Casamento Forçado

Alta 93

Anne
Já recebi alta e estou me arrumando pra voltar pra casa. O Robert passou á noite inteira aqui comigo, não saiu do meu lado um minuto se quer. Tudo bem que eu notei que ele estava um pouco distante, mas deve ser impressão minha.
Estávamos dentro do carro, indo pra casa, quando eu falo:
- Aconteceu alguma Robert?
- Não aconteceu nada. Por que a pergunta?
- Porque você me parece distraído, preocupado e um tanto tenso.
- É impressão sua. Eu estou ótima.
Ele sorri e eu falo:
- É, deve ser.
- Mas mudando de assunto, estou pensando em contratar uma espécie de acompanhante pra você.
Eu não precisava de " acompanhante" nenhuma.
- Pra?
- Pra te ajudar em tudo que você precisar, ajudar no seu repousa, te poupar...
- Eu não preciso de babá, Robert.
- Não seria uma babá, só alguém pra te fazet companhia e te auxiliar no que for necessário.
- A casa já é cheia de empregados e eu sei me cuidar sozinha.
Ele suspira e diz:
- Oh mulher cabeça dura senhor. Espero que nosso filho não puxe esse gênio forte.
Sorrio, dou um tapinha de leve no seu ombro e falo:
- Não fala mal da mãe do seu filho.
- Ok, foi mal cabeça dura.
Ele olha pra mim e sorri.
- Eu vou precisar conversar com meu irmão.
- Sobre o quê?
- Sobre a empresa.
Robert me lança um olhar bravo e diz:
- Anne, esqueça isso. A empresa é o de menos.
- Eu não vou pedir que meu pai se aproveite da minha ausência. Vou pedir pra Marcos assumir meu lugar e ser meu informante.
- Eu não concordo com isso. Acho que você precisa de manter afastada de tudo, principalmente do seu pai.
O olho sem entender e falo:
- Por que principalmente do meu pai?
Ele mantém os olhos no volante e diz:
- Por nada, falei sem pensar.
- Não mesmo Robert, me explica por que eu deveria me manter longe do meu pai?