❌Capitulo 25❌

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"Zayn." - levanto-me - "Eu não quero ser magoada por ti, eu nem sei se estás consciente ou não."

"Eu sei que é dificil, mas confia em mim, por favor." - agarra a minha cintura por trás, fazendo-me sorrir, mais uma vez.

Ainda entre o aperto reconfortante dos seus braços, viro-me para ele e acabo por juntar, mais uma vez, os nossos lábios.

(...)

Enrosco-me no lençol e com cuidado para não tirar o cobertor de cima do homem nu ao meu lado, levanto-me, caminhando até á casa de banho. Faço tudo o que tenho a fazer e volto ao quarto, encontrando o Zayn na mesma posição. Ajoelho-me na cama e beijo a sua testa.

"Babe?" - sussurro junto dos seus lábios.

"Humm chata." - sussurra também, fazendo-me gargalhar.

"Anda lá, levanta-te, quero comer." - faço beicinho e agarro uma perna sua, puxando-o para fora da cama.

"Tá quieta." - a sua voz sai rude.

Sem dizer mais nada, largo-o e desçoa até à cozinha, enquanto aperto o meu robe. Começo a preparar um lanche rápido e de seguida sento-me na mesa a comer.

"Babe, desculpa." - o seu corpo para perto do meu.

Contínuo a comer, sem dizer nada. Pensei que agora as coisas seriam diferentes, mas já pude constatar que afinal fui demasiado burra, porque pessoas como este rapaz não mudam. Mastigo calmamente, até que sinto o seu corpo sentar-se em cima das minhas pernas. Empurro-o, mas o seu corpo parece uma estátua de barro. Não se mexe, nem um único milímetro. Suspiro e tento levantar-me, mas tal missão revela-se um ouro fracasso.

"Podes sair?" - cruzo os braços e mantenho a minha expressão séria.

"Para de ser assim."

"Eu é que tenho que parar? Não meu amigo, estás muito enganado, quem tem que parar és tu e só tu. Acredita, no dia em que eu parar de ser a luz para a tua salvação, tu nunca mais me vês a frente, porque eu posso amar-te muito, mas não vou permitir que continues a espalhar o negro pelo meu ser."

"Tu... Tu amas-me?" - o seu olhar prende o meu e não o deixa escapar.

"Eu....Eu amo-te." - sussurro e deixo que o meu olhar caia.

"Tu... Tu amas-me." - sussurro e leva a sua mão até à minha face acariciando-a.

"E tu? Tu amas-me?"

"Tudo na minha vida é uma incerteza constante."

As suas palavras fazem um buraco negro perfurar a minha garganta e nada mais me é permitido dizer. Solto-me do seu toque e subo a correr. Fecho a porta com força e deito-me sobre os lençóis.
Sou tão burra, tão idiota por pensar que algum dia alguém me poderá amar.
As lágrimas correm ao longo do meu rosto de forma descontrola, enquanto vários soluções escapam pelos meus lábios.
Agrido-me mentalmente e tento que o puzzles não se volte a desmanchar.

"Mas no meio desse todo, existe uma luz, a minha luz, a luz que eu amo e essa luz, essa luz és tu."

Drug {z.m}Onde histórias criam vida. Descubra agora