Anne
Robert apertava meu pulso tão forte que parecia que ele ia quebrar e eu falo com lágrimas no olhos pela dor:
- Robert calma, vamos entrar que eu te explico tudo.
Ele parecia não me ouvir e continuava apertando meu pulso, até que eu gritei:
- Aii.
Minha mãe apareceu na porta e disse:
- Está tudo bem querida? Ouvi você gritar.
Na mesma hora Robert me solta e diz:
- Está sim sogrinha, nós só estamis conversando.
Eu engolo meu choro, minha sorri e fala:
- Tudo bem então, mas entrem, não fiquem conversando aí na calçada.
Ela entra em casa e nós vamos para às partes do fundo da minha casa e eu falo:
- Você me machucou, olhou o meu pulso.
Ele continua me olhando com raiva e diz:
- Isso é o que prostitutas merecem.
Eu estava com muito medo, muito mesmo, mas não consegui ouvir esse insulto quieta, na mesma hora virei um tapa na cara dele. Ele colocou a mão sobre seu e logo em seguida à levanta para me bater. Eu fecho os olhos, mas não vejo que ele não bate, então eu falo:
- Você ia me bater? Eu sabia que você era um idiota, mas não um covarde.
Ele passa a mão no cabelo, na verdade quase o arranca, pega no braço, me puxa e diz:
- Não me provoque Anne.
- Eu não tenho medo de você. Se você se atrever à colocar à mão em mim mais um vez, eu te denuncio tanto para a polícia quanto para a mídia tudo. Sem pensar duas vezes e sem me importar com ninguém.
- Você não teria coragem.
- Então só tenta pra você ver.
Ele me solta e sai sem falar nada. Nessa hora eu não aguento, me sento na grama mesmo e começo à desabar em lágrimas. Eu já abri mão de muita coisa por esse contrato, agora tenho que abrir mão da pouca dignidade que me resta?
Me levanto, chamo um uber e vou oara a praia. Não iria ficar em casa pra ficar ouvindo meus pais falarem do Robert ou do casamento.
Meu pulso está doendo muito, acho que está torcido e meus olhos inchados de tanto chorar. Deixo isso pra lá quando vejo à praia, pago uber e desço.
Peço um sorvete no lugar de sempre e começo a observar às pessoas para me distrair. Estava distraída tomando meu sorvete, quando Liam aparece e diz:
- Duas vezes no mesmo dia? Que grande coincidência.
Tento colocar um sorriso para disfarçar à tristeza e a dor:
- Pois é.
Estava torcendo pra ele ir embora, mas ele fala:
- Posso me sentar aqui?
- Claro, fique à vontade.
Ele se senta ao meu lado, chama o garçom e pede um sorvete:
- Você está sozinha?
- Sim.
Eu estava com o braço sob à mesa por conta da dor, até que Liam vê meu pulso bastante inchado e diz:
- O que foi isso Anne?
Olho para o pulso e falo:
- Nada demais, eu acabei caindo no jardim lá de casa e cai por cima do pulso. Por isso ele está meio inchadinho.
Ele tenta segurar meu pulso, mas eu recuo e ele fala:
- Isso está mais que inchadinho, eu vou te levar agora mesmo ao um médico, você pode ter quebrado.
- Liam, não foi nada, nem está doendo.
- Se eu não te conhecesse até acreditaria, mas sei que está doendo, vamos logo, ou eu vou ligar para o seu pai, ou para ssu noivo você que escolhe.
Nessa hora já bate o desespero em mim e eu falo:
- Está bem, eu vou com você. Só deixa eu pagar a conta.
- Pode deixar que eu pago. Vamos logo.
Liam paga a conta, me leva até seu carro, abre à porta pra mim e vamos. Chegando no médico, fazemos rapidamente minha ficha e, já entro para ser examinada e claro que Liam entra junto comigo. O médico mexe no pulso e eu falo:
- Ai, está doendo.
Então o médico diz:
- A senhora ter certeza que o machucou caindo?
- Tenho sim.
- Ok então, vamos fazer um raio x.
Faço o raio x, espero um pouco e entramos de novo no consultório. O médico diz:
- Bem, pelas chapas dá pra ver que não quebrou, é apenas uma luxação. Nós vamos enfaixar e te receitar um remédio para dor.
Dou um leve sorriso para o Liam que estava sentado ao meu lado e o médico diz:
- Sua namorada tevê sorte de não ter quebrado o pulso.
Nós dois sorrimos e falamos:
- Nós não somos namorados.
O médico sorri e saímos do consultório com o meu pulso enfaixado.
Liam estava abrindo a porta pra mim, quando eu falo:
- Muito obrigada Liam, de verdade.
