O capitão Ock Baltiord caminha a passos largos por um corredor mal iluminado. O tenente Terry está logo atrás dele. O plano está correndo de acordo. Pensava o capitão. Havia algo que ele estava escondendo de todos. Não posso confiar em ninguém. Havia um plano em andamento, um plano que traria um resultado vigoroso se caso desse certo, e pelo visto, estava dando certo.
Ao chegarem no fim do corredor, um soldado de pé em frente a uma porta de ferro prestou-lhe continência – abra a porta! – ordenou-lhe Terry e rapidamente o soldado o fez. Ao passarem pela porta chegaram em uma espécie de prisão, mas não era uma prisão comum, os prisioneiros eram aprisionados em algo que lembrava caixões. Esses caixões eram chamados de "capsulas de resfriamento", neles os prisioneiros eram congelados por décadas.
O capitão caminhou pelo corredor extenso, nas paredes as capsulas eram fixadas umas sobre as outras. Ock parou diante de três capsulas onde três prisioneiros dormiam profundamente, ele os encarou por alguns segundos – são eles, senhor? – perguntou-lhe Terry encarando a expressão de horror que os prisioneiros demonstravam – sim, são eles, acorde-os! – ordenou o capitão.Na grande Barramutze a movimentação era constante, os soldados corriam de um lado para o outro, em instantes chegariam na Via-Láctea e entrariam em guerra, precisavam estar preparados. Os soldados de combate vestiam suas armaduras o mais rápido que podiam.
A sala de controles estava um caos, técnicos corriam de um lado para o outro gritando ordens para seus subordinados. Bilder está em sua ilha de controles – capitão, 10 segundos para entrarmos na Via-Láctea! – gritou Bilder. O capitão Key Roul Strombiard está de pé na ponte, encarava as estrelas passarem rapidamente pelo para-brisa dianteiro do lado de fora da nave. Estavam em dobra. Key está usando seu uniforme de guerra, o tecido tinha um tom metálico feito de Manchurie, uma espécie de tecido blindado que apenas os Lavis sabiam como produzir. Key ganhou esse uniforme quando se tornou capitão. Mais um mimo dos senadores. Hanru está de pé a seu lado – mande os pilotos se prepararem, a escotilha será aberta assim que chegarmos – disse o capitão – sim, senhor! – confirmou Bilder. De repente a grande Barramutze emite um som estranhou, em seguida um leve tremor. Todos se seguram como podem – senhor, alguém invadiu o sistema, estamos saindo de dobra! – gritou um dos pilotos para o capitão – querem nos atrasar – sussurrou Key – estamos parando, se preparem! – gritou novamente o piloto. Todos encaram as estrelas através do para-brisa. As estrelas param diante de todos. O silêncio pairou sobre eles. Não havia nada no lugar onde estavam, apenas alguns meteoritos flutuando pelo vazio do universo – aonde estamos? – sussurrou Bilder encarando as estrelas – piratas! – gritou um dos navegadores da grande Barramutze. Uma nave semelhante a um navio atravessou os meteoritos e disparou seus canhões contra a Barramutze – escudos! – gritou o capitão. Os tais piratas eram os Grimers, uma espécie de rato fundido com um cachorro, eram asquerosos e perversos, tinham um vício incontrolável por néctar de Flintiar. As Flintiars eram criaturas semelhantes as fadas, encontradas apenas em Nadine, na floresta noturno em meio as montanhas vermelhas – malditos sejam os Grimers – gritou Hanru enfurecido.
A grande nave Grimer abre suas escotilhas, suas abatedoras dispersão descontroladas em direção a Barramutze.
Bilder se volta para seu capitão – senhor, os Grimers soltaram suas abatedoras! – gritou ele. O primeiro tenente Gargadu se exalta eufórico – abram as escotilhas! – gritou ele. O capitão desce da ponte – não abram as escotilhas! – gritou de volta. Gargadu se volta para seu capitão – o que está fazendo, senhor? Se não soltarmos os abatedores seremos destroçados! – gritou ele em meio a movimentação da sala de controles – precisamos dos abatedores para enfrentar os Jiokans! – respondeu Key com firmeza – e como pretende enfrentar os Grimers – disse Gargadu apontando para as abatedoras Grimers através do para-brisa. Key as encarou com profundidade – iremos usar os canhões! – todos da sala de controles se voltaram para o capitão.
As abatedoras Grimers pareciam um enxame de abelhas, se movimentavam aleatoriamente, era um caos, acerta-las com os canhões manualmente era praticamente impossível para a Barramutze por usar um sistema totalmente analógico – você está louco? – gritou Gargadu. Hanru lhe olhou com seu olhar poderoso – ousa desrespeitar o capitão? – Hanru ameaça se aproximar do primeiro tenente, mas o capitão o impede fazendo um gesto mínimo com a mão – primeiro tenente, Gargadu, não podemos usar as abatedoras com meros piratas, temos algo muito maior para enfrentar, mas se o senhor realmente quer usar nossas abatedoras contra esses piratas, va em frente, mas eu garanto... – disse Key se aproximando do primeiro tenente – eu garanto que quando chegarmos diante dos Jiokans... o senhor vai querer ter as abatedoras – o silencio dentro da sala de controles se consagrou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Lavínia
FantasiaLavínia conta a história de uma garota que é extremamente poderosa, ela luta contra criaturas enormes que surgem pelo mundo desde criança. Niah não sabe de onde veio, porque é tão forte e nem quem são seus pais verdadeiros. Essas questões acabam per...