- PRECISO DE VOCÊ AGORA! - Grito, assim que ela atende o telefone.
- Você não deve ter amor a sua vida. - Também não me importo com seu mau humor.
- Tô indo pra sua casa agora, não esteja trepando quando eu chegar.
Desligo.
Havia um celular pré-pago no porta luvas do carro de Lexa, então foi fácil ligar para Costia.
Estava há 3 horas seguidas observando a entrada da casa da outra. Tudo estava estranhamente quieto. O que aumentou minhas suspeitas de que algo muito perigoso e errado estava acontecendo lá dentro.
Pensei em chamar a polícia e acabar com a festinha deles.
Pensei em ligar para Raven, só pra ver a vaca mentindo descaradamente.
Pensei em coisa extremas, tipo atropelar e arrombar a garagem com o carro.
Optei pelo bom senso e liguei para a única pessoa mais gênio do mal que qualquer um ali, Costia.
- MAIS. - Bati o copo vazio de tequila na bancada do bar.
Depois de passar na casa dela, resolvemos que o melhor era a distração.
- Amanhã você vai cagar álcool se continuar bebendo assim, Clarke.
O barman nos olhava com medo. Costia e eu podíamos ser bem incômodas quando queríamos.
- O cu é meu, e eu cago o que eu quiser. MAIS!!!
Ela fez um sinal para o homem não colocar mais.
- Senhorita, eu acho melhor não...
- VOCÊ QUER GANHAR DINHEIRO OU NÃO? EU QUERO BEBER E VOU BEBER. - Meu grito se mistura com os gritos de incentivos de um grupo de motoqueiros, estilo Sons of Anarchy.
- Deixa a loira encher o talo.
- Vem beber com a gente gostosa.
- Aqui tem de sobra, pode vir. - Um velho segurava no saco e balançava uma garrafa de cerveja, o líquido escorria pela barba enorme dele.
Eu tinha um chama para velhos barbudos, só pode.
- OLHA AQUI SEUS TARADOS, AQUIETA ESSA MINIATURA DE PAU AÍ, VOCÊ NÃO É ISSO TUDO E ELA É LÉSBICA.
Uivos, gritos e gargalhadas. O bar era um cenário perfeito para o fim da minha vida. Decido imediatamente que gostava daqueles motoqueiros. Existe um momento na vida, em que simplesmente, devemos jogar tudo pro alto e ligar o foda-se.
Me joguei no meio do bando de barbudos bêbados tatuados.
Uma deliciosa playlist de rock clássico embalava a bebedeira. Rebolei e gritei ao som de Back In Black, AC/DC.
Subi na mesa, juntando-me a dois grandalhões que imitavam movimentos de guitarristas.
- CLARKE DESÇA DAÍ AGORA. - Costia estava um pouco desesperada.
Um gordão tatuado, que mais tarde descobri chamar-se Bruce. Levantou-a e balançou-a no ar. Lancei-lhes o melhor e mais leve dos meus sorrisos. Não estava nem aí pra nada. Por mim, o mundo acabaria esta noite.
- VAI LOIRA. - Alguém gritou no meio do grupo agitado. Encostei-me em um dos homens que segurava um taco de sinuca, fingindo ser uma guitarra. Nós dois cantamos tão alto que senti minha garganta rasgar, mas talvez fosse o álcool.
Era uma performance linda, esplendida, poderíamos estar no Rock In Rio.
- TIRA. TIRA. TIRA. - O coro agitado me incentivava a tirar o sobretudo.
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Fiquei com seu número
FanfictionClarke Griffin está de casamento marcado. Tudo estava indo bem, até que em uma tarde, Clarke perde o seu anel de noivado milionário. No meio de toda a confusão ela encontra um celular misterioso, o aparelho pertence à Lexa, alguém que odeia que bisb...