Cansada.

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Olá! Obrigada a todos os votos e comentários do capítulo passado, apesar das ameaças de morte eu amei ler cada um de vocês. Obrigada de verdade mesmo!! Vocês são uns bolinhos de aipim <3

Espero que vocês gostem desse capítulo. Não vou encher o saco de vocês com notas iniciais, mas deixo aqui a minha imensa gratidão por cada um de vocês.

Ouçam: Apologize – Timbaland One Republic

Possíveis erros serão revisados e corrigidos depois, babes.


É engraçado como diversas coisas podem mudar em um piscar de olhos. Em um estalar de dedos. Em um novo respirar. Lágrimas que rolavam livremente por minha face e a dor no meu coração que parecia querer não passar me deixava exausta, emocionalmente e fisicamente. Tudo ao meu redor parecia girar. O ar escapava dos meus pulmões com dificuldade. Minha cabeça latejava e eu podia ouvir os batimentos do meu coração em meu osso temporal. Levanto-me com dificuldade segurando-me nas paredes e caminho em direção ao meu quarto, meu olhar se direciona para as fotografias que estavam na estante e algo cega minha visão. Fúria? Mágoa? Decepção? Eu não sei. Corro as cegas até a estante e em um único movimento do meu braço direito derrubo tudo no chão ecoando um estrondo pelo quarto junto com meu grito raivoso.

- POR QUE VOCÊ FEZ ISSO COMIGO, CAMILA? – eu grito com tudo o que há em mim e me ajoelho de frente a um entre vários porta retratos, agora rachado, revelando o sorriso que tanto me tirava o fôlego. O sorriso dela. – Você não tinha esse direito, Camila. Você conquistou meu coração e o destruiu. Por que você fez isso? – pergunto para a fotografia mesmo sabendo que ela não poderia responder-me.

- Lern, você sabe qual a verdadeira profissão de um padeiro? – Camila me pergunta enquanto engraxava a corrente de sua bike e eu franzo o cenho.

- Não, estrela. Qual é? – pergunto.

- Ele é pagodeiro. – ela responde e eu me aproximo tocando delicadamente seu pescoço fazendo-a pular de susto. – Você está bem, amor? Com febre? – pergunto preocupada;

- Claro que não, mon Cher. – ela diz.

- Por que ele seria pagodeiro, Camz?

- Porque ele toca pandeiro, entendeu? Padeiro... pandeiro. – ela diz e estala os dedos em minha direção enquanto piscava o olho esquerdo, e eu arregalo os olhos.

- Essa, definitivamente, foi a pior piada. – eu digo rindo.

- Ah! Admita que ela foi boa! – ela pede e eu nego segurando o riso. – Admita, Lern. – ela pede mais uma vez e se levanta vindo em minha direção e eu recuo um passo.

- Não.

- Você tem certeza que não vai admitir?

- Tenho. Essa piada foi horrível.

- Repete.

Camila eleva as duas mãos sujas de graxa em formas de garras e eu arregalo os olhos novamente.

- Camila... não. – eu digo aterrorizada.

- Não o que, mon Cher? – ela pergunta cinicamente e se aproxima ainda mais me fazendo recuar alguns passos.

- Pare já com isso, Camila! – eu peço ao encostar minhas costas na árvore. Droga!

- Só se você admitir que minha piada foi engraçada. – ela pede já bem próxima a mim semicerrando os olhos em minha direção e eu nego novamente. – Você pediu, Lern Jergi. – foi a última coisa que ela diz antes de arrastar sua mão esquerda para o meu rosto fazendo-me virar para o lado oposto, mas sua outra mão suja de graxa segura meu rosto, sujando-me ainda mais.

Wake up and LiveOnde histórias criam vida. Descubra agora