Nota: Oi gente, primeiro, obrigada por lerem e sempre me cobrarem as atualizações, eu realmente não tenho organização pra algumas coisas, então essa cobrança ajuda de todas as formas. Eu estou começando a realmente descrever como a Camila e as pessoas ao seu redor, incluindo a Lauren, começam a lidar com determinadas situações, seja visando a Camila ou até mesmo a posição da Lauren e do Noah. Peço atenção para uma introdução e aos detalhes sobre esse capítulo, vou deixar aberto para qualquer eventual pergunta que vocês tiverem sobre o assunto.
Obrigada novamente.
Olhares...
Submeter todos os sentidos e como responder completamente aquilo que não entendemos como funciona é extremamente confuso, mas é uma das etapas, funciona como um degrau. Acrescentar essa variedade complexa de sentimentos funcionava para todos, de modo diferente, mas sempre determinando novos ares, novas perspectivas. Lauren aprendia vendo, Camila sentindo.
Assim como dias bons existem, eles duram por estações não determinadas. Quando queremos bem alguém, lutamos bravamente e até fazemos planos mentais de como tornar tudo agradável, Lauren não percebia, mas na boa parte de sua rotina estava inserido encontrar, contar e saber sobre Noah...e Camila. Naquela tarde, o dia seguinte ao da alta de Camila, Lauren fizera plantão por toda madrugada, ela ainda não entendia todo o aperto em seu peito ao pensar em Camila, pensar na vida de modo geral, e no medo superficial de como ela lidava com as coisas. Lauren não sabia explicar, mas tinha medos, não como todos, não do escuro, de alguma doença, ou algum monstro específico. Lauren tinha medo dos seus dias, do seu acordar, de seus pensamentos frequentes, de suas vontades, ser médica fazia Lauren concentrar todo aquele turbilhão de pensamentos em ajudar, cuidar e resolver quaisquer situação de risco. Colocar os outros como prioridade, fazia Lauren esquecer momentaneamente de todas as turbulências.
Algumas vezes os espaços se tornam lugares pois concentrava um teor de pertencimento e o hospital representava isso pra Lauren, não um local com estimativas e interações físicas, não um ambiente quaisquer ao qual ela cumpria obrigações profissionais, mas era um lugar... Um campo de seu corpo e mente ao qual ela construiu um vendaval de sentimentos variados, talvez por ser o lugar que ela mais se identificasse, talvez por ela fazer aquilo que gostava, ou talvez, lá no fundo, era onde ela podia relembrar memórias de orgulho e admiração da infância, quando ela descobriu que seu pai salvava muitas vidas.
Lauren caminhava com prontuários diários dos seus pacientes, ser chefe exigia uma maior atenção sobre as anotações e análises, conclusões e assinaturas. Assim, como cabia a ela pesares e comunicações familiares, notícias e qualquer orientação psicológica até a Dra. Brooke. A tão familiar caminhada entre os quartos foi iniciada, Lauren pode trocar informações com os respectivos médicos e suas especialidades, dependendo da exigência proferida pelo paciente. Fisioterapia, quimioterapia, análise pulmonar, cardíaca, intestinal... cerebral ou apenas conversas amistosas.
Na sua última sala, Lauren retirou os óculos por saber que a paciente não se importaria com o modo que ela se portaria, já que estivera vestida naqueles trajes por quase dez horas seguidas, ao ultrapassar a porta, Lauren sorriu quando reparou que Normani vestia trajes verdes. Um short jeans pintado, uma regata simples completamente verde, e meias da mesma cor. A mulher estava virada pra janela e seu quarto ainda era um amontoado de cores e tintas.
— Olá Lauren! — a mulher comentou ainda sem tirar os olhos da janela.
— Olá Normani. — Lauren respondeu de volta, soltando a pasta de prontuários sobre a cama. A mulher reparou mais uma vez no quarto e notou um quadro familiar na beirada da parede. Anteriormente, ele era azul, e na semana seguinte amarelo, era como se Normani pintasse uma cor sobre a outra, já que as camadas já podiam ser percebidas. Naquela manhã, ele estava verde. — Vejo que você encontrou uma nova cor.
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Silver Linings Playbook ♣
FanfictionLauren é uma mulher que aprende sobre sentir e amar ao encontrar um doce menino, Noah, que precisou crescer cedo e que mesmo transbordando bondade, não recebe atenção da sua mãe. As coisas se tornam proporcionalmente intensas quando a vida de Laure...