Wake up and Live

A Substituta.

Olha quem voltou!! Gente, que triste esse jogo do Brasil, hein? Tadinha da Andressinha.

Obrigada a todos os votos e comentários do capítulo passado. Eu morri de rir com vocês perguntando se o novo personagem é encosto...
Não sei de nada 🚶🚶

Espero que gostem desse capítulo e vemo-nos nas notas finais, xuxus! (qualquer erro, por favor, me indiquem que corrigirei depois)

Alguém falou Kim Kardashian?🌚

@shesmilawinezr

— Camila, você consegue se lavar sozinha? — Pergunto para minha esposa que me olhava com o cenho franzido.

— Por que? — Ela me pergunta.

— Porque eu teria que lavar... ahn... seu... — Eu dizia enquanto gesticulava com as mãos. Droga! Por que eu tinha que ficar sem graça? Não era como se eu nunca tivesse tocado ou chu... OK! Foco, Lauren. Respira.

— Não seria a primeira vez. — Camila diz risonha e eu sinto um rubor tomar conta do meu rosto.

— Não mesmo. — Respondo e Camila sorrir.

— Aliás, não é como se ele fosse funcionar, né? Não sinto nada. — Camila diz e eu suspiro pesadamente. Infelizmente era verdade.

— Em breve você voltará sentir. — Digo.

— Você sempre tão otimista. — Camila diz soltando uma risada pelo nariz e eu sorrio.

— Uma vez uma pessoa muito importante para mim me disse que são nos maiores desafios que devemos mostrar nossa maior confiança. — Respondo vendo-a sorrir abertamente agora.

— Eu me lembro disso. — Camila diz e eu concordo com a cabeça. É claro que ela lembra, foi ela que me disse isso.

— Certo. Agora tome o seu banho para irmos à clinica, ok? Você pode tomar banho sozinha sentada na cadeira enquanto pegarei suas roupas. Tem alguma preferência? — Pergunto já na porta do banheiro.

— Pode ser aquela calça moletom do exército e alguma camisa preta. — Ela diz e eu concordo saindo do banheiro indo em direção ao nosso quarto.

~~

— Você acha que hoje eu vou ter alguma reação positiva? — Camila me pergunta enquanto eu empurrava sua cadeira de rodas.

— Eu não sei te dizer, Camz. Tudo é possível, mas é como a Dra. Lucia falou... não se cobre tanto de primeira. — Digo calmamente e ouço Camila suspirar.

— Você não tem noção como é agonizante não sentir suas pernas, Lauren. Não poder andar, ficar de pé, tomar um banho normalmente, se abaixar, se sentar sozinho. Eu estou cansada de precisar da sua ajuda para tudo. — Camila desabafa tristemente e eu sinto uma sensação já conhecida por mim agarrar meu coração.

— Eu não consigo imaginar nada disso, mas você não tem que pensar assim, Camila. Lembre-se dos 60% de chances que você tem. — Respondo ignorando aquela sensação e engulo seco para disfarçar minha voz afetada com suas palavras.

— Você se esquece dos outros 40%, Lauren. Mas, eu não. — Ela diz friamente e eu suspiro.

— Esses 40% são irrelevantes para mim. — Digo enquanto abria a porta da clinica e puxava a cadeira de rodas para dentro.

— É porque esses 40% de chance de não voltar a andar não foram para você. — Camila responde e eu iria rebater sua frieza se a voz da recepcionista não atraísse minha atenção.