Indiferença que mata

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Olá, bolinhos! Olha quem voltou!! O capítulo passado foi bem fofinho, né? Como vai o psicológico de vocês? 🌚

Estarei indicando Let it go – James Bay para o cap.

Espero que gostem! (Possíveis erros, por favor, me indiquem, pois revisarei e corrigirei depois)

@shesmilawinezr

Na vida somos jogadores e estamos destinados a perder ou ganhar, o que diferencia o jogo da vida com um esporte é que, na vida, o jogo não é cronometrado.

Confiança é a base de todo relacionamento saudável e é ela que torna possível a intimidade de um casal. Mas ao mesmo tempo que a confiança pode ser muito forte, ela pode também ser muito frágil. É preciso muito esforço e tempo para construí-la, pois ela pode ser quebrada rapidamente.

Eu estou disposta a reconquistar a confiança da minha esposa.

Ontem depois do nosso momento de descontração e brincadeiras eu fui dormir com uma chama de esperança que não estava presente em mim antes.

Hoje voltaríamos a clínica na parte da tarde. Confesso que estou tentando manter-me forte para passar segurança à minha esposa, mas é difícil a partir do momento em que a vejo se esforçando e não obtendo sucesso, como ontem.

— Bom dia, Camz. — Cumprimento minha esposa ao entrar no quarto de hospede.

— Bom dia, Lauren. — Ela responde lançando-me um sorriso e eu sorrio de volta.

Eu amo tanto essa mulher.

— Dormiu bem? — Pergunto ao me aproximar da cama e ajudando-a se sentar.

— Um pouco. Fiquei com umas dores na coluna, mas me sinto melhor. — Ela responde e eu observo atenciosamente os ferimentos do seu rosto que estavam mais cicatrizados, mas o que ia de seu queixo a sua orelha estava com uma marca de sangue. — O que foi? — Camila pergunta franzido o cenho.

— Seus machucados estão melhorando, mas o que vai até sua orelha está sangrando. Eu vou limpá-lo, ok? Já volto, am— Finalizo antes de chamá-la de amor e ela apenas assente.

Vou até o nosso quarto e abro a gaveta do pequeno armário ao lado da nossa cama pegando os itens que seriam necessários para cuidar do ferimento do seu rosto e volto para o quarto em que minha esposa se encontrava.

— Voltei. — Informo-a e me aproximo de sua cama. — Talvez arda um pouco, mas estou com medo de infeccionar, então será melhor, ok? — Pergunto para ela que apenas assente. Me aproximo ainda mais, foco meu olhar naquele ferimento e suspiro enquanto pego o álcool e a pomada.

— Você vai botar álcool? — Camila pergunta com os olhos arregalados.

— Vou. Mas, é álcool 70%, então não vai arder tanto como o outro. — Digo e aproximo minha mão do seu rosto, mas ela se afasta. — Camz... — murmurei em súplica.

— Vai arder, Lauren. — Camila diz com um olhar assustado e eu suspiro.

— Vai ser pior se infeccionar, amor. — Digo e arregalo os olhos ao perceber que deixei escapar o apelido. — Desculpa, Camila. Eu não... — Eu iria justificar, mas ela me interrompe.

— Está tudo bem, Lauren. Não é como se você nunca tivesse me chamado assim antes. — Camila dá de ombros e eu sinto meu coração gelar com a sua indiferença.

— Certo. — Digo tentando soar indiferente. Pego o algodão e derramo um pouco de álcool no mesmo, levo até o queixo da Camila e passo suavemente retirando o sangue que estava ali.

Wake up and LiveOnde histórias criam vida. Descubra agora