Capitulo 9

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Lembra do que eu falei mais cedo sobre não me irritar ? Exatamente, os país dela devem ter sido bem bacanas pra ela ser desse jeito. Revoltada sabe ? Porque essa filha de uma.. Boa mãe, gosta de me irritar, as vezes só da vontade de esfregar a cara dela no asfalto, ou até mesmo raspar a cabeça dela enquanto dorme.

Se ela tivesse feito isso sem eu tá na TPM, eu talvez só dava uns leves tapas na cara dela, e claro se tivesse sido também só um copo de suco, mas como eu tô de TPM, e como foi a BANDEJA INTEIRA. Eu não posso, não quero deixar por isso mesmo. 

- Se controla Mel, tenha calma. Você não pode arrumar encrenca - a minha parte sã fala.

- Vai garota, bota ordem nessa porra toda, mostra a essa mimadinha do que você é capaz. QUEBRA A CARA DELAA. - a minha outra parte maloqueira me incentiva.

- Não vai na dela, com briga as coisas nunca se resolvem, só diz que a perdoa. - a exagerada da minha parte sã insiste.

- Na agressão a coisa é mais divertida.

Balanço a minha cabeça repetidas vezes para toda essa confusão no meu cérebro parar.

- Sai da minha frente antes que eu quebre seu lindo pescocinho. - exijo.

- Eu já falei que eu não tenho medo de você. - que idiota, tão inocente.

- Mais devia ter, sai que eu cuido de você depois... - a mesma tira algo do meu cabelo e começa a me provocar.

- Tinha um alface no seu cabelo Mel. - ela ri debochando.

- Sai garota - o Henrrique me segura porque ele sabe do que eu sou capaz.

- Respira fundo Mel, respira fundo, a vingança depois fica mais divertida. - as duas partes de mim falam juntas.

Ela pega um pedaço de torta, que estava em cima da mesa, e joga na minha cara. Eu me solto do Henrrique, e pego um vidro de mostarda e espirro, só que em vez de pegar nela pega na Madu. A mesma pega uma maça e joga no Austin.

- Aiiii. Por que você jogou isso em mim ? - o Austin questiona.

- Entra na brincadeira. - ela o incentiva. E assim começa uma guerra de comida em todo o refeitório.

Eu me abaixo e saio de fininho sem ninguém me ver, eu vou em direção a porta, me levanto e olho pra trás. E alguém esbarra em mim. Olho para a minha frente e tem uma mulher, gorda, acabada, com cara de brava, e de mal amada.

- Quem começou com isso tudo ? - ela pergunta autoritária. E todos apontam pra mim e pra a Ravanna.

- Ei quê isso.. Não foi eu, foi essa recalcada que não gosta de ver ninguém feliz e jogou a bandeia dela em cima de mim.

- Não quero saber, já pra minha sala, as duas. - nós seguimos o poderoso chefão pelos enormes corredores da escola, que mais parecem labirintos. Entramos na sala dela e ela faz sinal para sentarmos nas duas cadeiras a sua frente..

- Então... Melanie Rezende estou certa ?- balanço minha cabeça positivamente.. - Mal chegou já está arrumando encrenca Melanie.

- Eu já falei que foi ela, e se você pensa que vai me... - sou interrompida pela minha digníssima diretora.

- Vocês duas vão limpar todo o refeitório. E sem mais delongas.

- NÃO. - eu e a Ravanna falamos juntas.

- Eu não vou fazer isso, não sou obrigada. - aviso.

- Claro que vai, as cozinheiras vão lhes dar o material. Ravanna eu esperava mais de você. - ela fala e a Ravanna fica de cabeça baixa, como se estivesse arrependida.

- Isso é injusto... Eu não vou fazer uma coisa que é pra ela fazer SOZINHA. - falo um tanto alterada, com voz de choro, se ela quer jogar, vamos jogar.

- Olha aqui... - a diretora ia falar, mas para quando abro a porta da sua sala.

Olho para os lados e vejo um rosto conhecido.

- Mel !? O que está acontecendo ai ? - o puxo sala a dentro e fecho a porta.

- Pergunta a ele, que você vai saber oque realmente aconteceu.

- Cristian oque aconteceu ?

- A gente tava numa boa e a Ravanna do nada jogou toda a comida dela, na Mel... anie. Eu disse Melanie. - ele fala assustado.

- Isso é verdadade Ravanna ? - que ? é claro que não diretora, olha essa cara de abusada e falsa dela. - Esse silêncio já vale. Estou completamente decepcionada com você. As cozinheiras vão lhe dar as coisas, vá para casa Melanie.

Faço uma reverencia e saio da sala da digníssima diretora, quase desfilando, e com cara de vitoriosa.

- Dois beijos fofa, e olha que eu nem precisei fazer alguma coisa mais interessante pra me livrar dessa hein. Não esquece de limpar cada cantinho hein. - ela ignora cada uma das minhas palavras e sai disparada para o refeitorio.

- Eu não acredito. Ela vai limpar sozinha ? - eu assinto e caímos na gargalhada. - Vem, eu ti levo pra casa. - a Marcella oferece e eu não exito.

- De nada Mel. - o Cristian ironiza. Caminhamos até o estacionamento, e eu entro no civic vermelho dela e ela da partida.

O caminho inteiro a gente foi conversando, e eu descobri muita coisa sobre ela. Me identifico com ela porque ela sabe como é não ter mãe, sorte que ela tinha o pai. A mãe dela largou ela e depois disso foi pra africa do sul, ela tem um bom coração de querer cuidar dos mais necessitados, mas ainda acho ela uma irresponsável por ter abandonado a Marcella. Mas, mesmo assim ela é uma boa pessoa, e têm um grande sonho de ser uma empresaria de muito sucesso. Admiro ela.

- Obrigado. - agradeço quando enfim chegamos.

- Não foi nada, eu já queria gazear mesmo. - nós rimos.

- Eu sujei todo o seu carro.

- Tudo bem... Ei, capricha na vingança. - ela pisca o olho pra mim. - Mais uma coisa em comum, nós odiamos a Ravanna.

Nos despedimos e eu desço do carro.

Uma Louca Em Londres(Parada)Onde histórias criam vida. Descubra agora