"É hora de guerra"

134 23 8
                                    

             A nave rebelde BARRAMUTZE navega entre as estrelas a dois anos luzes das tropas Jiokans. Barramutze tem um formato arredondado, de cores escuras e carenagem envelhecida, muito diferente das naves Jiokans que têm um formato retangular, com cores mais claras, fazendo-as parecerem viaturas policiais, além de serem muito maiores do que as naves rebeldes, as naves Jiokans são mais novas e "conservadas" grande bosta. Os corredores da nave Barramutze são escuros, com vários tubos de ventilação e encanamentos pelas paredes. Os seus soldados usam jaquetas ou sobre-tudo de cor preta com um emblema nas costas, algo parecido com a metade de um coração. A nave Barramutze é uma das maiores naves de guerra que os rebeldes possuem, ela é conhecida por causa da maior parte de seus controles ser analógico, uma nave difícil de rastrear por não ter sistema de localização quântico, diferente de todas as outras naves, ela é uma agulha num palheiro.

        Os corredores da nave Barramutze estão vazios. Alguns soldados caminham despreocupados, não viam um confronto real a anos, por isso não havia motivos para andarem com um olho nas costas.
        A sala de controles esta silenciosa, escura. O para-brisa frontal da sala exibe um mar de estrelas brilhantes, a grande Barramutze parece adormecida no espaço. Um "bipe" estridente ecoou pela sala, um homem que estava dormindo na cadeira do piloto acorda de um salto – droga... – o garoto que parece ter entre 17 e 19 anos encara uma tela a sua frente, algo parece muito errado, o garoto fica de boquiaberta – mas... que... merda...

       A lua de algum planeta desconhecido pairava solitária no espaço. A luminosidade da lua invadia o quarto pela janela larga que dava quase uma volta de 90° graus entorno do cômodo. As luzes do ambiente estavam apagadas, o interior do quarto estava mergulhado em sombras.      Ajoelhado no assoalho esta
Key Roul Strombiard, capitão de fragata da grande Barramutze. Sob a luz do luar, Key deleitava sua espada Qiária conquistada depois de ter se tornado capitão. Sem camisa Key banhava seu corpo bem torneado sob o luar, víamos algumas cicatrizes espalhadas pela sua pele. Key foi o primeiro homem com menos de 50 anos a se tornar capitão. Com 21 anos, Ele esquematizou um ataque as tropas Jiokans durante um transporte de prisioneiros, junto com sua equipe, Key libertou todos os prisioneiros feitos em Cania pelos Jiokans, desde então, o jovem Key ficou conhecido como "o fantasma rebelde". Ele é filho do Marechal-do-ar das forças rebeldes, Otto Strombiard, de quem herdou o patriotismo e a determinação. Seu pai, Otto, lutou no GRANDE INTERMEZZO, uma batalha que reuniu todo o universo contra um só governo, uma batalha onde o bem não venceu, uma batalha que tirou vidas, que tornou o universo no grande deserto que hoje ele é.

      Sobre o criado-mudo ao lado da cama vemos uma espécie de fones de ouvido piscar em uma cor ultravioleta. Key olha por cima do ombro para o objeto que piscava, ele sabia o que aquilo significava. problemas.

       A sala de controles estava lotada, alguns soldados, chefes de departamentos e o garoto Bilder que está de frente para o computador central olhando para um mapa na tela. As portas duplas atrás de todos se abrem deslizando para dentro das paredes – capitão na ponte! – gritou Hanru, o soldado encaroçado, chamado assim por causa de sua armadura feita de ossos de Arbirio, uma espécie de dragão encontrado nas montanhas de Nadine, o planeta onde Hanru nasceu.  
       Todos se sobressaltaram entrando em formação. Key desceu 5 degraus até a sala onde se reunia todo o seu esquadrão principal e alguns pilotos de Abatedores. O capitão caminhou até Bilder que estava de pé batendo continência para ele – o que ouve, Bilder? Qual é o motivo dessa agitação toda? – perguntou o capitão Key com um leve sorrisinho de simpatia – senhor temos um problema – respondeu o cadete ainda batendo continência, Key abaixou a mão de Bilder de sua testa e o conduziu até o assento dos controles do computador central – então, vamos, me mostre, estou ansioso – Bilder se sentou e começou a explicar enquanto selecionava com os dedos os arquivos e programas na tela de holograma do computador – senhor, agora a pouco eu estava de plantão quando surgiu um alerta, de repente, do nada, conseguimos rastrear uma nave transportadora Jiokan – Key olhou para Bilder com a incredulidade estampa em seu rosto – o quê? – se espantou o capitão. Bilder continuou – senhor, eu invadi o sistema deles, obtive várias informações, estratégias, planos de ataques, postos de observação – Key ficou pensativo parece que vamos ter um pouco de animação por aqui – ótimo trabalho, Bilder, vou agora mesmo entrar em contato com a Coronel Ahlif, ver o que podemos fazer a respeito – disse Key com um leve sorrisinho olhando para seus soldados que estão loucos por ação – senhor, ainda tem mais – disse Bilder vendo seu capitão se virar para ir embora – ainda tem mais? estamos com sorte hoje! – disse sorrindo o capitão, mas seus soldados estavam sérios, havia algo de errado com eles – senhor, eu descobri os planos de navegação e também pra onde estão indo nesse exato momento – Key ficou parado diante de todos, seus olhos ficaram encarando os olhos de Bilder. Key olha para os dois lados e disse com um pouco de impaciência e arrogância – o que você está esperando, cadete? Diga logo aonde eles estão indo! – Ordenou o capitão. Bilder respondeu ainda hesitando – estão indo para a Via-Láctea, senhor... estão indo para a terra – Key encarou o jovem cadete por alguns segundos...

Lavínia Onde histórias criam vida. Descubra agora