Casamento 21

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Anne
Estava no quinto, quando sou acordada pela minha mãe que já entra abrindo às cortinas falando:
- Anne levanta, já são 07:00 da manhã.
Ainda deitada eu falo:
- Está cedo, me deixa dormir mais um pouco.
Ela puxa à coberta o que mais bufar mais levantar. Vou direto para o banheiro mais ouço sua voz:
- Você já está atrasada, esqueceu que hoje é o dia mais importante da sua vida? É seu casamento.
Nem que eu quisesse eu poderia esquecer. Escovo meus dentes e fico olhando no espelho o meu rosto de cansaço. Nesses últimos dias tive que organizar várias coisas porque quis fazer algumas mudanças e precisei ir às compras por conta da lua de mel. Forço um sorriso e saí do banheiro.
- Você ainda nem está arrumada? Pelo amor Anne.
Vou para meu closet, escolho uma das poucas roupas que ainda estava ali porque a grande parte já estava na casa do Robert. Pego à roupa e falo:
- Preciso me trocar.
- Eu vou sair, mas em 5 minutos volto e quero você pronta.
- Pode deixar mãe.
Me troco com a maior calma do mundo. Eu não estava nervosa, muito menos animada com esse casamento, então se algo de errado acontecesse, de repente seria até bom pra mim, já que eu não tenho mais nada á perder mesmo. Desço e vou direto para a cozinha tomar meu café. Mas antes mesmo de eu conseguir preparar algo minha mãe aparece, tira a frigideira da minha mão e diz:
- Nós não temos tempo para isso.
- Mas eu estou com fome.
- Você come alguma coisa no salão mesmo, agora vamos.
- Tá.
Ela me leva de carro até o salão onde já tinha diversos profissionais me esperando. Eles começam me levando para uma banheira cheia de sais. Eu fico lá por um tempo, depois começam com a limpeza de pele e essas coisas. Minha mãe acompanhava tudo. A manicure estava fazendo minhas unhas, quando eu falo:
- Mãe?
- Oi querida.
- Estou com fome.
A me olha incrédula e diz:
- Você está prestes á se casar e só pensa em comer.
Dou de ombros e falo:
- Você quer que eu desmaie na cerimônia?
- Claro que não.
- Então eu preciso comer.
- Tá Anne. O que você vai querer?
Como já passava das 13:00 da tarde, eu estava com muita fome porque não tinha colocado nada na boca ainda e o casamento era às 19:00.
- Vou querer dois hambúrgueres, duas batatas, uma coca e um sorvete de sobremesa.
Sua cara de repreensão era notável, ela diz:
- Você só pode estar brincando né, comendo tudo isso você não vai nem entrar no vestido.
- Mas mãe..
- Mas nada, vou ver o que trago, mas com certeza não vai ser nada disso.
Ela saí. Então falo para a manicure?
- Você tem alguma coisa de comer aqui?
- Temos sim.
- O quê? Quer saber não importa, pode trazer o que vocês tiverem.
A manicure chama uma moça que logo depois retorna com uma bandeja cheia de coisas deliciosas e eu como tudo. Um tempo depois minha mãe chega como uma salada, uma fruta e um suco. Eu acabo comendo também, pois quem sabe quando eu vou ter a oportunidade de comer novamente.
Já eram 17:30, quando finalmente tinha terminado tudo(cabelo, maquiagem). Mas ainda faltava colocar o vestido que estava na minha casa. Minha mãe também tinha se arrumado no mesmo salão que eu, ela já pronta diz:
- Vamos Anne, você ainda precisa se trocar.
- Tá mãe.
Agradeço todos no salão pelo excelente trabalho e vou para casa. Chegando em casa, vamos direto para meu quarto. Logo quando entro vejo Olivia já pronta, meu vestido em cima da cama e o sapato ao lado. A abraço e falo:
- Ainda bem que você está aqui porque minha mãe está me enlouquecendo.
Ela com os olhos cheios de lágrimas diz:
- Eu sempre você estar aqui pra você piranha.
- Pode parar que a senhorita não vai chorar porque se não vai estragar toda sua maquiagem.