Ele sorri e diz:
- Imagina, eu fiz tudo isso de coração.
- Eu sei disso.
Entramos no carro e ele fala:
- Você quer que eu deixe em casa ou em outro lugar?
- Em casa mesmo. Mas me diz aí, você continua viajando muito?
- Não, eu estou tentando me estabilizar.
- E onde pretende fazer isso?
- Aqui mesmo. Estou pensando em até abrir o restaurante.
- Você? Pelo que eu me lembro você e a cozinha não combinam muito.
Ele ri e fala:
- Eu sei disso sua palhaçinha. Por isso vou ser o dono, não o cozinheiro.
- Eu me lembro aquela vez que você fez arroz lá em casa. O arroz ficou totalmente queimado.
Falo rindo me lembrando da cena:
- Ei, eu melhorei bastante daquela época pra cá.
- Duvido.
- Um dia aparece lá em casa pra jantar e você verá.
- Tá bom então.
Soltamos algumas gargalhadas, até que chegamos na minha casa e eu falo:
- Mais um vez obrigada Liam, você é um anjo.
- Não sou, mas obrigada pelo elogio e vê se não some.
- Pode deixar.
Ele me dá um beijo na bochecha, acho que foi por puro impulso, pois logo em seguida vejo que ele ficou bastante sem graça e eu falo:
- Tchau e até mais.
- Até.
Desço do carro, vejo o carro do Robert na porta, mas o que esse homem está fazendo aqui de novo senhor? Entro em casa, vejo os três sentados( meu pai, minha mãe e Robert) rindo, quando eu ia falar algo, ouço uma voz atrás de mim:
- Sentiu minha falta?
Me viro pra ver quem era e me deparo com meu irmão. Na mesma hora vou praticamente correndo em sua direção e dou um enorme abraço nele que fala:
- Se eu soubesse que você estava com toda essa saudade tinha voltado antes.
O largo e falo:
- Você nem me avisou que voltaria hoje em.
- Eu adoro fazer surpresas.
Ele sorri, mas então olha para o meu braço e diz:
- O que houve com seu pulso?
- Nada, eu caí em cima dele, só isso.
Minha mãe vem, segura meu pulso e diz:
- Quando isso ocorreu? Porque até ontem você não tinha nada.
- Foi agora pouco quando eu estava na praia, mas já fui ao médico e estou bem. Agora chega de perguntas.
Robert chega, me abraça por trás e diz:
- Mas você está bem agora meu amor? Quem te levou ao médico?
- Estou ótima. Fui de uber.
Até que meu pai também vem pra perto e diz:
- Por que não saímos todos para jantar? Temos muito o que comemorar.
Todo mundo se anima com a idéia e diz que sim. Mas Robert diz:
- Então eu vou indo para você terem uma noite em família.
Meu pai coloca à mão no ombro do Robert e diz:
- Claro que não meu filho, agora você também é da família. Eu insisto.
Robert ainda me abraçando, me dá um beijo na bochecha e diz:
- Tá bom, eu fico.
Então todos concordam e sobem para se arrumar. O que faz com que eu fique sozinha com o Robert que fala:
- Seu pulso está quebrado?
- Não, foi apenas uma luxação.
- Menos mal.
Eu estava esperando no mínimo um pedido de desculpas, mas ele não disse mais nada:
- Menos mal pra você, agora se me dar licença vou me trocar.
- Eu vou com você. Não vou ficar aqui sozinho.
O olho e falo:
- Não vai mesmo, até porque eu preciso tomar banho coisa que eu não vou fazer com você lá.
Nem espero sua resposta e vou para o meu quarto me arrumar. Entro no banho, assim que saí, tomei um assusto ao ver Robert deitado na minha cama. Eu estava apenas de toalha e ele diz:
- Foi seu pai que disse que eu poderia subir.
- Você é um sem noção mesmo. Eu preciso me trocar.
Ele continua deitado mexendo no celular e fala:
- Pode se trocar à vontade, eu não me importo.
- Mas eu sim. Saí daqui logo vai.
- Tá.
Ele se levanta, abre à porta, mas antes de sair diz:
- Não sei o motivo dessa vergonha, um dia eu vou te ver pelada e tudo isso daí vai ser meu.
Suspiro fundo e ele saí do quarto. Me troco e desço porque já estavam todos à minha espera.
-
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Casamento Forçado
RomanceGente, é a mesma história, mas com bastante mudanças, espero que gostem. Anne é doce, gentil e inocente .Apesar de seus pais serem ricos ela não se importa muito com o dinheiro. Robert Castro um homem amargurado, arrogante e cruel.Mas nem sempre ele...