Silver Linings Playbook ♣

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Nota: Baby Noah na foto, a tia Dinah tá muito legal em deixar vocês verem fotos particulares do Noah (:

Aquela manhã Lauren finalmente decidiu levar Noah ao oftalmologista, o garoto tinha um principio de ansiedade por ser algo totalmente novo, mas ouvira tanto sobre por Lauren e por Ally que considerava esquecer todo medo sobre isso e pensar o quão bacana seria ter uma identidade como seus heróis.

Uma minúscula parte confiante do garoto acreditava que Camila poderia ir com ele, não que Lauren não fosse suficiente, ele se sentia imensamente grato por ela em todos os sentidos, mas para todo avanço que existia entre sua mãe e ele, Noah imaginava sempre um pouco mais, não é como mentira se fosse como ele se sentia, na verdade, às vezes as coisas imagináveis soam como verdade internamente, mesmo que não sejam. Não era algo totalmente ruim, Noah guardava como se fosse seu universo particular.

Com essa mesma animação estampada no rosto e em cada gesto que reproduzia, o garoto se viu desanimar ao constatar que sua mãe não estava mais em casa. O medo de Noah agora dava lugar à insegurança, e se ele precisasse de ajuda? E se ele se machucasse, o que aconteceria? A conformidade muitas vezes toma direções apostas, e para Noah, não ter Camila presente agora já era uma dor conhecida e pertencente em seu corpo. Totalmente adaptada.

Desse modo age o tempo, trabalhando de maneira igual para todos onipresente em todas as situações, como uma rota de colisão e então de variados lados estamos sujeitos ao que uns chamam de destino, e outros apenas de acaso.

Noah abriu a porta da frente apenas para ser surpreendido por Lauren que tinha Dinah ao seu lado, elas pareciam preocupadas com o garoto, Noah reconhecia aquela face, aqueles gestos: Sorriso carinhoso, mãos sobre os cabelos, cabeça perdurando para a esquerda e logo em seguida, direcionada para baixo, sem coragem o suficiente para encara-lo. Então ele procurou apenas ser gentil, não era culpa de ninguém acontecer isso, na verdade, no seu mais intimo, era tudo por sua culpa.

— Ei Batboy, você já está pronto! Achei que teria que dar banho em você como na vez dos piolhos. – ao ouvir a menção de piolhos, Dinah, que tinha os cabelos recém-arrumados no salão deu um passo pra trás encarando o garoto.

— Noah, vocês dois deram fim mesmo na parte Cabello que não é sua família, né? – resmungou enquanto prendia os longos fios castanhos. Noah não segurou a gargalhada quando piscou pra Lauren e ambos começaram a se coçar perto de Dinah. — Olha isso realmente não é engraçado! Parem! Ok perderam a oportunidade de terem boas energias hoje porque eu estou saindo.

Lauren sorriu como uma criança para logo depois cumprimentar o garoto mais informalmente, geralmente eles trocavam um toque rápido com as mãos, mas sempre incluíam um ou dois toques para sofisticar e ficar mais irado. Lauren rapidamente cedeu o espaço para que o garoto sentasse no banco traseiro, então deu a volta pensando em como falaria pro Noah o paradeiro de sua mãe sem que ele se assustasse, afinal, tudo estava parecendo bem melhor agora.

— Lauren, você acha que vão demorar muito para me examinar? – Noah questionou enquanto contorcia os dedos numa tentativa de aliviar a pressão. Lauren assistiu os gestos do garoto reconhecendo-o recentemente em Camila.

— Você tem algum encontro secreto e não me contou cara? Achei que éramos parceiro de segredos, lanches e quadrinhos. – Lauren questionou batendo os dedos sobre o volante, antes de olhar o garoto pelo espelho retrovisor.

— Nós somos, somos sim. Eu não tenho um, um e-encontro, só estou um pouco preocupado com a mamãe. – Noah contorceu os lábios um pouco olhando pela janela, era incrível como ele e Camila se pareciam até no modo que ficavam sem graça. — Eu pensei que ela poderia vir com a gente também.