Drug {z.m}

❌Capitulo 35❌

A sua teste encosta-se á minha e eu deixo que mais uma vez as lágrimas corram ao lado da minha face.

"Afinal de contas o que é que se passa, desde de manhã que estás estranha e agora estás a chorar. Fala comigo." - pede calmente, enquanto os seus polegares limpam as minhas lágrimas.

"Apenas estou com saudades da minha familia." - minto.

Eu não lhe posso contar o que vou fazer. Ele é demasiado orgulho e não deixaria que eu pagasse a sua divida. Tento controlar todas as lágrimas, mas estas transbordam a cada segundo, com mais e mais abundância.

Como é que eu vou arranjar o dinheiro? Não sei, não sei mesmo o que fazer.

"Podes ir preparar-me um chá?" - peço, olhando-o.

"Sim princesa, mas quero-te bem."

Após alguns segundos ele acaba por descer e eu logo pego no telemóvel. Procuro o número da minha melhoramiga e mando-lhe uma mensagem.

"Amor passa aqui por favor, preciso muito da falar contigo. Jantam aqui e outra coisa, preciso que o Justin e o Zayn nos deixem por um pouco, por isso, vai pensando numa desculpa qualquer. Amote muito." - envio e por fim, deito-me na cama sem forças.

E se eu não conseguir. O que será de mim sem ele? Eu não sei, não sei mesmo. Apesar de tudo, eu preciso dele na minha vida, preciso de tudo aquilo que ele me dá, mesmo que esse tudo no fim se resuma a nada. Eu não posso simplesmente esperar aqui, inativa, porque isso significará a minha morte. Se ele morrer, eu vou morrer.

Ouço a porta encostar e limpo as lágrimas rapidamente. Sento-me na cama e encaro-o. O seu corpo caminha até ao meu, sentando-se ao lado do mesmo.

"O que se passa? E agora eu quero a verdade e só a verdade." - pega em mim, colocando-me logo de seguida no seu colo.

"Mas eu já disse o que se passa Zayn." - digo, já irritada.

Um suspiro larga-se dos seus lábios e logo outro se solta dos meus. Levanto-me e ando de uma lado para o outro. Será que a Ellen ainda vai demorar a chegar? Eu preciso tanto dela, sinto que a qualquer momento vou cair e não tenho nada nem ninguém para me segurar a meio da enorme falecia.
Sinto-me perdida e não sei onde me encaixar, onde ficar neste mundo gigante.
Sinto-me cada vez a sufocar mais e mais, como se me estivesse a afogar sem sequer ver a meta ou o ponto de partida. Sinto que eu estar aqui ou não não trará qualquer mudança para o mundo.
Sinto-me cada vez mais fraca e distante.
Sinto-me só.
Sinto que já não sou ninguém para ninguém.
Sinto que sou todo o nada por entre tantos tudos.
Sinto a dor.
Sinto a morte.
Sinto o fim.
Sinto tudo o que não sou.