ou ferido por culpa de um relacionamento fadado a um desses sentimentos que ninguém nunca soube explicar.

Essa era a linha de raciocínio dela, e a maneira que ela relacionava seus pensamentos e a sua rotina. As noites eram ocupadas. Geralmente, Lauren se sentia bem quando passava horas em plantão. Ela sabia que não teria que explicar nada pra ninguém sobre algum atraso e poderia fazer seus próprios horários. Durante parte do dia, enquanto todos trabalhavam, Lauren tinha um tempo seu. Ela gostava de sua vida, gostava de não ter nenhum trabalho abusivo em casa, ou qualquer responsabilidade por outro alguém. Não é como se ela não gostasse de ter uma família habitualmente comum e tradicional, apenas não estava interessada, e não queria qualquer responsabilidade. Mas seus melhores amigos, John e Christine, tinham dois filhos. O segundo era um bebê, nascido apenas há uma semana, e Lauren fora convidada para vê-la.