CAPÍTULO 36- A PROMESSA

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HARRY

Soldados de Theodoro que restaram tossiam pelos cantos, encharcados. Os amigos de Harry e de Percy estavam bem, mas haviam feridos. Gina parecia assustada, mas assim que levantou a cabeça se arrastou até Harry e o abraçou, enterrando a cabeça em seu peito. Harry a segurou firme, sem querer soltá-la também. Com o canto do olho ele viu que Percy e Annabeth faziam o mesmo. Annabeth chorava copiosamente no ombro de Percy, que a embalava. Os soldados de Theodoro estavam de lado, alguns desacordados, outros se levantando. Harry não viu sinal do corpo pequeno de Oscar em lugar algum, mas o amigo teria uma cerimônia apropriada. Ele fora extremamente corajoso e os salvou, lutando bravamente. Harry tinha certeza de que, se Oscar tivesse tido a oportunidade de frequentar Hogwarts ele seria da Grifinória, apesar de ser mais provável que ele fosse para a Ilvermore, nos Estados Unidos mesmo.De qualquer forma, ele teria sido um bruxo de fazer inveja.

Ele e Gina se levantaram, indo ao encontro de Rony, Hermione e Neville, os três com as roupas e os cabelos molhadas.

- Bem, foi melhor que um tobogã- Disse Neville, sorrindo.

Harry e Hermione riram, depois acompanhados por Rony e Gina.

- Concordo, Neville- Disse Harry- Acho que seria uma boa ideia se nós dessemos um jeito de entrar em contato com a Senhora Weasley. Provavelmente o Ministério inteiro foi colocado por ela para nos procurar.

- Verdade. Não preciso de outro berrador- Comentou Rony, fazendo uma careta.

Os cinco riram e Harry foi até Percy, que já havia deixado Annabeth ir com Grover. Enquanto se aproximava, ele viu Draco apanhando sua varinha no meio da lama no beco.

- Está tudo bem com ela?- Perguntou Harry, preocupado.

- Não, mas vai ficar. Não encontramos o corpo do Oscar ainda- Respondeu Percy, com as mãos nos bolsos- Então, acho que terminamos aqui, certo?

Harry quase respondeu que sim, mas pensou melhor e negou com a cabeça.

- Não, vocês ainda tem que conversar com algumas pessoas.

* * *

(Algumas horas depois)

Após se encontrarem com a senhora Weasley, que ficara bastante preocupada com o sumiço de Gina e dos outros, eles conseguiram trocar de roupa e tomar um banho na toca. Draco preferiu ir para sua casa, mas prometeu ir até o acampamento quando estivesse descansando. Já eram por volta de sete horas quando a coruja da Professora Mcgonagall chegou, avisando que o feitiço que repelia trouxas havia sudo retirado temporariamente do castelo e que Harry deveria levar Percy e Annabeth até lá. Grover voltou ao acampamento, pois queria ver Juniper e o estrago causado pelos ataques que o acampamento sofreu enquanto eles estavam na missão.

Eles viajaram de pó de flu, chegando no escritório da nova diretora logo. Percy reclamou que bateu a cabeça em algo e Annabeth revirou os olhos para ele.

Harry, Rony, Gina e Hermione cumprimentaram a diretora e se sentaram. Percy e Annabeth fizeram o mesmo. O local não havia mudado desde a última vez que Harry havia ido até lá, alguns meses antes. Os mesmos livros empoeirados nas estantes e a penseira num canto, se destacando.

- Harry me contou sobre a coragem de vocês dois- Disse a Professora Mcgonagall, dirigindo-se a Percy e Annabeth- Não seria qualquer um que faria o que vocês fizeram. O mundo mágico está muito agradecido por vocês terem agido antes que o mal nos ameaçasse.

- Nós só queríamos salvar nosso lar também. Ele é importante para nós- Disse Annabeth, mas havia um brilho em seus olhos por causa das palavras da diretora.

- Nossas casas, independentemente de onde sejam, sempre são importantes para nós- Disse a diretora- Estamos em débito com vocês, Sr. Jackson e Srta. Chase. Apesar de vocês morarem em outro continente, tenho certeza de que podemos fazer algo para vocês.

- Como assim?- Perguntou Percy, franzindo as sobrancelhas.

- Caso algum bruxo nasça em suas famílias, a partir de hoje, ele ou ela terá uma vaga em Hogwarts, não importa em que tempo for. Além disso, Harry me contou sobre os meio-bruxos e iremos fazer nosso melhor para detectá-los e oferecer a eles os devidos estudos em nossa escola.

- Todos os meio-sangues serão sempre gratos a senhora- Disse Annabeth.

- Isso significa muito para nós- Concordou Harry.

- Espero que tudo dê certo para vocês. E, novamente, obrigada pelos serviços a todos os bruxos.

- Nós é que agradecemos a senhora- Disse Annabeth.

* * *
(Dois dias depois)

No dia anterior as mortalhas foram queimadas, assim como a de Oscar. A cerimônia foi curta, mas Annabeth derrubou uma ou duas lágrimas quando ninguém estava olhando. Ela sabia disfarçar seus sentimentos quando não estava muito abalada. Naquele fim de tarde começou uma festa em homenagem a Harry,Rony, Hermione e, surpreendentemente, Draco, que ainda estava acontecendo no Pavilhão Refeitório. Ninfas tocavam música e havia churrasco para todo mundo. Rony havia comido tanto que estava quase dormindo sobre uma das mesas. Percy se sentou ao lado de Harry, que até poucos segundos antes estava sozinho, observando a movimentação dos campistas dançando e comendo.

- Então, apreciando a vista?- Perguntou Percy, bebendo algo azul.

Harry não fazia ideia do que o garoto estava bebendo, mas prefiriu deixar para lá.

- Está uma noite muito bonita- Disse Harry.

- Sabe, acho que vocês deveriam aparecer mais vezes por aqui. Eu, Annabeth e Grover podemos ir até a Toca também. E Draco, apesar de vocês parecerem não se dar muito bem.

Harry riu da observação de Percy.

- É uma longa história, mas acho que pela primeira vez Malfoy escolheu o lado certo pelo qual lutar.

Percy assentiu, olhando para a fogueira mais a frente.

- Acho que ainda vai demorar para aparecer um bruxo na família Jackson. Mcgonagall vai ter que passar a promessa para o próximo diretor da escola.

Harry riu.

- Quem sabe isso não acontece antes do que você pensa?

Percy olhou para ele com o canto do olho e suspirou, feliz.

- Se acontecer, acho que vamos ter muita dor de cabeça.

Harry assentiu, ainda rindo. Percy era um cara com humor.

- Eu tenho certeza, meu amigo.

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Próximo capítulo é o epílogo (Segurem os forninhos)

Bruxos e meio-sangues | A HISTÓRIA QUE NINGUÉM NUNCA CONTOU |(EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora