Aviso: Olá! Desculpem pela demora. Qualquer erro, avisem por aqui! Ah, eu vi alguns tweets mencionando a fanfic e gostei de saber que vocês adotaram a estória. Obrigada por isso, eu sempre vejo quando posso.
ps: Noah na mídia:)
A saída de Camila não causou em Lauren o impacto que o abraço de Noah trouxe. Após alguns segundo assegurando que o garoto estivesse bem, e confusa demais pra saber o próximo passo que daria, Lauren abaixou-se na frente do garoto sem a menor ideia do que faria.
Para um médico, além de precisar sempre está preparado para situações graves, notícias fortes, agilidade, pressa e perfeição, lidar com a vida humana e principalmente o lado psicológico, era um marco notável, Lauren sempre foi neutra para esse tipo de situação. Mas contrariando toda sua vida e os anos dedicados à medicina, ela teve o primeiro momento em que se certificou de que todos os ensinamentos e palavras, dias e noites virados de cara no livro, anos de pesquisas e residência médica, nada disso servia realmente quando você tem nos seus braços uma criança de sete anos, desamparada e com os olhos embargados de lágrimas esperando em você uma solução para todas aquelas dúvidas em sua mente.
Dinah havia saído da sala há alguns minutos, deixando Noah e Lauren sozinhos. A mulher teve força o suficiente para levantar e segurar nas mãos de Noah. O pequeno estava ainda mais franzino, não parecia em nada o garoto que Lauren encontrara alguns dias atrás, no lago do Central Park. O brilho dos olhos curiosos de avelã tinham se perdido, dando lugar a uma cor apagada e escura, contrastando com o resto do rosto.
Lauren sabia que entreter Noah naquele momento seria necessário. Não era como se ela pudesse conversar com o garoto sobre as coisas que o chateavam e o quanto aquilo estava o machucando. Após um momento em silêncio, Noah sentou na frente de Lauren e olhou com admiração para todos aqueles aparelhos na sua incrível sala. Era tudo tão arrumado e legal, tinham coisas na mesa e um tubo com lápis de todas as cores. Lauren assistia o garoto explorar sua sala com atenção, ele caminhou até um balcão, onde tinha um cérebro detalhado, com suas partes montáveis com diferentes cores.
Após o que pareceu um longo minuto, Noah correu a mão sobre o bolso da calça, retirando de lá um papel meio amassado e colocou sobre a mesa. Lauren entendeu que ela queria mostrar algo e não demorou a ficar ao lado dele.
— Tia Dinah disse que a mamãe estudava desenhos de casa e outras coisas antes de eu nascer. É por isso que ela desenha tão bem. Ontem, eu fui ao quarto da mamãe e vi seus desenhos lá, eram muito bons! Tinham prédios altos e ruas que pareciam Gotham City.
Ele abriu completamente o papel sobre o olhar curioso de Lauren, lá era possível observar um tracejado, ainda borrado e com contornos tortos, mas era um parque... Talvez o Central Park, pensou Lauren. Noah desenhou o lago e alguns patos. No banco perto do lago tinham cinco pessoas. Um garoto perto da árvore, que Lauren entendeu ser ele. E as outras quatro pessoas amontoadas no banco. Ela reconheceu como ele havia especificado cada pessoa, mesmo que todas fossem bonecos paus, era claro que, Lauren era a de óculos, Dinah era a mais alta, Rachel a menor, com longos cachos nos cabelos e Camila era o "boneco" mais sorridente de todos. Ela era definitivamente a mais bela do desenho, e estava perto de Noah. Parecia ser o que ele mais queria sua mãe sorrindo ao seu lado.
— Você desenhou? – Lauren perguntou sentindo um aperto ao olhar o rosto do garoto.
— Sim. Eu quis animar a mamãe. Ela sempre gostou de desenhos e eu passei um tempão fazendo tudo que tem no parque. É o meu lugar favorito no mundo. – Lauren assentiu e o garoto continuou. — Tia Dinah disse que a mamãe desenhava para outras pessoas ficarem feliz e o que ela desenhava se tornava verdade. Então eu fiz isso...
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Silver Linings Playbook ♣
FanfictionLauren é uma mulher que aprende sobre sentir e amar ao encontrar um doce menino, Noah, que precisou crescer cedo e que mesmo transbordando bondade, não recebe atenção da sua mãe. As coisas se tornam proporcionalmente intensas quando a vida de Laure...