Ando ao longo da rua com o meu mindinho entrelaçado no da minha melhor amiga, enquanto a minha mente vagueia bem longe de tudo.
"Anima-te, por favor amor. Acho que nunca te vi assim." - suspira, fazendo-me suspirar tambem.
"Eu avisei que não seria uma boa companhia." - lanço um pouco mais rude do que queria.
Nunca me senti assim antes, aliás nunca fui assim, mas aquele toque mudou tudo em mim.
Mais nenhuma de nós diz mais alguma coisa. O silêncio forma gritos dentro de mim e sinto-me cada vez mais afetada pelos acontecimentos recentes, mas o pior é que não sei o porque, eu não sei e isso é a maior incognita da minha vida, agora, neste momento. Ouço um grito proveniente da rua onde o encontrei e o meu coração dispara. Largo o dedo da Ellen e corro até à mesma, vendo um corpo ao longe caído sobre a calçada. A minha corrida intensifica-se e assim que alcanço o individuo tudo em mim se arrepia.
É ele. Ele está caído sobre este chão, com o olhar perdido em algum sitio que não me cativa. Existe um rasto de sangue, que me conduz até a sua boca, a sua mão pressiona a barriga e eu apresso-me a ajoelhar-me ao seu lado.
"Ajuda-me." - ouço um sussurro vindo da sua garganta e logo o meu batimento cardiaco se modifica.
Ouço passos atrás de nós e sei que são da minha melhor amiga.
"Oh meu Deus." - leva uma mão à sua boca e logo me ajuda a levanta-lo.
O seu peso cai sobre os nossos ombros e vários gritos silenciosos de desespero escapam pela sua boca. Todo ele é dor, todo ele é destruição e toda eu sou todo ele.
Dirigimo-nos lentamente até minha casa e assim que lá chegamos, deito-o no sofá e pego numa cadeira, sentando-me ao seu lado. A sua cara tem várias noduas negras e a sua roupa encontra-se desarumada. Aproximo lentamente a minha mão da sua face e logo vejo os seus olhos fecharem-se, avanço até sentir a sua pele nas pontas dos meus dedos. Acaricio a mesma e sorrio ao sentir todas as sensações que atravessam o meu corpo, mesmo que estas sejam indesejadas.
"Amor, eu tenho que ir embora, recebi uma mensagem do meu irmão a dizer que a minha mãe precisava de mim." - a voz da minha melhor amiga aravessa as paredes dos meus timpanos.
"Tudo bem amor, vai com cuidado." - viro-me para ela, deixando que os nossos olhares se conectem.
Levanto-me e caminho com ela até á porta calmamente. Abraço o seu corpo e sinto o meu ser abraçado por ela.
"Cuidado com ele e juízo, depois eu ligo para saber novidades." - deposita um beijo sobre a minha testa e aperta mais o meu corpo contra o seu.
"Não te preocupes amor e tu se precisares de alguma coisa já sabes, é só ligar." - deixo um beijo na sua bochecha.
"Eu sei amor." - sorri e depois de deixar um beijo nos meus lábios, abandona o meu apartamento, deixando-me com o rapaz que me beijou e de quem ainda não sei o nome.
I don't know where I'm at
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Drug {z.m}
FanfictionEle era um toxicodependente... "Se a droga me intoxica, então sai, sai daqui, porque és a droga que me vicia mais e mais" Ela era a cura