Reunião 68

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Anne
Acordamos bem cedo por conta da viagem do Robert. Tomamos banho, nos arrumamos e depois descemos para tomar café. Os empregados levam ás malas do Robert para o carro. Depois de terminar o café, vamos para o carro e eu falo:
- Eu dirijo, pode ser?
- Claro. Nunca vi você dirigindo, quero ver se você é uma boa motorista.
- Sou ótima.
Chegamos no aeroporto, o ajudo com as malas e entramos. Ficávamos esperando o Charles. Até que ele aparece e diz:
- E ai casal, tudo bem?
Eu sorrio e falo:
- Tudo sim e você?
- Eu estou ótimo.
- Que bom.
Charles diz:
- Vamos? Daqui a pouco perdemos o vôo.
Robert diz:
- Vamos sim.
- Charles, nada de festa, bebidas ou mulheres viu. Eu não confio em vocês dois juntos, mas não tem o que fazer.
Charles faz cara de ofendido e diz:
- Jamais Anne. Eu até queria tudo isso, mas duvido que vou ter tempo pra isso. Pode deixar que eu vou ficar de olho no Robert.
- E quem fica de olho em você?
Damos risadas. Charles vai na frente, enquanto eu vou me despedindo do Robert. Nos abraçamos, eu dou um beijo nele e falo:
- Vou sentir sua falta.
- Eu também. Qualquer coisa pode me ligar, eu volto na hora.
- Pode deixar. Tchau.
- Tchau.
Robert saí andando. Até que ele olha pra trás e eu aceno pra ele. Quando eu não o vi mais, entrei no carro e fui embora. Como a reunião da empresa também seria na parte da manhã, eu iria buscar meu irmão e de lá ir direto para a empresa. Então pego o carro e vou direto para casa dos meus pais.
Paro o carro, aperto a buzina e espero. Marcos já sabia que eu iria o buscar, então já estava preparado. Espero uns 5 minutos, até que ele aparece e entra no carro:
- Bom dia maninha.
Espero ele colocar o cinto e dou partida no carro:
- Bom dia Marcos.
- Por que você não entrou um pouquinho? Ainda dava tempo.
Na verdade eu nem entrei porque não queria encarar á minha mãe. Aquela história do meu pai não saía da minha cabeça. Eu não iria conseguir fingir que estava tudo bem pra ela.
- Nem pensei nisso, mas eu apareço outras vezes.
- Apareça mesmo. A mamãe está morrendo de saudades suas.
- Eu também estou com saudades dela. A Carol já foi embora?
- Ela e a vovó vão embora esse final de semana. Inclusive ela quer fazer um jantar de despedida para às duas. Você vai né?
Se fosse pela Carol não, mas com é para minha vó também, vou ter que ir. Fora que minha mãe ficaria me enchendo, se eu não fosse.
- Vou sim.
Conversamos sobre mais algumas coisas no caminho. Até que finalmente chegamos á empresa. Acho que a maioria fo conselho ainda não tinha sido informada sobre a minha presença na reunião e que eu vou cuidar das minhas ações a partir de agora. Subimos e fomos direto para a sala de reuniões.
Assim que eu entro, vejo quase todos na sala. Eu conhecia alguns deles. Então olho para um homem. Mesmo sentado dava pra perceber que ele era alto, forte, pele clara, devia ter seus 38 anos. Eu não sei porquê, mas tive a impressão de que já o conhecia, mas não sei de onde. Sua expressão mudou radicalmente assim que me viu, mas não entendi o porquê. Claramente ele estava surpreso e incomodado com a minha presença. Me sentei, esperamos mais um tempo e começamos.
A reunião foi bem complicada. A empresa tinha diversos pagamentos atrasados, inclusive de alguns funcionários. Eu participei bastante das discussões, coisa que meu pai não gostou nada, só pelo olhar dele pude perceber isso. Aquele homem, que eu falei, ele se chama Bento Ribeiro. Durante toda á reunião, ele desviava seu rosto do meu e ele quase não falou. Eu acho que nem se quer consegui ouvir sua voz. Homem doido em. Deixo meu irmão e volto para casa.

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