Irmão 60

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Anne
Me deito na cama. Fico escutando Robert bater na porta insistentemente e pedindo pra entrar. Mas eu não entendo, estou com tanta raiva dele, que não quero o ver nem pintado de ouro. Depois de um tempo Robert para de bater na porta e eu acabo pegando no sono.
Acordo, faço minhas necessidades matinais e desço para tomar café. Vou para á cozinha, me sento e falo:
- Marcela?
Ela se vira e diz sorrindo:
- Bom dia querida.
- Bom dia.
Ela me serve um pouco de suco e eu falo:
- O Robert está em casa?
- Não, ele foi trabalhar.
- Ah.
- Vocês brigaram novamente?
Respiro fundo e falo:
- Sim.
- O que foi dessa vez?
- Muitas coisas, mas principalmente ciúmes.
- Tenho certeza que vocês vão resolver.
- Não tenho tanta certeza. Dessa vez foi feio.
- Nada que uma conversa não resolva minha linda.
- É.
Tomo meu café e me arrumo pra sair. Depois de pronta, pego o carro e vou para empresa do meu pai. Liguei para o meu irmão, me encontrar lá.
Chego na empresa, me encontro com Marcos, que diz:
- Oi maninha, como você está?
- Estou bem.
- Fiquei sabendo da confusão que aconteceu na casa do Liam ontem.
- Depois conversamos sobre, agora preciso da sua ajuda com o nosso pai.
- Pode deixar.
Eu contei toda a história sobre o meu pai não querer devolver minhas ações para o meu irmão. Com a presença do Marcos, ele não vai conseguir negar, ou inventar desculpas e terá que devolver minhas ações de uma vez por todas.
Fomos então para a sala do meu pai. Assim que abrimos á porta de sua sala, meu pai fica surpreso ao nos ver, se aproxima e diz:
- O que os meus filhos queridos fazem aqui?
O único querido aqui é o Marcos porque claramente eu não sou. Eu falo:
- Trouxe os papéis pra você assinar.
Ele suspira e diz:
- E por que chamou seu irmão pra isso?
- Porque você não poderia inventar uma desculpa pra não devolver, além do mais como você sabe que eu chamei ele?
Ele diz irritado:
- Porque você é assim, adora um discórdia. Chamou seu irmão querendo que ele brigasse comigo. Eu nunca me neguei á devolver suas preciosas ações, apenas disse que precisava de tempo.
Meu irmão diz:
- Pai, você sabe que a Anne não é assim e eu sempre vou ajudar ela no que precisar. Assina logo esses papéis, já que você nunca se negou.
Entrego os papéis em sua mão. Ele irritado pega e assina. Depois me entrega de volta e diz:
- Satisfeita?
Dou um sorriso vitorioso e falo:
- Muito. Quando é a próxima reunião do Conselho?
- Terça que vem.
- Obrigada. Vamos Marcos.
Eu e o Marcos saímos de lá. Assim que chegamos no estacionamento, ele diz:
- Vamos almoçar juntos?
Sorrio e falo:
- É claro, até porque te devo uma.
Ele sorri e diz:
- Você não me deve nada, irmão é pra essas coisas mesmo. Vamos no mesmo carro?
- Cada um vai no seu. Eu te sigo, pode ser?
- Pode sim.
Entramos no nossos carros e eu fui seguindo ele. Quando chegamos no restaurante, fizemos nosso pedido. Marcos, me perguntou sobre a confusão de ontem e eu tive que contar. Contei á verdade, ele me perguntou se o Robert tinha sido agressivo comigo, ou algo assim, mas eu disse que não. O almoço foi super agradável. Eu amo esses momentos com o Marcos. A única coisa desagradável foi quando conversamos sobre a nossa família. Marcos, disse que eu precisava ser mais compreensiva com nosso pai, que no fundo ele me amava e era um bom homem. Me senti horrível por Marcos ter essa imagem dele, pensei em contar sobre o que vi, mas não consegui, até porque eu não tinha provas. Claro que para o Marcos só a minha palavra iria bastar, mas não para à minha mãe. Do jeito que ela é completamente cega pelo pai iria falar, que isso é implicância ou coisa pior. Depois cada um foi para sua casa.

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