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Aviso: Oi pessoal, queria agradecer muito a todos que tomaram um pouco de seu tempo pra acompanhar o primeiro capítulo. Sei que é tudo muito superficial e novo, e em todo início de fanfic, é preciso algo que motive um pouco mais, por isso, aqui está o segundo capítulo. Mais uma vez, queria agradecer a Luana e recomendar a todos que ainda não leram The Donor e Yours, Truly, mesmo sabendo que todos devem acompanhar.

Sei que pode gerar algumas dúvidas sobre personalidades ou qualquer outro tipo de sentença que haverá aqui, então sintam-se livres para perguntar sobre qualquer coisa, sim? Beijos!

ps: Noah Cabello na mídia.

Durante todo o percurso, Lauren pôde perceber a personalidade do pequeno Noah. Ele limpou os pés antes de entrar no carro, mesmo percebendo o quão bagunçado e sujo estava o seu interior. Amarrou o casaco na cintura e sentou-se no banco de trás por cima do casaco. Manteve a mochila no colo e o boné sobre as mãos. Ele seguia olhando pela janela diante das paisagens e Lauren encarava o rosto do pequeno pelo retrovisor. Uma parte dela queria apenas devolver o garoto em segurança e ao menos uma vez perceber que fizera algum bem realmente por alguém sem esperar nada em troca.

Noah guiava Lauren pelo caminho da sua casa, Lauren percebeu que estava chegando ao Queens, ela notou o olhar aliviado de Noah ao reconhecer os primeiros sinais de familiaridade com seu bairro. Quando ele deu as coordenadas da sua rua, dois quarteirões depois da entrada do distrito, Lauren percebeu que o boné de Noah era do New York Yankees o que era praticamente um insulto a quem morava no Queens, já que o time oficial de lá, os Mets, eram rivais dos Yankees. Ela admirou o bom gosto do garoto, já que torcia para o mesmo time.

Após dois quarteirões Noah apontou para um casebre de três andares no fim do corredor além da rua ladrilhada, havia uma árvore no meio da calçada, alguns poucos carros estacionados na parte esquerda. Tinha também uma grade que era guardada por em simples portão que dava em uma pequena varanda. Algumas poucas crianças brincavam na rua com discos e bola de futebol americano. Lauren parou o carro tomando a atenção das mesmas, e então esperou Noah sair do outro lado. O menino colocou o boné sobre o rosto e caminhou ao lado da mulher mais velha.

- Lauren, você se importa de entrar comigo? A tia Dinah já deve ter chegado e a mamãe provavelmente está no quarto. Tia Dinah sempre me dá broncas e eu não gosto de ouvi-la reclamar a mesma coisa por quase quarenta minutos. - o garoto olhou pra Lauren com os olhinhos castanhos chamativos, convidativos e fofos, lembrando muito o gato de botas, Lauren sorriu pra si mesma, vendo que estava mais uma vez, caindo nas graças de Noah.

- Vamos lá, vou salvar sua pele, Batboy. - ela confirmou enquanto segurava a mochila de Noah, dando ao garoto liberdade para chegar ao portão do lado de fora.

Eles passaram pelo portão simples que estava apenas encostado. Noah retirou os tênis, ficando apenas com as meias. Lauren observou ele atentamente. O garoto limpou os pés no tapete e empurrou a porta. Dentro do apartamento simples, a porta foi escancarada ao máximo. A luz era pouca, a parte do térreo parecia abandonada e triste. Era possível primeira identificar de primeira a sala. Noah caminhou até a parte mais ao fundo, sendo acompanhado por Lauren.

Camila estava dentro da casa, ouviu de longe a porta se abrir atrás dela e o seu filho entrar do mesmo modo, enérgico, inquieto, esbaforido e ansioso como sempre.

- Olá, mamãe! - ele chamou. Lauren percebeu que ele parecia feliz em encontrar sua mãe. A mulher estava com roupas amarrotadas, calça moletom e uma blusa maior que seu corpo. Tinha bolsas de olheiras pelo seu rosto, além dos lábios ressecados. Mesmo diante de tudo isso, Lauren não pode deixar de reparar em como eles se pareciam. Os olhos, os cílios, o jeito de sorrir, e até uma pintinha, antes escondida na testa de Noah; que agora estava aparecendo devido ao movimento que ela fizera com os cabelos, estava ali, no mesmo lugar que em Camila.

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