Casamento Forçado

Prima 37

Anne
Depois de tomar meu café da manhã, peço para uma empregada arrumar um dos quartos de hóspede para minha prima.
Confesso que não estou muito animada pra nada hoje. Aquela briga com o Robert realmente me afetou e eu não entendo o porquê. Eu não posso nutrir nenhum tipo de sentimento por ele porque claramente a única coisa que Robert sente por mim é vontade de me levar pra cama.
Almoço e vou direto para à casa dos meus pais. Chego e já vou direto dar um abraço na minha avó. Ela corresponde e diz:
- Olha como essa menina cresceu Antônia. Até casada ela já é.
Sorrio e falo:
- Que saudades vózinha.
- Eu também minha querida.
Até que escuto uma voz atrás de mim:
- E saudades de mim?
Me viro e vejo minha prima. Ela estava completamente dirente. Seu cabelo que sempre foi longo estava curto e ela mudou principalmente o modo de vestidir. Carol usava um regatinha bem decotada e uma mini saia. Fico surpresa à olhando. Ela se aproxima, abre os braços e diz:
- Eu não ganho abraço?
- Claro.
A abraço e falo:
- Quanto tempo em prima. Você mudou muito.
Ela sorri e diz:
- Você também.
Eu ainda a olhava meio que chocada pela mudança. Quando minha mãe diz:
- Vamos tomar um café meninas?
Carol responde:
- Claro tia.
Fomos todas tomar um chá. Meu pai não estava em casa porque ele precisou viajar e meu irmão foi embora hoje cedo. Então éramos apenas nós. Tomamos o chá e ficamos falando sobre várias coisas. Mas o principal assunto foi meu casamento. Minha avó ficou super curioso sobre o Robert, como nos conhecemos e eu contei tudo. A cada detalhe ela ficava totalmente animada com a história. Ela disse que pelo que ouviu do Robert, além de lindo, ele deveria ser um verdadeiro príncipe. Se você soubesse vó. Depois de um tempo Carol diz que está cansada e vamos embora.
No caminho pra casa, Carol diz:
- Eu não vou incomodar vocês? Até porque pelo que sei vocês são recém casados que devem querer ter sua privacidade.
Eu sorrio e falo:
- Imagina Carol. O Robert super concordou e ele também passa o dia inteiro trabalhando. Fora que a casa é enorme.
Ela parece suspirar aliviada e fala:
- Ainda bem porque eu não quero ser um estorno pra ninguém.
- E você não é. Vamos nos divertir bastante pra relembrar os velhos tempo.
- Com certeza prima.
Chegamos em casa. Chamo alguém para ajudar com às malas e para mostrar o quarto dela. Carol sobe para se acomodar e eu vou para cozinha falar com a Marcela. Me sento e falo:
- O Robert já chegou?
Porque geralmente esse horário Robert já está em casa.
- Não menina. Ele ligou e avisou que iria chegar tarde hoje. Disse pra você não esperar por ele.
Ele nem se quer me avisa diretamente? E por que será que ele vai chegar tarde? Eu até ligaria, se o Robert não estivesse tão bravo comigo.
- Ele falou o motivo?
- Ele apenas disse que iria jantar com uma amiga chamada...
A corto e falo:
- Beatriz.
- Essa mesma.
Eu não acredito que ele foi jantar com ela e nem se quer me avisou. Mas eu não ligo, afinal de contas não temos nada e eu não tenho o direito de cobrar nada. Robert que fique com aquela loira oxigenada sem graça.
-Obrigada Marcela.
Marcela preocupada diz:
- Vocês estão bem querida?
- Estamos sim, vou ver minha prima.
- Tá.
Você não tem porquê se importar Anne. Você não gosta dele e nem ele de você. Por um minuto eu quis chorar, mas engoli o choro e fui ver a Carol.
Bato na porta do seu quarto. Ela abre e diz:
- Entra prima.
Eu entro e ela já havia se instalado. Eu me sento e falo:
- Gostou do quarto?
- Gostei sim prima.
- Que bom. Vamos jantar?
- Vamos sim.
Fomos jantar. Durante todo o jantar, eu não consegui parar de pensar no Robert e no fato de que ele estava com a Beatriz. Eu quase nem comi, só fiquei olhando pra comida.
- Você está bem Anne?
- Estou sim Carol. Só estou sem fome.
- Entendi.
Nós terminamos o jantar e eu fui apresentar a casa pra ela. Depois de conhecer a casa, ela ficou brincando com o Hércules e logo em seguida entramos. Eu estava indo para o meu quarto e falo:
- Carol, se precisar de qualquer coisa pode me chamar. Se sentir fome você sabe onde é a cozinha.
Ela sorri e diz:
- Tudo bem. Obrigada por tudo prima.
- De nada. Não precisa me agradecer, nós somos família.
Ela sorri agradecida e cada uma vai para o seu quarto. Tomo meu banho e vou me deitar. Tento dormir, mas não consigo, só fico virando de um lado para o outro. Olho no relógio e vejo que já se passava das 23:30. Será que aconteceu alguma coisa? Eu só voy ligar pra conferir se está tudo bem. Pego o celular, mas acabo desistindo. Não Anne, você não vai ligar. Ele está com outra, se toca. Me levanto, vou para a varanda ver se eu vejo o carro dele, mas nada. Fico andando aflita no quarto de um lado para outro e indo ver se ele havia chegado de cinco em cinco minutos. Eu não sabia o que pensar, se ele estava com ela o que me causava raiva, ou se realmente tinha acontecido alguma coisa.Olho no relógio de novo e vejo que já era 01:00. Está muito tarde, deve ter acontecido alguma coisa, eu vou ligar e dane-se meu orgulho. Pego meu celular, mas na mesma hora escuto o barulho do seu carro.
Corro pra cama e me deito. Ouço o barulho da porta se abrindo e fecho meus olhos pra fingir que estava dormindo. Depois de uns minutos, sinto ele deitar na cama e acabo pegando no sono.