Mansão 15

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Anne
Ainda triste pela assinatura do contrato, eu falo:
- Podemos jantar outro dia? Eu realmente não estou com vontade de ir ao lugar público e ficar atuando hoje.
A leitura do contrato havia demorado tanto que já tinha até escurecido.
Ele pega sua chaves, arruma suas coisas creio que para ir embora e diz:
- Não vamos jantar fora, mas sim na minha casa.
Fico surpresa, mas nada satisfeita:
- Só nós dois?
- Sim, está com medo de ficar sozinha comigo?
Pra ser bem sincera estava sim, mas não demonstrei e disse:
- Lógico que não.
Robert já pronto diz:
- Então vamos?
Ele estende à mão e eu seguro. Passamos pela empresa com diversos olhares. As pessoas nos olhavam meio que chocadas, mas acho que isso completamente normal. Se eu estou chocada com tudo, claro que não pelo mesmo motivos que elas, mas estou. Entramos no carro e fomos para a casa do Robert que eu não fazia idéia de onde era.
Chegamos em um condomínio luxoso, bem afastado da cidade mesmo. Não era um condomínio de casas, mas sim de mansões. Uma mansão ficava bastante afastada da outra, mas era uma mais linda que a outra. Até que chegamos na quê me parece ser a do Robert. Era uma das últimas, mas também era uma das mais bonitas. Eu posso não ligar pra luxo, mas sei reconhecer.
Logo na entrada havia diversos seguranças, muitos menos. Principalmente porque no condomínio em si já tinha outros seguranças e é notável que é bastante seguro. Depois passamos por uma área verde, quando finalmente vejo à porta para entrar na casa.
Entro na casa que era ainda mais linda por dentro. Totalmente limpa, limpa mesmo, muito bem decorada, mas ainda sim vazia, não de móveis é claro, mas de amor, alegria, vida na verdade. Uma empregada com um uniforme sem vida igual à casa, mas com um rosto muito simpático diz:
- Boa noite patrão. Boa noite senhorita.
Eu respondo:
- Boa noite e pode me chamar só de Anne.
Robert me olha feio e diz:
- Enfim, isso não importa. Qual é seu nome mesmo?( ele fala se referindo a empregada).Não importa mesmo. Quero que você acrescente mais um lugar na mesa.
Ela nem pareceu surpresa com a forma que ele a tratou, afinal ela infelizmente deve ter se acostumado com a falta de educação do Robert. A moça responde:
- Sim senhor, quando podemos servir o jantar?
Robert diz:
- Agora mesmo.
- Sim senhor, com licença.
Ela fala isso e se retira. Eu espero ela sair e falo:
- Quanta falta de educação.
- Jura? Pena que eu não te perguntei nada. A maneira que eu trato meus empregados é problema meu. Até porque os salários deles saem do meu bolso, não do seu.
Se ele acha que eu vou ver esse tipo de coisa e ficar calada, ele está muito enganado:
- Eu sei disso, mas não custa nada tratar às pessoas com o mínimo de respeito.
- Fica na sua que é melhor. Agora vamos jantar antes que eu perca o pouco da paciência que me resta.
Ele caminha pela casa e eu sigo porque não sabia onde ficava nada. Ele finamente entra na sala de jantar. Havia uma mesa com tantas opções de comida e alguns funcionários em volta parados creio que esperando para nos servir. Robert se senta e eu também. Um dos funcionários começa à servir o Robert e outra vem me servir também. Mas eu falo:
- Não precisa, pode deixar que eu me sirvo sozinha, mas muito obrigada.
Ela sorri levemente e volta para sua posição. Robert reviro os olhos com a minha atitude e bebe um pouco de vinho. Me sirvo e Robert diz:
- Podem ir todos, vocês estão dispensados.
Eles apenas saem e nós comemos. Estava comendo, quando Robert diz:
- Eu contratei uma organizadora para o casamento.
