Capítulo 18

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São 7:30 da manhã. A casa dos Begot está em um silêncio mortal, a única coisa que eu escuto são os passos de Alessandro e os meus misturados ao roncar que a minha barriga faz devido a minha fome.

Hoje eu me sinto perfeitamente bem, tendo em vista que eu só tive duas horas de sono (quando saí do quarto de Enzo eram 5:00 da matina), eu sairia cantando para os passarinhos igual a Fiona se eu não estivesse tão laricada. Alessandro desativa o alarme do carro e coloca seus óculos escuros. Misericórdia! Como eu posso viver brigando com um homem tão gostoso como esse? Ahh... Lembrei, ele me irrita!

— Aonde nós vamos? — Pergunto olhando-o dirigir.

— Vamos em uma cafeteria.

— Eu não entendo. Porque não tomamos café na sua casa?

Alessandro fecha os olhos como se estivesse procurando a paz interior.

— Agape mou, não se preocupe, você não vai se arrepender.

Meu chefe lança-me um sorriso de canto mortalmente sexy, e ele falando essas palavras em grego estimula ainda mais a minha imaginação fértil.

Alessandro nasceu em Londres, mas foi para Grécia com a família quando tinha apenas um ano, ficou por lá até os treze anos e retornou para o Reino Unido onde terminou o colégio e fez faculdade de medicina.

Como eu sei disso?
Digamos que eu sou uma secretária bastante empenhada para com o meu trabalho.

Paramos frente ao que me parecia ser a cafeteria. Era um lugar simples, porém sofisticado e bem aconchegante. Algumas pessoas já se encontravam do lado de fora sentadas nas mesinha tomando suas xícaras de café fumegante.
Andamos a passos lentos, Alessandro vem ao me lado, sua mão está repousada um pouco a cima do meu traseiro. Eu não via necessidade de fingirmos sermos um casal ali naquele local, mas devo confessar que eu gostei bastante.
Ficamos em uma mesa perto da janela, o dia estava ensolarado, mas o ar frio e seco não permitia que o calor atravessase os meus poros.

Uma senhora de cabelos grisalhos presos em um coque veio ao nosso encontro, ela trazia consigo um belo sorriso, gostei dela de imediato, e olha que eu sou uma chata em relação a gostar das pessoas.

— Oh, meu querido, em fim resolveu fazer uma visita a essa pobre senhora?

Ela questionou fingindo está chateada, mas a senhora parecia visivelmente emocionada ao vê-lo ali. Alessandro levanta glorioso, a coitada da senhora ficou uma anã de jardim perto dele.

— Minha cara Britta... Não precisa fazer esse drama, você sabe que eu jamais me esqueceria de você.

— É eu sei.

Eles acham graça.

— E quem é essa bela florzinha? — Britta vem ao meu encontro.

Olho atentamente em seu rosto maduro, nunca vi olhos mais gentis e sinceros em toda a minha vida, eu não a conheço, mas de alguma forma meu espírito se deu com ela.

— Britta, essa é Emília. Ela... É minha namorada.

— Oh, que maravilha! — A senhora coloca as duas mãos na boca em supresa e sorri para Alessandro, em seguida coloca meu rosto em suas mãos delicadas. — Perfeita.

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