- Verdade, agora vamos logo te trocar porque você já está atrasada.
- Tá bom.
Olivia e, minha mãe me ajudam à colocar o vestido que é muito bonito, ele era estilo sereia, foi praticamente a minha mãe que o escolheu porque se fosse por mim casava de calça jeans mesmo. Coloco o sapato e me olho no espelho. Até que eu estava bonita, eu era quase uma noiva, só seria uma noiva de verdade se o casamento fosse real, coisa que não era. Me viro e falo:
- O que vocês acharam?
As duas estavam simplesmente chorando e eu falo:
- Eu não acredito que vocês estão chorando.
Minha mãe enxugando às lágrimas com im lenço de papel diz:
- Você é a noiva mais linda que eu já vi.
- Não exagera mãe.
Olivia coloca o véu em mim e diz:
- É mesmo dona Antônia. Nossa menina cresceu tão rápido.
Acabo rindo pela maneira que a Olivia falou de mim. Elas param de chorar, minha mãe olha no relógio e diz:
- Já são 19:10, estamos mega atrasadas.
Olivia diz:
- Eu já deveria estar lá. Vou indo na frente.
Ela me manda beijinhos e diz:
- Boa sorte, se quiser dizer que " não", nós saímos da igreja para uma balada na mesma hora, é só me avisar.
Dou um sorriso e ela saí. Termino uns últimos detalhes e desço direto para a limusine que já me esperava. Entramos e fomos em direção à igreja que ficava uns 20 dali.
O motorista estacionou a limusine em frente à igreja e na mesma hora me subiu um nervosismo que até aquela hora eu não havia tido. Ainda dentri do carro, eu falo:
- Eu não consigo.
Minha mãe segura em minha mão e diz:
- Você consegue sim, o mais difícil você já fez que é chegar até aqui, o resto vai ser fichinha.
Respiro fundo e desço do carro. Minha mãe segurava á calda do meu vestido enquanto eu subia às escadas da igreja que estava cheia de jornalistas em volta, afinal de contas era o casamento do ano. Mas eles estavam sendo impedidos de passar por barreiras e pelos seguranças. Meu pai me esperava todo contente na entrada, minha mãe beija à minha testa e diz:
- Vai dar tudo certo, agora vou para o meu lugar.
Ela entra na igreja e meu pai me segura para me acompanhar. Eu senti que meu coração ia sair pela boca, eu estava muito nervosa era uma mistura de sentimentos. Até que começa à marcha nupcial e às portas se abrem. Me dando à visão de vários convidados, mas como tinha gente em. Vejo Robert bem no final da igreja que estava com um sorriso encantador. Eu entro na igreja sentindo borboletas no meu estômago. Chegamos no altar, meu pai me dá um beijo na testa, super falso e me entrega para o Robert. Ele estava mais lindo que o normal, eu me arriscaria até mesmo à dizer que havia um brilho em seu olhar, mas talvez seja impressão minha. O padre dá iniciou a cerimônia, falando aquelas coisas de sempre:
- Robert Leonardo Castro, você aceita Anne Mary Correia, como sua legítima esposa?
Olho para o Robert que sorri e diz:
- Sim, eu aceito.
Agora é a minha vez:
- Anne Mary Correia, você aceita Robert Leonardo Castro, como seu legítimo marido?
Olho para Robert, olho para os meus pais, olho também para a Olivia me fazendo lembrar do que ela disse. Até que o padre disse:
- Você quer que eu repita à pergunta?
- Sim, por favor.
- Anne Mary Correia, você aceita Robert Leonardo Castro, como seu legítimo marido?
- Aceito.
Robert respira aliviado, diz mais algumas coisas. Nós trocamos às alianças e ele diz:
- Sendo assim, pode beijar á noiva.
Robert chega perto e me dá um leve selinho demorado. Do qual eu nem me entreguei, pois só pensava como seria minha vida após tudo isso. Paramos o beijo por conta dos aplausos. Sorrimos e seguimos para à saída onde os convidados estavam nos esperando para nos jogar arroz. Agora vamos para a festa...

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