Me dá até um embrulho no estômago só de ouvir essa palavra.
- Está bom, será que é possível ela cuidar de tudo? Porque eu realmente não estou com vontade de organizar nada.
- Claro que não. Você terá que organizar sim esse casamento. Você não quer que eu deixe de trabalhar pra fazer isso né?
- Eu não disse isso, mas você não vai participar de nada.
Ele passa às mãos em seus cabelos e diz:
- Não, eu tenho mais o fazer.
- Você vai precisar sim participar de algumas decisões, é muito fácil jogar tudo pra mim.
Robert tentando conter sua raiva diz:
- Eu já estou pagando isso é o suficiente. Eu só vou exijir duas coisas quero que seja uma festa grande e que você não encha mais minha paciência com isso pelo menos por essa noite.
Conformada eu falo:
- Está bem.
Terminamos o resto do jantar em silêncio. Fomos para a sala de estar do Robert, então noto que já estava ficando tarde e falo:
- Acho que já está ficando tarde.
Estávamos sentados no sofá, mas com uma certa distância. Mas na hora que eu falo isso Robert diz:
- Calma Anne, ainda está bem cedo e seus pais sabem que você está comigo.
Esse é o problema, estar com você. Eu começo a ficar nervosa, Robert parece perceber isso, aproveita disso e fica do meu lado no sofá. Como eu na ponta, ele já do meu lado, vira meu rosto pra ele e tenta ficar por cima de mim:
- Hoje nós vamos fazer uma coisa que desde que eu te conheci tenhi vontade de fazer.
Eu fico estática. Ele consegue fazer com eu me deite no sofá, ficando com a cabeça apoiada na ponta. Então ele começa a beijar meu pescoço e sabe o que é o pior de tudo? É que eu estava gostando, mas eu não deveria, porém eu sou humana. Mas não, eu vou me manter firme, o empurro, fazendo com que pare de beijar meu pescoço, mas não que ele saía de cima de mim e ele diz:
- O que foi?
- Robert, nós somos apenas noivos.
Ele parece ignorar o eu disse, tira sua camisa e volta a beijar meu corpo. Eu fico toda arrepiada, mas volto à o afastar e falo:
- Para, eu não quero.
Ele mordendo o lábio diz:
- Não é isso porque é nítido que você quer.
- Não quero não, nem beijar bem você beija.
- É mesmo?
Ele chega perto e me beija. Esse foi um beijo completamente diferente. Primeiro porque foi de língua, segundo que dessa vez eu realmente queria, era um beijo cheio de desejo. Robert mesni interrompe o beijo e diz:
- O que foi mesmo que você disse?
- O que eu disse não vem ao caso. Mas eu não quero transar com você e pronto.
Ele parece se irritar, saí de cima de mim, pega sua camisa, veste e diz:
- Ok, vamos então.
Eu ainda deitada no sofá, sem entender falo:
- Vamos pra onde?
- Para sua casa ou você vai querer ficar aí deitada de enfeite? Só de enfeite mesmo porque nem pra fazer algo que preste consegue.
Eu me levanto totalmente irritado e penso " Não acredito que à um minuto atrás eu estava prestes a perder minha virgindade com esse idiota". Não falo nada, só pego minhas coisas, nem o espero e vou para carro. Ele me leva pra casa, mas não fala mais nada, nem comenta nada sobre o ocorrido. Melhor assim.
Chegamos na minha casa, eu nem se quer espero ele falar nada, desço do carro e bato à porta com força. Quero que ele perceba o tamanho da minha raiva mesmo. Entro pelos fundos porque já era muito tarde e eu não queria acordar meus pais.
Vou direto para o banho, no chuveiro só me vem à cena que rolou no sofá, mas como eu fui idiota em, se deixou envolver pelo Robert? Por favor né Anne. Você não gosta dele, só foi um momento de desejo, nada mais que isso e um momento que nunca mais irá se repetir. Termino meu banho e vou deitar.

Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora