❌ Capitulo 23❌

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Dou outra trinca na fatia de pizza, enquanto mantenho a conversa animada com a Ellen.

"Amor." - o seu olhar dirige-se para algo atrás de mim.

Volto e assim que vejo o Zayn as borboletas na minha barriga correm rapidamente.

"Nós temos que falar." - agarra o meu braço com alguma força e arrasta-me dali para fora.

Tento soltar-me do seu toque, mas mais uma vez, a sua força é, em muito, superior à minha.

"Podes largar-me? Estás-me a magoar." - grunho frustrada e debato-me, novamente, contra o seu aperto-te.

O meu corpo continua a ser arrastado até ao seu carro, sendo, por fim, atirado para dentro do mesmo. Massajo a marca vermelha carimbada sobre a minha pele, enquanto ele entra no carro e arranca a grande velocidade. Antes que uma desgraça maior aconteça, meto o cinto e foco o meu olhar na paisagem.
O meu telemóvel toca vezes e vezes sem conta, mas o medo não me deixa reagir a nada neste momento.

"Cala essa merda." a sua voz continua dura.

Apresso-me a tirar o telemóvel do bolso e a desliga-lo.

"Zayn, tu estás drogado, eu não quero estar perto de ti quando estas nesse estado." - sussurro.

"Cala-te Marie, cala-te" - a sua voz parece agora mais calma.

Quem me dera poder desaparecer neste momento. Estou farta de tanta instabilidade perto dele, no entanto, eu não consigo ir embora e fingir que lhe sou totalmente indiferente. Passo as mãos pelo cabelo e logo depois, deixo-as cair no meu colo, enquanto milhares de pensamento se enredam na minha pequena mente.
O carro para e quase sorrio ao ver qur estamos na praia. O seu corpo abandona o veículo, assim como o meu. Caminho ao longo do areal, sem me importar com a sua presença.

"Ouve, tu tens que parar de achar que és melhor que os outros e parar de te meter em caminhos demasiado perigoso para ti."

Olho-o.

"Eu faço o que eu quero da minha vida e tu não tens nada a ver com isso." - sou dura.

O seu corpo anda de um lado para o outro e as suas mãos fecham-se, em forma de punho.

Eu não posso continuar a deixar que a sua presença me consuma de uma forma tão descontrola, como o mar embate contra a areua. Eu não posso permitir que o seu olhar volte a matar a luz que ambos precisamos. Eu não posso continuar a jogar um jogo tão sujo quanto este.
Tenho que ser forte, tenho que ser aquele que ele precisa, tenho que ser a partícula de pó que o faz dilatar no prazer de viver distante, num mundo à parte.

O seu corpo encosta-se ao meu, mas eu mantenho a minha postura.

"Para, para de fazer isto." - a sua voz sai num sussurro.

"Eu não estou a fazer nada." - imito-o.

"Tu estas a destruir tudo."

"Eu? Eu estou a acender a vela, a vela que te guiará até à luz." - deixo uma lágrima correr ao longo da minha face.

Drug {z.m}Onde histórias criam vida. Descubra agora